Depois de conhecer alguns dos irmãos de Marco e uma longa conversa sobre signos, astrologia e tarot com Izou, Ace estava totalmente acomodado no sofá da casa alheia, seus pés balançando agitados enquanto comentava sobre tudo o que vinha em sua mente para o loiro.
O maior apenas ouvia tudo e ora ou outra fazia seus comentários, mas deixava o menor despejar todas as palavras que tinha em seu vocabulário para explicar cada detalhe do que havia gostado na família dele.
— Céus, Marco, não sabia que seus irmãos eram tão legais. Por que não me falou antes? — Questionou o moreno, seu braço se enroscando no do loiro. — O Thatch cozinha tão bem, será que eu posso comer de novo mais tarde?
— Passaríamos muito tempo falando deles se eu tivesse dito algo antes... Claro que pode, ele sempre faz bastante... Já deve imaginar o porquê. — Respondeu o loiro dando uma risada da empolgação do menor.
— 'Pra alimentar um batalhão, tem que fazer bastante mesmo... E ele é muito engraçado, um senso de humor refinado. — Pontuou o sardento, sua mão descendo pelo braço até encontrar a do outro, entrelaçando seus dedos ali, um enorme sorriso surgindo em seus lábios ao sentir o fio de alumínio que envolvia o anelar. — O Haruta também é tão divertido... Sabe uma coisa que eu me dei conta agora?
— O quê?
— O Thatch tem um topete de banana e você um de abacaxi, é tipo um parzinho fofo. Sabe, seria muito engraçado ter aquelas jarras de abacaxi e coisas temáticas em casa. Sério, pensa comigo, hoje em dia tem tanta coisa de fruta, deve ter tapete estampado, copo, chapéu, saboneteira... Se duvidar dá 'pra virar o Bob Esponja e morar em um abacaxi no fundo do mar. Seria incrível.
— Seria brega... Se fizer isso, vou ter que me livrar de tudo quando não estiver olhando. — Afirmou o loiro fazendo uma leve careta, ouvindo o moreno gargalhar alto ao seu lado. — Eu 'tô falando sério. Não ri não, nada de coisas de abacaxi em casa. Principalmente se for 'pra tirar uma da minha cara.
— Mas Marco... Você fala como se a casa fosse sua também... Já está pensando em morar comigo, é? E seria fofo, poxa... Me lembraria de você sempre que eu olhasse.
— Eu não... Hm... É que eu pensei que estivesse falando de um futuro hipotético... — O loiro virou levemente o rosto para o lado, um tanto encabulado. — Você não precisa colocar um monte de coisa brega de abacaxi 'pra se lembrar de mim.
— Te incomoda que você parece um abacaxi? 'Tá bravinho, senhor piña colada? — Provocou o moreno, pronunciando cada sílaba lentamente, vendo o loiro resmungar contrariado. — Não fica assim não, Abacaxizinho, você tem maior rabão.
— Vou fingir que não ouvi isso... — Falou o loiro olhando para qualquer canto que não fosse o moreno ao seu lado, tentando ignorar e suprimir qualquer risada que surgisse dentro de si com as provocações alheias.
— Abacaxizinho, não fica bravo não. Ei, Abacaxizinho... Marco~, ei, não me ignora. Marquinho... Poxa, mas você deveria ficar contente, abacaxi é uma fruta maravilhosa, é docinha, azeda na medida, é perfeita. É um elogio até. — Explicou o moreno dando leves chacoalhões no loiro, tentando fazê-lo falar consigo. — Sabe de uma coisa muito legal do abacaxi? — Ace se aproximou levemente da orelha alheia, dando uma risadinha ao vê-lo se arrepiar com o ar quente batendo contra sua pele. — Ele deixa docinho... Sabe... Fica tipo uma mamadeira com leitinho quentinho gostosinho, direto da fonte açucarada.
O loiro mordeu o lábio tentando conter a risada, mas a última fala do moreno fora demais para si, ainda mais combinado ao tom insinuante, sensual e claramente exagerado do menor. Uma gargalhada alta deixou a boca do maior que não tardou em voltar sua atenção para o outro que ria consigo.
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amor bandido
FanfictionDepois de uma estranha e bizarra tentativa de assalto, Marco achou que nada pudesse ser tão problemático. isso até conhecer aquele rapaz sardento de capricórnio que com sua persistência balançou o muro em que o loiro libriano estava.