026

18.1K 1.4K 705
                                    


UMA SEMANA DEPOIS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

UMA SEMANA DEPOIS.

DIA DA SEMIFINAL DA LIBERTADORES.


Eu simplesmente não conseguia escrever. Minha caixa de mensagens do Wattpad estava transbordando, as notificações não paravam de chegar, mas eu olhava pro documento em branco e simplesmente não conseguia pensar em nada para escrever.

A fanfic tinha tomado proporções gigantescas, tinha passado de 50 K de visualizações, as pessoas que liam tinham criado fandom pra Serena e o Gabigol no Instagram e contas no Twitter pra postar montagens entre o jogador e a Emily Garcia a modelo que tinha me inspirado para fazer a Serena. Eu não estava conseguindo lidar com a pressão, principalmente depois do que tinha acontecido, então pausei a história.

Em uma semana minha vida tinha virado de cabeça pra baixo.

Primeiro que eu não via ou falava com o Gabriel desde a manhã do Domingo. Segundo que eu também não falava com meus irmãos desde a manhã de domingo. E terceiro que eu tinha sido despedida do trabalho.

Isso mesmo.

Realmente não devia haver, no mundo, alguém tão azarada quanto eu.

Sabe aquela frase "quando não é 8, é 80"? Nunca vi tanto se parecer comigo.

Passei a porcaria da semana toda entregando currículo em escolas, no momento caótico em que eu vivia, até limpar bumbum de bebê em creche estava aceitando.

Eu precisava pagar o conserto da Porsche. E do Dublê também. E estava enlouquecendo.

Alguém bateu na porta do meu quarto, eu gritei um "entra!" Era meu pai.

—O Gabigol acabou de sair daí — Ele disse, eu virei a cabeça para encará-lo.

—Porque não me chamou? — Meu coração começou a bater forte contra o peito.

—É que... Bom... — Coçou a cabeça — Ele não me perguntou sobre você e eu imaginei que você ainda estivesse chateada, então...

Meu Deus, quanta humilhação.

Ele não tinha perguntado por mim. Era de se imaginar.

—Eu só vim avisar que ele pagou o conserto todo, sei que tinham combinado valores, mas ele não aceitou não como resposta — Meu pai apertou os lábios — Pagou a vista ainda.

Tá vendo? É muita humilhação pra uma pessoa só.

Tudo bem que eu deveria agradecer, afinal de contas eu era pobre e agora estava desempregada, mas...

—Quanto ficou tudo? — Quis saber.

—Ficou oito mil e quinhentos, filhota — Bateu um dos dedos na porta de madeira, eu arregalei os olhos.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora