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Eu juro que corri tão rápido que fiquei com medo de ter aberto uma brecha no tempo, igual na série do The Flash

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Eu juro que corri tão rápido que fiquei com medo de ter aberto uma brecha no tempo, igual na série do The Flash.

Usain Bolt perderia feio pra mim se fossemos disputar 100 metros nada rasos da cozinha pra sala.

O Bruno Henrique disparado pela esquerda, correndo atrás de uma bola lançada pelo Diego Alves lá de trás, não seria capaz de me alcançar.

Dois segundos e eu estava na frente do Gabriel.

Eu sabia o que falar? Não.

Eu estava quase tendo um ataque do miocárdio? Sim.

—Vossa Excelência, né Alice? — Ele falou, erguendo os olhos lentamente — Muito interessante essa hashtag no Twitter, de verdade.

Eu fiquei sem ar. Ele devia ter acompanhado tudo enquanto eu estava tentando entender o que tinha acontecido no grupo, os olhos dele desceram pro celular.

"Alguém avisa a Alice que a fanfic com o Gabigol tem que ser publicada?!" — Ele leu um tweet, olhando pra mim e erguendo a sobrancelha.

—Gabriel... — Comecei, mas minha voz não saiu.

—Beleza, vou deixar vocês a sós — Fabinho falou do outro lado da sala, saindo sabe-se lá pra onde em seguida.

—Há quanto tempo você tá escondendo isso? — Ele quis saber — Não sabia nem o que era uma fanfic até cinco minutos atrás, porra.

—Eu não tava escondendo nada, não escrevo mais isso desde que a gente se conheceu — Falei e era verdade.

Ainda tinha soltado alguns capítulos depois de ter conhecido ele, mas depois que a gente ficou, nada saia sem que eu me sentisse culpada, então parei de escrever e foi quando as coisas começaram a ficar loucas.

As leitoras queria o final e eu entendia elas, mas não achava justo ficar escrevendo coisas fantasiosas com ele enquanto estava vivendo algo que julgava ser duas vezes melhor do que qualquer fanfic que escrevi.

Ele me olhou, aquele maldito sorrisinho de lado querendo aparecer, como se estivesse se esforçando muito pra ficar chateado comigo, mas não conseguisse.

—Eu quero ler — Passou os dedos lentamente pela barba por fazer.

—Como? — Levantei minhas sobrancelhas, sem acreditar no que tinha escutado.

—Eu quero ler. O livro — Ele repetiu.

—Não. Você não vai ler — Soltei uma risada, extremamente nervosa.

—Eu quero e vou ler — Pegou o celular do sofá.

—Você não vai ler nada, Gabriel — Puxei o celular da mão dele.

—Você escreveu um livro inspirado em mim, me escondeu por meses e ainda tem a coragem de dizer que eu não vou ler? — Ele ergueu uma sobrancelha e colocou as mãos na cintura.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora