Depois de andarmos pelas lindas ruas de Nova Iorque, Noah nos levou para casa. Um prédio enorme. Estávamos agora no elevador.
─── Então, S/n. ─── Noah murmurou. ─── Precisamos conversar sobre meu pai.
─── Sobre seu pai? ─── Perguntei confusa e ele apenas assentiu. Subimos em silêncio depois disso.
Não, não tinha nada de simples. Noah abriu a porta do apartamento me dando visão a aquela típica cena chique. Parece que luxo combinava com ele. Estava tudo incrivelmente organizado. As janelas eram enormes, iam do teto até o chão, deixando a paisagem urbana totalmente a vista.
─── Isso é incrível, Noah! ─── Coloquei as mãos na boca enquanto adentrava o lugar.
─── E só nosso. ─── Ele sorriu fechando a porta.
Eu estava realmente tão estasiada com aquilo. Observava cada mínimo e magnífico detalhe. Noah pôs as mãos em minha cintura e beijou meu pescoço calmamente, enquanto eu ainda estava de costas para ele.
─── O que acha de inauguramos? ─── Ele me virou e colou nossos corpos, apertando firme minha cintura.
─── Você tem um tesão acumulado hein, puta que pariu. ─── Ri passando meus braços em volta do seu pescoço.
─── Fiquei uma semana toda sem minha princesa... ─── Ele fez um biquinho fofo. ─── Você pode escolher o lugar. ─── Ele riu. ─── Bancada da cozinha, a mesa de jantar, sofá, banheiro, na nossa cama, na sacada...
─── Já é demais, não acha? ─── Eu ri. ─── Acho melhor irmos pra cama. ─── Dei um selinho provocativo. Ele se inclinou para me beijar novamente mas eu desviei de seu rosto. ─── Precisa me contar sobre o seu pai. Sou muito curiosa e nós não vamos para a cama até resolver me dizer o que tem ele.
─── Você é chata pra caralho. ─── Ele revirou os olhos indo até a cozinha e eu ri.
─── Obrigada. ─── Coloquei minha mala que estava no meio da casa em um canto. ─── É meu charme.
─── Senta aqui. ─── Ele me chamou para o balcão.
Me sentei em uma das cadeiras altas e dei um gole na bebida que ele havia servido. Fiz uma cara feia porquê aquela coisa era horrível, e ele riu.
─── Marco Urrea... ─── Ele pensou. ─── Não sei nem por onde começar. ─── Suspirou apoiando os braços no balcão. ─── Meu pai tem uma empresa, uma empresa de empréstimos. Essa empresa investe altos valores em tudo, não só coisas legalizadas. ─── Esfregou seus cabelos. ─── Meu pai caiu derrubando tudo com ele, S/a. Ele investia em gangues, cassinos, restaurantes, escolas, empresas, hotéis e tudo mais. Não importava pra ele o que era, desde que tivesse seus cinquenta porcento estava ótimo. ─── Bufou. ─── Às vezes os proprietários quebravam o contrato então ele tirava eles do caminho e tomava o estabelecimento deles.
─── O que quer dizer com "tirava eles do caminho"? ─── Questionei e ele assentiu como se eu soubesse o que eu pensava. ─── Seu pai matava eles?
─── Ele mandava matar. Nunca sujou suas mãos. ─── Ele fez uma careta. ─── Lembra do restaurante que te levei pra jantar? E do cassino depois disso? ─── Eu concordei com a cabeça, já entendendo. ─── Pois é. São dele. O ponto é: ele tinha inúmeros estabelecimentos por todo o mundo. E agora isso tudo ficou pra mim.
─── Vai continuar com o que ele fazia?
─── Eu não sei. Seria um bom jogo pegar os negócios dele agora, mas não quero fazer isso do jeito errado. Não quero me envolver com essas coisas. ─── Apenas suspirei sem saber o que dizer. ─── A gente pode ir pra cama agora?
─── Noah Jacob Urrea! ─── Repreendi rindo e balançando a cabeça indignada.
─── O quê? Você disse que iríamos se eu te contasse e eu contei. ─── Ele deu de ombros. Meu celular tocou nos interrompendo e ele fez uma cara de frustração. Era a minha mãe ao telefone.
─── Alô, mãe. ─── Atendi me retirando dali e indo a procura do quarto para guardar minha coisas e tomar um banho.
─── Oi meu anjo. Chegou bem? ─── Ela questionou. ─── Fui convincente? ─── Cochichou.
─── Foi. ─── Ri. ─── Por que está falando baixo? O papai está aí?
─── A Julia está. Tá se lementando e tudo mais. Pediu desculpa por me fazer passar por tudo e disse que ela nunca deveria ter feito isso, ainda mais sendo com o seu pai.
─── Que evolução. ─── Arqueei as sobrancelhas mesmo sem ela poder ver.
─── Ela disse que seu pai bateu nela.
─── Esse homem não cansa de ser filho da puta? ─── Questionei e ela riu.
─── Acho que não. ─── Ela suspirou. ─── Preciso ir antes que ela morra desidratada. Manda um beijo pro Noah. Vou segurar as pontas aqui.
─── Tá legal mãe. Eu te amo. Fica bem. ─── Ela disse o mesmo de volta e então eu desliguei o telefone.
─── O que ela queria? ─── Noah perguntou entrando no quarto. Ele tirou a camiseta e vasculhou atrás de uma toalha.
─── Saber se eu tinha chegado bem. E ela te mandou um beijo. ─── Dei de ombros. Ele achou uma toalha e caminhou em direção ao banheiro. ─── Ei! Não! Eu vou tomar banho primeiro. ─── Corri atrás dele.
─── Sua mãe é um amor. ─── comentou e me olhou de cima a baixo. ─── Devia idolatra-la por gerar algo tão divino como você.
─── Nossa, essa foi péssima.─── Eu ri.
─── Toma banho comigo. ─── Ele fez uma carinha fofa. ─── Por favor, amor.
─── Que reviravolta. A algumas semanas você estava entrando pela porta da sala de aula...
─── Queria que eu entrasse pela janela? ─── Ele perguntou e eu dei um leve soco em seu peitoral nu.
─── A questão é que você era meu professor de química, e agora é meu namorado. O mundão não gira, ele capota. ─── Falei ligando a torneira da banheira.
─── Bom, eu costumo ensinar química, mas posso te ensinar a ter um bom orgasmo também. ─── Mordiscou seus lábios sensualmente.
─── Bobinho. ─── Tirei minha roupa ficando totalmente nua em sua frente. ─── Anda, entra. ─── O convidei entrando na banheira.
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'𝗦𝗘𝗫𝗬 𝗧𝗘𝗔𝗖𝗛𝗘𝗥 ⁿᵒᵃʰ ᵘʳʳᵉᵃ (✔︎)
Fanfiction❝Eu costumo ensinar química, mas posso te ensinar a ter um bom orgasmo também❞ O amor costuma vir de lugares imprevisíveis. Também costuma ser algo inexplicável. Ninguém sabe aonde dará e nem de onde virá. O amor é algo que precisa de cuidado e luta...