047

15.8K 1.2K 502
                                    

Combinei com meu pai de nos encontrarmos no Starbucks que tinha no centrinho, mas se soubesse que ia esbarrar com a Emily, preferia ter morrido torrada na esquina da Companhia das Letras

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Combinei com meu pai de nos encontrarmos no Starbucks que tinha no centrinho, mas se soubesse que ia esbarrar com a Emily, preferia ter morrido torrada na esquina da Companhia das Letras.

—Alice! — Ela gritou assim que me viu.

Puta que pariu, viu. Fiquei só observando a garota se aproximar de mim, já com um sorriso maldoso no rosto.

—Nossa, o que houve com você? Tá acabada! — Me abraçou.

Se eu não tivesse colocado o café da manhã pra fora no prédio da editora, vomitar em cima dela era uma boa ideia.

—O Breno me contou que você se deu bem. Golpe da barriga, né? — Se afastou e piscou um dos olhos em minha direção — Vai ficar rica só com a pensão do jogador — Gargalhou.

—Golpe da barriga, é? — Soltei uma risada amarga — Bom te ver, Emily — Menti, pronta pra me afastar, mas ela segurou pelo meu braço.

—Você acabou com a vida dele, sabia? Do Breno — Me olhou — Ele tá ficando lá em casa porque o pai dele expulsou ele de casa — Soltou uma risada — E ainda o demitiu da oficina, como se ele fosse um funcionário qualquer e não o filho dele.

—Poxa, que pena — Falei puxando meu braço do aperto dela — Espero que só piore.

—Você não tem vergonha de desejar algo assim pro seu irmão? — Ela insistiu vindo atrás de mim.

—Ele também não pensou em mim quando me chamou de puta, engraçado é ele não achar isso de você também — Olhei de lado pra ela — Ah, é... Deve ser porque ele não faz ideia que você dorme com ele e com o Bryan — Soltei uma risada, ela arregalou os olhos — Mas relaxa, não vou contar pra ninguém, até porque nem tenho planos de ver o Breno tão cedo. Faça bom proveito daquele babaca — Bati meu ombro no dela de propósito e sai pisando mais forte do que o normal até chegar ao Starbucks.

Ainda estava tremendo de ódio quando vi meu pai estacionar a Gertrudes numa vaga, mais atrás, Allan vinha dirigindo o JK e estacionou logo atrás.

Que merda, cara. Que merda.

—O que você está fazendo aqui? — Meu pai perguntou quando desceu do gol vermelho.

A Gertrudes parecia até outro carro, não tinha nenhum amassado e ele tinha pintado ela toda, até a mancha bege que tinha me inspirado a dar o nome não estava mais lá. Olhei pro meu pai.

—Vim resolver algumas coisas — Respondi.

—Sua pirralha, porque você não responde minhas mensagens? Como se eu te odiasse! — Allan começou a gritar do outro lado da rua — Eu te defendi!

—Não fez mais do que sua obrigação — Respondi, aceitando seu abraço.

Só percebi o quanto senti falta dele quando o vi. Ele era quieto e na dele, mas entre os três era o que mais me entendia e me ajudava.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora