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Dois dias depois NARRAÇÃO : GABRIEL

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Dois dias depois
NARRAÇÃO : GABRIEL

Deixei a Alice no dormindo e saí de casa.

Tinha uma última coisa pra resolver antes de ir pro CT hoje.

Depois de acompanhá-la ao médico finalmente descobrimos o que ela tinha.

Ansiedade. Depressão. Distúrbios alimentares.

Sério, eu não sabia nem por onde começar a resolver as coisas, mas dirigi até a casa dos pais dela e estacionei de frente pra oficina.

Tinha avisado que viria pela madrugada. Allan tinha sido prestativo o suficiente pra convidar o Breno pra conversa. E eu esperava que todos eles estivessem aqui hoje.

Porra. Distúrbios alimentares.

A cabeça dessa mulher devia ser uma loucura, não tive tempo nem de ficar chateado pela gravidez.

Queria que ela tivesse grávida? Sim, mas queria mais que ela estivesse bem. Detestava vê-la chorando.

—Fique à vontade — A mãe dela falou quando abriu a porta, não conseguiu sequer olhar pra minha cara.

Eu entrei em silêncio, sentei na mesa em silêncio e fiquei esperando o filho da mãe do Breno chegar em silêncio.

O Allan e o Bryan já estavam lá, a mão dele sentou numa das pontas da mesa e ficou em silêncio também.

Fazia tempo que eu queria fazer isso, mas fiquei esperando os resultados do exame pra poder decidir se era o certo ou não.

E foda-se, eu ia jogar umas coisas na cara deles mesmo se fosse errado.

O pai dela tinha acabado de sentar numa das cadeiras quando Breno adentrou a cozinha.

—Ah fala sério, só pode ser brincadeira — Disse, olhando pra minha cara. Eu ergui uma sobrancelha, tentando conter a vontade de me levantar e descer um murro naquela cara otária dele.

—Cala a boca e senta — O pai dela resmungou, cruzando os braços.

Breno ainda hesitou, mas sentou na cadeira vazia à minha frente.

—Espero que seu motivo seja muito bom, jogador — Bryan, o do meio, falou.

—Não sei que motivo podia ser melhor do que sua irmã — Franzi o cenho — Mas levando em consideração o jeito que vocês têm tratado ela... — Deixei o restante da frase no ar.

—Como ela tá? — A mãe dela perguntou, parecendo que ia chorar.

Deus que me perdoasse, mas eu não conseguia mais gostar dela. Preferia o pai, que tinha feito um esforço enorme pra arrumar a Gertrudes, ir levar, me mandar mensagem todos os dias perguntando sobre ela...

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora