❝Eu costumo ensinar química, mas posso te ensinar a ter um bom orgasmo também❞
O amor costuma vir de lugares imprevisíveis. Também costuma ser algo inexplicável. Ninguém sabe aonde dará e nem de onde virá. O amor é algo que precisa de cuidado e luta...
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Esperei na frente de casa até Noah chegar para me pegar, e então pudemos sair. Ele estava usando uma camiseta social com uns dois botões soltos - de novo- mas não me incomoda nada, nada a reclamar. Alguns de seus fios de cabelo voavam em seu rosto conforme o vento entrava no carro.
Eu usava um vestido vermelho, com uma pequena fenda na perna. Um salto e cabelo solto. Nada muito complexo ou fora do normal.
─── Está tudo bem? ─── Noah perguntou quando me viu observar firmemente o exterior do carro.
─── Ah, está. ─── Eu sorri.
─── De verdade? ─── Ele me lançou um olhar mas logo voltou a estrada. ─── Pode conversar comigo se quiser.
─── Não quero te preocupar com isso. Não é nada demais.
─── Certeza? ─── Ele insistiu e eu apenas assenti em concordância.
─── Pra onde vamos? ─── Perguntei.
─── Pra longe da vizinhança. ─── Ele riu. ─── Vamos ter uma boa noite, sem ninguém atrapalhando.
─── Desde que você não me sequestre... ─── Brinquei.
─── Poxa...era justamente nisso que eu estava pensando. ─── ele sacaneou de volta me fazendo rir.
Continuamos conversando pelo resto do caminho até chegarmos no restaurante. Assim que chegamos, Noah jogou a chave do carro para o manobrista e nós entramos. Ele bateu um papo com a moça engravatada e a mesma nos conduziu até uma das mesas e logo voltou, nos dando privacidade.
─── E então... ─── Noah murmurou puxando a cadeira para que eu me sentasse. Assim fiz, e ele foi se sentar também. ─── O que aconteceu pra ter a boa vontade de sair comigo?
─── Eu só não queria ficar em casa.
─── Ah, eu sou uma fuga. ─── Ele arqueou as sobrancelhas.
─── Tipo isso. ─── Dei de ombros rindo.
─── Isso me magoou... ─── Ele molhou seus lábios, ele sempre faz isso, e as vezes parece ser de propósito. ─── Mas você pode recompensar.
─── Muito engraçado, Urrea.
─── Tudo bem. Vamos falar sobre coisas descentes. ─── Ele pensou por um tempo. ─── E os namoradinhos?
─── Ai, é sério isso? ─── Revirei os olhos soltando uma pequena risada. ─── Vamos, você não tem idade pra agir como um tiozão.
─── É brincadeira! ─── Ele riu e eu entrei na onda.
─── Me fale sobre você Noah. ───Dei um gole na taça de água que estava a frente. ─── Já se apaixonou por alguém? Como descobriu que queria cursar pedagogia? Porquê se mudou para Los Angeles? Qual seu tipo sanguíneo e o número do seu CPF? ─── Sacaneei e ele gargalhou, sua risada é gostosinha de se ouvir, além de ser contagiante.
─── Bom, vamos deixar as últimas duas perguntas pra lá. ─── Ele pensou por um instante. ─── Na verdade eu já nasci em Los Angeles, eu só tinha saído daqui e então quando me formei decidi voltar. ─── suspirou se preparando para responder a próxima pergunta. ─── Eu não tinha em mente ser professor, mas queria muito trabalhar com essas coisas diferentes porque sempre me chamaram atenção e sim... eu já me apaixonei, mas nunca valeu apena antes.
─── Respostas rápidas. ─── Franzi meus lábios
─── Boas. ─── Ele sorriu. ─── E você?
─── Ah... Eu vim de Londres. Tivemos que nos mudar pelo trabalho do meu pai, mas isso foi só um gatilho pro resto da família vir atrás. É...eu quero estudar medicina, mas sinceramente... a cada dia que passa eu começo a entender mais as pessoas que largam o ensino médio. ─── Ri. ─── Eu também já devo ter gostado de um ou outro, mas acho que nunca me apaixonei de verdade.
─── Bons argumentos. ─── Ele fez sinal com a mão para chamar o garçom que logo veio em nossa direção e em seguida Noah goleou a taça de água.
─── E meus mais belos dias acabaram. ─── Mal falei e ele quase se afogou com a água que bebia. ─── É assim que chama? ─── Sacaneei vendo que o garçom se aproximava.
─── O que desejam pedir? ─── O moço perguntou. Noah coçou a garganta e suspirou antes de falar alguma coisa.
─── Por enquanto um vinho tradicional. Duas taças!
─── Ela tem idade pra beber? ─── O garçom me encarou. Noah fechou a cara e lançou um olhar mortal para ele.
─── Ela tem idade pra fazer o que quiser. ─── Urrea franziu a testa.
─── Sim senhor. ─── O cara abaixou a cabeça e deu as costas.
─── Não precisava ter falado assim.
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