E me abraçou

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Att de hoje dedicada para Malu! Feliz niver vida!

Boa leitura!

7 — E me abraçou

Draco POV

Eu estava repleto de coisas para fazer naquele dia, que passei quase o tempo inteiro trancado dentro do escritório, cercado de uma papelada gigantesca que meu pai havia enviado.

Alguns negócios dos Malfoys eram muito valiosos, e ele pedia que eu sempre lesse e tentasse encontrar algo de errado, mesmo que as documentações passassem por nosso advogado de confiança.

Meu pai sempre foi o tipo de pessoa que não acreditava nas pessoas, esperava sempre o pior e via inimigos onde não existia, então não era surpresa.

De certa forma, eu gostava quando aquilo acontecia, porque ficava claro que ele realmente confiava em mim o máximo que conseguia confiar em outro ser humano.

Era tranquilo estar em silencio revendo aqueles contratos, porque me dava um pouco de paz ao pensar em como seria quando eu realmente fosse responsável por todo nosso império.

Estávamos em basicamente todo o ramo farmacêutico e de cosméticos. Havia divisões das nossas fábricas em grande parte da indústria, então era coisa demais para conseguirmos equilibrar.

Ainda que recentemente houvéssemos vendido parte de uma das divisões, porque meu pai estava entediado demais para cuidar dela... bem, sempre havia muita burocracia.

Bocejei, erguendo os olhos ao ver meu celular piscar, revirando os olhos ao imaginar que provavelmente era Pansy, de novo.

Ela não cansava de mandar mensagem desde que eu havia cometido a idiotice de lhe contar qual a conta oficial do circo, e ela estava quase maníaca olhando todas as fotos e me enchendo de comentários totalmente inadequados.

Eu estava dividido entre estar gostando dela estar impressionada com o cara que eu estava saindo, e obviamente também tinha aquele sentimento quase ciumento.

Quase, porque Malfoys não sentem ciúmes!

— Me deixa em paz! — Reclamei ao atender, sentindo cansaço extremo com a quantidade de trabalho que tinha pela frente.

— Oi...?

— Harry! — Me endireitei na cadeira, ajeitando os pés no chão, pois estavam jogados sobre a mesa — Oi! Desculpa, pensei que fosse outra pessoa.

— Eu estou te atrapalhando? — Perguntou, com a voz soando muito estranha.

Estava muito baixinho e abafado, e eu percebi que era a primeira vez que eu não o ouvia dizer 'hola mi amor' no início de uma de nossas conversas.

— Não, estou totalmente atoa — Murmurei, sem querer me sentir culpado por ter prometido ao meu pai que enviaria no máximo até a manhã seguinte.

— Você pode vir aqui?

— Você está bem? — Perguntei preocupado, ouvindo ele suspirar.

— Eu queria muito ver você agora.

— Hã... certo. Só... me dê uns minutos. Está na sua casa?

— Sim. Não... estou atrapalhando, estou?

— Não, eu não estava fazendo nada — Garanti, já saltando da cadeira, jogando os papéis dentro de uma gaveta, e sai apressado do escritório.

Havia certo conforto em minha mãe estar na casa de tia Andrômeda e eu não precisar explicar aonde iria.

— Estou indo — Afirmei, desligando em seguida, me sentindo um idiota por não ter esperado ele responder.

Mas Harry era alguém tão animado, que às vezes era estranho pensar que ele poderia ter algum problema ou infelicidade.

A Divina Comédia || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora