❝Eu costumo ensinar química, mas posso te ensinar a ter um bom orgasmo também❞
O amor costuma vir de lugares imprevisíveis. Também costuma ser algo inexplicável. Ninguém sabe aonde dará e nem de onde virá. O amor é algo que precisa de cuidado e luta...
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Friday December 24, 2021
─── S/n... ─── Sina me chamou. ─── Você ouviu os boatos pela escola a um tempo atrás, de que eu estava falando mal da Emma por ela ter voltado com o ex?
─── Sim. ─── Murmurei apoiando meu rosto em meus braços, quase me deitando sobre a mesa. ─── Desculpa. Eu ainda defendi a Emma naquele dia, achando que você era a metida.
─── Não é esse o ponto. ─── Ela me olhou pondo as mãos na boca. ─── Ela voltou com o ex. Voltou com o ex, S/n! ─── Ela riu.
─── Ou seja... ─── me levantei arregalando os olhos. ─── A Emma traiu o ex de novo.
─── Ela é dependente emocional daquele garoto. ─── Sina deu pulinhos. ─── Você tem um plano pronto caso ela queira te derrubar.
─── Sina, eu te amo! ─── Sorri. O sinal tocou, fazendo o meu sorriso se desmanchar.
Todos entraram na sala em pouco tempo, incluindo Noah. Não nos falamos mais a não ser sobre mínimas coisas sobre as aulas. Emma foi até a minha casa, contar para a minha mãe o que tinha acontecido. Eu me senti tão tola, mas tão certa ao mesmo tempo.
Emma me contou que mentiu para Noah, dizendo que eu estava com o Josh enquanto ficava com ele, e não poderia escolher entre o Josh e o Noah. Isso explica Noah ter ficado todo estranho comigo.
Destruímos o celular dela, jogamos ele e as fotos dentro de um triturador. Mas a palavra dela foi o suficiente pra me ferrar. Agora eu tinha uma carta na manga, mas ir para a Espanha parecia o melhor a se fazer.
Eu poderia usar seus atos contra ela, mas não precisava disso. Noah e eu não tínhamos mais nada. Talvez ir para a Espanha me torne uma pessoa nova e melhor.
─── Com licença. ─── As elfos bateram na porta e logo entraram carregando as cestas de bengalas açucaradas. ─── S/n Carter. ─── A ruiva murmurou juntando um punhado das bengalinhas. ─── Você bateu o recorde viu. ─── Ela riu e soltou todas sobre a mesa.
Nem me dei o trabalho de ler. Apenas coloquei o capuz do casaco e me encolhi mais na cadeira. Elas saíram e eu finalmente pude jogar aquelas porcarias no lixo.
─── Só uma? ─── Sina fez uma cara feia. ─── Do meu namorado. ─── Ela sorriu. ─── Vulgo corno.
─── Por que colocou no lixo? ─── Joalin me repreendeu. ─── Eu amo aquelas coisas! Você é um monstro.
─── Pega lá. Ainda dá tempo de comer. ─── Retruquei brincando, mas sem nenhuma expressão divertida em meu rosto.
─── Tudo bem turma. ─── Noah suspirou. ─── Vamos começar a aula.
[...]
O dia passou voando. Eu já estava saindo da escola agora, pensando nas palavras bonitas que meu pai falaria pelo telefone hoje, mas no quanto ele me xingaria na segunda-feira.
Ele está viajando com a Júlia, pra Paris. É um filho da puta, já que Paris sempre foi o sonho da minha mãe e ele nunca fez um esforço para levá-la. Eu rezo todos os dias para a Júlia roubar todo o dinheiro do meu pai e o empurrar da escada.
─── S/n espera. ─── Paralisei ao ouvir a voz do moreno. ─── Por favor. Precisamos conversar.
─── Noah. ─── Suspirei me virando para ele. ─── Eu disse que não tínhamos mais o que conversar.
─── E também deixou muita coisa no ar. ─── Ele travou o maxilar. ─── Eu sinto muito.
─── É. Eu também. ─── Dei as costas. ─── Feliz Natal, professor. ─── Segui meu caminho de volta para casa.
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