Kid não acreditava que aquilo havia acontecido consigo. Nem em mil anos acreditaria que teria tanto azar na vida. E tudo por causa daqueles dois morenos traiçoeiros que o incentivaram a aceitar uma maldita aposta.
Agora estava ali, sentado naquela lanchonete caríssima acompanhado por Ace, Law e Marco que pareciam dispostos a gastar todas as suas economias em um simples almoço.
Maldita foi a hora que deu ouvidos aqueles dois durante o treino da noite anterior, escutando-os comentar que ele era incapaz de fazer uma simplória cesta de 3 pontos mesmo se tivesse 10 chances para acertá-la. Era óbvio que com um pouco mais de insistência e frases como "não sabia que era tão covarde assim" ou "que amarelão, fugindo de algo tão bobo e fácil", "realmente, acho que deveria passar o posto de capitão já que nem ao menos consegue fazer uma cesta", entre outras, os dois conseguiriam que o ruivo aceitasse aquela aposta esdrúxula.
Claro que ele conseguia fazer uma cesta de 3 pontos e para confirmar seu lado havia triplicado a aposta: faria 3 cestas de 3 pontos em menos de 10 tentativas. Contudo, não era nada fácil acertar a bola no aro quando se tem amigos dispostos a desconcentrá-lo e provocá-lo até que tivesse vontade de cavar um maldito buraco no chão para se esconder e não mais ouvi-los.
E, como prenda por ter perdido a aposta, teve que levar os amigos em um "encontro" no fim de semana, com direito a tudo que eles pudessem comer ou beber. O ruivo repensava sobre esse hábito estúpido de fazer apostas, pensando em talvez parar com isso.
Mas ele se conhecia, sabia o quão competitivo era e que Law e Ace sabiam exatamente tocar em seu ego e torcê-lo a ponto de explodir e aceitar qualquer que fosse a aposta só para provar que eles estavam errados.
— Eu odeio vocês. — Repetiu pela enésima vez em um resmungo ao ouvir o sardento perguntar ao garçom qual era o lanche mais caro do cardápio.
— Odeia nada. Você não vive sem a gente. — Retrucou o sardento passando os olhos pelo menu. — Olha, tem várias opções de caipirinha, devíamos pegar uma de cada pra provar...
— Dá isso aqui, otário. — Ordenou o ruivo arrancando o cardápio das mãos alheias e olhando as opções e valores. — Vai se foder, trinta conto uma caipirinha? E deve ser aquele copo minúsculo. Com esse dinheiro eu compro 3 litros de cachaça pra gente fazer caipirinha 'pro resto da vida.
— Você não vai pagar pela bebida, mas sim pela experiência gastronômica, Eustass-ya. — Replicou o tatuado pegando o cardápio de volta. — Vocês fazem esse lanche aqui sem o pão? — Perguntou apontando para a foto de um lanche no menu.
— Claro, temos a opção de acompanhamentos caso queira substituir... O valor varia de acordo com o tipo de acompanhamento. — Explicou o garçom.
— Ótimo, pagar a mais por um lanche sem pão. — Murmurou o ruivo suspirando frustrado.
O ruivo observou Ace se inclinar levemente para o lado em que Marco estava e sussurrar algo em seu ouvido, vendo-os rir e concordarem em algo. Kid ergueu a sobrancelha em contragosto, querendo descobrir o que tanto cochichavam ali.
— Qual o lanche mais barato daqui? — Perguntou o loiro em um tom curioso.
— Glória, pelo menos alguém se preocupa com o meu suado dinheiro. — Comemorou o ruivo. — Viu, seus otários? É assim que um amigo de verdade age.
— É esse aqui. — Falou o garçom apontando no cardápio.
— Perfeito, não vai ser esse que eu vou querer não... Pode ser esse aqui de 34. — Comentou o loiro, o que fez os dois morenos caírem na gargalhada.
— Filho da puta... Eu odeio vocês três... Vamos fazer outra aposta, dessa vez eu vou ganhar e vocês vão pagar meu almoço por uma semana inteira. — Pontuou o ruivo batendo o punho na mesa e recebendo alguns olhares dos arredores. — Foi mal, me exaltei.
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amor bandido
FanfictionDepois de uma estranha e bizarra tentativa de assalto, Marco achou que nada pudesse ser tão problemático. isso até conhecer aquele rapaz sardento de capricórnio que com sua persistência balançou o muro em que o loiro libriano estava.