18.Tommy loves trains

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Gally abre uma tampa de esgoto.

- Satisfatório. - falo. O ajudo a colocar uma escada no buraco.

- Gally, cuide desses três. - Frypan fala.

- Pode deixar. - Gally fala e desce pela escada. Vejo Newt se sentar e reparo sua mão tremendo involuntariamente. Ele a aperta e nos olha.

- Vamos. - falo indo, logo depois de Thomas. Newt desce por último e Gally liga a lanterna.

- Nojento. - Newt fala.

- É, isso é uma maravilha. Sempre foi meu sonho andar na água de esgoto. - falo e Gally acende várias lâmpadas na beirada.

- Fiquem perto de mim. Ainda está muito longe. - Gally fala.

- Quando você parou de ser engraçado e legal? - pergunto e ele revira os olhos.





Chegamos a um trilho de trem.

- Tommy ama trens! - Newt fala.

- Temos que correr! Vamos! - Gally fala. Corremos atrás dele até uma escada e subo nela, sendo seguida por Thomas. Newt cai no chão e ouço o trem se aproximar.

- Não! - grito descendo da escada.

- Deixe comigo. - Gally fala e corre até ele, vejo o trem chegando e Thomas me puxa pra parede. Suspiro com os olhos cheios de lágrimas e o trem passa, revelando os dois abaixados no chão.

- Puta que pariu... - falo correndo até eles.

- Só tenho uma perna boa. - Newt fala.

- E eu só um pulmão. - Gally responde sorrindo. Ajudo os dois a se levantarem e subimos as escadas, saindo numa estação. Vejo várias pessoas andando e tentamos nos misturar.

Saímos da estação e olho a cidade, arregalando os olhos.

- Estamos bem longe da Clareira. - Newt fala e

assinto.

- Toque de recolher obrigatório em 15 minutos. - uma voz fala. - Por favor, dirijam-se as suas casas de forma ordenada.

- É melhor sairmos das ruas. - Gally fala enquanto olhamos em volta. - Sei que é difícil, mas finjam que já viram tudo isso. - Corremos pelas ruas, escondendo dos carros de vigia. Eles aumentaram a segurança. - Creio que vocês, trolhos, tenham algo a ver com isso.

- Sempre. - respondo e seguimos Gally. Escalamos uma parede e subimos em uma ponte em construção, parando no final dela, quase em outro prédio. Gally se afasta e pega impulso, pulando até o outro prédio. - Esse trolho enlouqueceu. - falo.

- Venham! - ele chama. Entreolho meus amigos e assinto, me afastando, pegando impulso e pulando ao lado de Gally. Olho a rua embaixo de mim e suspiro, logo os dois pulam também. Andamos pela beirada desse prédio em construção e paramos em uma varanda com Gally.

- Ali está. - ele fala apontando o prédio. - Se o CRUEL estiver com o Minho, é ali que estão o mantendo. - ele pega um telescópio-tipo escondido pra observar o prédio. - O Lawrence tenta achar uma entrada há anos. É entupido de soldados. Vigilância para todos os lados. Sensores em todos os andares.

- Parece uma maldita fortaleza. - Newt fala.

- Não disse que tinha uma entrada? - Thomas fala. Olho no binóculo e vejo Teresa parada num andar. Olho Gally e ele dá de ombros.

- Veja você mesmo. - falo com Thomas. Ele vai até o binóculo e olha, vendo Teresa também.

- Disse que havia uma entrada. Não disse que você ia gostar. - Gally fala.

- Não. Deve haver outro jeito. - Thomas fala quando chegamos de volta.

- Qual? Você viu o prédio. Ela é nossa única entrada. - Gally fala.

- Acha que ela vai nos ajudar?

- Não pretendemos pedir permissão. - falo.

- Eu estou me confundindo? É a garota que nos traiu, certo? - Brenda fala.

- A mesma babaca. - falo junto com ela.

- Eu gosto delas - Gally fala

- O que tá rolando? - Brenda pergunta

- Está com medo da namoradinha se machucar? - Newt fala - Hum? Por que nunca foi só para resgatar Minho. Não é?

- O que está querendo dizer? - Thomas pergunta

- a Teresa - Newt começa a andar até ele enquanto Thomas se afasta. - ela é a única rasão de Minho ter sumido, agora que temos a chance de resgata-lo você não quer por causa dela? Por que, lá no fundo, você ainda gosta dela. So admite.

- Newt, eu...

- Não minta pra mim! - Newt grita o empurrando na parede - Não. Minta. Para. Mim. - ele fala e se afasta - Desculpe, Desculpe - ele olha para nós - Desculpe.
- Newt sai e Thomas o segue.

- Merda. - falo olhando pro lado e os sigo. Vejo Newt sentado na beirada do prédio e Thomas se aproximando dele, então fico mais pra trás.

- Desculpe por aquilo. - Newt fala com ele. - Acho

que não consigo mais esconder isso. ele levanta a

manga do braço direito e vejo as veias pretas. Thomas

se abaixa perto dele.

- Por que não me contou?

- Não achei que fosse fazer diferença. Eu só sei que o CRUEL deve ter me posto no labirinto por algum motivo. Talvez só pra diferenciar os imunes como você de pessoas como eu.

- Sabe que ainda podemos dar um jeito nisso, Newt. Nós podemos.



Uma clareana - Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora