OmiNai: Onigiri de Comemoração

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Toda a torcida vibra quando Amanai Kanoka marca o ponto de vitória das Red Rabbits em uma cortada maravilhosa. As companheiras de time gritaram em comemoração, em abraços desajeitados.

Pela milésima vez naquele dia a jogadora em questão procurou na arquibancada, nos lugares com menos pessoas possíveis, aqueles cachos escuros. Ela estava tão feliz que abriu seu melhor sorriso quando viu de longe alguém de máscara, dando um aceno disfarçado.

Estava um pouco nervosa pela possibilidade de haver um engano, mas isso se dissipou quando a pessoa acenou de volta. Sakusa não conseguia simplesmente não ser gentil e agradável com ela, apesar de soar muitas vezes frio.

Ele saiu da arquibancada e ela foi o mais longe possível da quadra e das câmeras, onde sabia que ele com certeza iria, amava se gabar pra si mesma o quanto o conhecia bem. Amanai quase o abraçou tamanha era a adrenalina que sentia do jogo, mas parou quando o outro tensionou os ombros por um momento. Então apenas sorriu, respeitava muito o espaço do namorado. Corou um pouco e disse:

— Como foi o jogo?

— Vencemos — disse, simplesmente.

— Vou tomar banho, você me espera aqui?

Ele acenou e sentou num banco próximo, então Kanoka correu na direção contrária, quase tropeçando tamanho era seu cansaço do jogo, mas não poderia perder mais nenhum segundo sequer com a companhia do homem de sua vida.

Tomou banho pensando exatamente nisso, pois Sakusa com certeza estava extremamente cansado de sua própria partida visto que sua estamina não era das melhores e mesmo assim foi para lá apenas para vê-la. Nem mesmo haviam combinado, mas ela sabia que ele estaria lá.

Ao voltar, Kiyoomi estava sentado no mesmo lugar, rolando a timeline de alguma rede social em seu celular. Ela sorriu e sentou ao seu lado, era uma atmosfera muito agradável para os dois, poderia ficar assim por horas que não seria desconfortável.

O mais alto ergueu uma sacolinha e Kanoka esboçou certa dúvida.

— Bolinho de arroz e atum.

O rosto da garota ficou totalmente vermelho, era seu favorito. Ela costumava sentir fome depois de jogos difíceis e claro que no caminho Sakusa não podia deixar de passar na Onigiri Miya e comprar algo para ela comer. Era muito ruim demonstrando o que sente, devido à sua natureza racional, completamente contrastante com a dela, sempre tão sensível e empática. Mas bem, às vezes ele acertava.

Não era bem um almoço, mas era a melhor coisa que poderia comer agora. Rasgou o sachê de molho tarê que vinha e despejou pelo arroz e o atum. Estava uma delícia.

Namoravam há 3 anos e parecia que a relação só melhorava. Na verdade, namorariam há 4 anos se não tivessem demorado quase um ano para conseguirem se beijar e mais um certo tempo para um pedido de fato.

Lembrava até hoje como Kanoka era extremamente tímida, tanto que às vezes chegava a gaguejar. E Sakusa também tinha um enorme receio de tocá-la e se contaminar com germes e afins, não que a achasse suja, mas era inevitável.

Hoje a presença de Amanai era tão natural que conseguia abraçá-la e beijá-la sem preocupações, o que a outra interpretava como a prova máxima do amor de Sakusa.

Nem mesmo se tocavam muito em público até hoje, mas hoje era um dia especial, Kanoka tocou a mão alheia quando terminou sua refeição. E então trocaram olhares como se o mundo parasse. E poderia ficar parado pra sempre.

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