Tsukkiyama: Doces mágicos? +16

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— Aff, Tsukki, por que não? Deve ser legal uma festa de Halloween da facul — disse Yamaguchi, levemente manhoso, já que estava triste por gastar suas últimas economias com xerox.

— Nah, você sabe que não sou de sair e tal — respondeu o loiro.

Como todo calouro, Kei também tinha curiosidade de saber como era uma festa da faculdade, mas acreditava com unhas e dentes que nunca iria para uma por causa de seu comportamento antissocial ou seu hábito de guardar dinheiro de emergência. O que não esperava era que naquele dia receberia uma ligação:

— Oi, é Tsukishima Kei?

Confirmou com a voz.

— É que você recebeu dois ingressos pro Halloween da nutrição! Estamos aguardando no CA*

— Quê?

— Da rifa que a gente fez, lembra? Do abrigo de animais, que você contribuiu conosco.

Ah sim, lembrava mesmo de ter comprado essa rifa, o rapaz de óculos era fraco quando se tratava de animaizinhos. Mas tudo bem, era só vender os ingressos depois. Fechou os olhos.

— A gente tá aqui aguardando você, ou então a gente sorteia outra pessoa, se desejar — falou a voz.

Sortear outra? E perder esse dinheiro fácil? Não.

— Ok, eu estou indo — e desligou.

Vender aqueles ingressos era um um objetivo, mas uma parte sua se recusou a vender os dois quando o melhor amigo queria tanto ir. Melhor amigo este que conhecia desde quando eram crianças do fundamental, e talvez, só talvez tivesse uma queda... Ou um abismo por ele. E mais talvez ainda, supondo muito supostamente, uma invenção das mais falaciosas da mente do loiro, apenas uma hipótese de que talvez, quem sabe, Yamaguchi também tivesse uma queda por ele. A essa altura do campeonato, Kei estava em casa em sua cama, encarando os ingressos, pensando que talvez devesse tomar a pior decisão da sua vida.

Tadashi, você quer ir na festa de Halloween da facul? Consegui ingressos.

AH NÃO, JURA??
Ai céus, como você vai?
Eu não pensei numa roupa ainda

Que grande mentira, todo mundo sabia que o rapaz de cabelos esverdeados era cosplayer no tempo livre e certeza tinha algum deles no guarda roupa para ir o mais lindo possível. E foi aí que notou que não deveria ter dito "consegui ingressos" e sim "consegui um ingresso", como que iria colocar na cabeça do amigo que não iria? Putz, perdeu a batalha por conta de um pequeno deslize.

Eu não vou.

Por quê??
Vamos, Tsukki
Vai ser tão legal
Você nem precisa usar uma fantasia se não quiser

Tentou argumentar um pouco sabendo que era um caso perdido, além de que não iria aguentar continuar negando por tanto tempo. E provavelmente nem ficariam até o final da festa, pois como bons introvertidos, suas baterias sociais logo se esgotariam e Tadashi iria dormir em sua casa, como sempre aconteceu.

Não era ruim de todo.

No dia em questão de fato Kei não tinha nenhuma fantasia e nem nada do tipo, apenas escolheu se vestir de maneira mais pomposa que o costume, com roupas sociais que nunca usaria, mas era algo mais próximo do que conseguiria de um mínimo destaque em uma festa à fantasia. Não que quisesse ser destacado, pelo contrário, não gostaria de ir completamente normal, pois iria chamar atenção demais no meio de todos. Pôs uma calça social preta e uma blusa de gola alta cinzenta, visto que também não iria gostar de estar totalmente vestido de preto, embora gostasse muito da ideia. Tinha acabado de colocar seu blazer negro e arrumar o cabelo para trás quando ouviu baterem na porta.

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