Marco andava de um lado para o outro em seu quarto, suas mãos pegando algumas mudas de roupas e acessórios que achava que seriam necessários em uma viagem, enquanto tentava equilibrar o celular entre seu ombro e sua orelha.
Podia ouvir a voz animada do outro lado da linha comentando ora ou outra sobre o que estava pegando e colocando em sua própria mala.
— Não esquece de levar uma sunga, ou uma bermuda, mas se tiver uma sunga seria bem melhor. — Comentou o moreno do outro lado da linha, dando uma risada divertida.
— 'Pra quê? Não lembro de terem falado sobre piscina ou algo do tipo... — Questionou o loiro ao mesmo tempo em que caçava o objeto em seu armário. — E qual a da sunga? Por que seria melhor?
— Oras, sem perguntas, Marquinho, só confia em mim. — Pontuou Ace fazendo um baixo som afirmativo. — E por quê? Não é óbvio? Quero uma visão melhor de você, é por isso.
— Pervertido... Deveria ter imaginado, mas 'pro seu azar não tenho nenhuma sunga. — Mencionou Marco dando uma risada ao ouvir o murmúrio desolado do menor.
— Droga... Vou ter que providenciar uma, então. — O loiro podia até mesmo visualizar o sorriso divertido que o moreno possuía ao dizer aquilo. — Você vem com a gente depois da aula, né?
— Estarei esperando... Vou, você já perguntou isso algumas boas vezes. — Disse o loiro fechando sua mala. — Está com medo que eu fuja, é?
— Mesmo? Vou arrumar uma sunga 'pra você e é agora. — Afirmou o moreno entre risadas. — Claro que não, se você tentasse fugir, eu iria te buscar.
— Não duvido nada... — O maior parou de falar ao ouvir batidas na porta e a voz de Izou lhe chamando. — Ace, eu preciso desligar agora, nos vemos amanhã.
— Tudo bem. Até amanhã, Marquinho.
O loiro manteve o celular próximo a orelha, ouvindo a respiração alheia sair pelo alto-falante do aparelho. Aquele pequeno momento de silêncio em que nenhum dos dois parecia disposto a desligar o celular causou baixas risadas.
— Você pode desligar, sabia? — Comentou Marco, seus lábios se curvando suavemente para cima ao ouvir o timbre alheio sibilar em uma risada um tanto envergonhada.
— Eu sei, mas você também pode desligar... Gosto de ouvir sua voz.
O loiro sentiu suas bochechas esquentarem levemente e riu baixo, sentindo-se um tanto ansioso, seu âmago formigando e se revirando suavemente. Sua mente parecia tão leve naquele momento, um sentimento de felicidade pura e genuína que parecia diferente de tudo que já sentira antes.
— Eu tam... — Mais algumas batidas na porta fizeram o loiro interromper sua fala. — Eu realmente tenho que desligar agora...
— Posso te ligar mais tarde?
— Ah, pode. Te mando mensagem quando estiver livre... Eu... Até mais tarde, Ace.
— Até mais tarde, Marco. Eu gosto muito de você. — Declarou o moreno pouco antes de encerrar a chamada, deixando o loiro aturdido, o celular encostado na orelha enquanto os apitos do fim da ligação ressoavam.
Seu coração bateu acelerado com aquilo e seu corpo não o respondeu por alguns segundos, processando aquelas palavras dirigidas a si. Aos poucos retornou a realidade e seguiu para a porta, abrindo-a e vendo Izou parado ali.
— O jantar está pronto, Thatch pediu para te chamar... Com quem tanto conversava, hm? Era o capricorniano? — Questionou o moreno, notando as bochechas do irmão adquirirem uma leve coloração rubra. — Parece que acertei. Em que pé vocês estão?
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amor bandido
FanfictionDepois de uma estranha e bizarra tentativa de assalto, Marco achou que nada pudesse ser tão problemático. isso até conhecer aquele rapaz sardento de capricórnio que com sua persistência balançou o muro em que o loiro libriano estava.