Um novo "amigo"

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  - Parece a voz de alguém! – falou Arley.

  - Veio dali – disse Dália, apontando para o local e seguindo em direção ao mesmo junto aos demais.

  Ao chegarem no lugar, não muito longe de onde estavam acampando, avistaram um adolescente que aparentemente estava todo machucado e inconsciente. Assim, decidiram leva-lo para o acampamento. Dália e Jasmin cuidaram dele e meia hora depois o mesmo acordou desnorteado.

  - Ai, minha cabeça.

  - Ah, que bom que acordou! – Dália suspirou aliviada e entregou ao garoto um copo com água. Ele olhou para a garota à sua frente e depois para o copo com o líquido cristalino.

  - Quem são vocês? – perguntou, desconfiado.

  - Não tem veneno aí, pode beber. Você se feriu muito, precisa ficar hidratado – a mais velha sorriu, explicando. Tinha notado que ele estava pensando se deveria ou não aceitar – Meu nome é Dália – se apresentou e os outros da equipe fizeram o mesmo.

  - Bem... Me chamo Armin, tenho 17 anos e morava na Flórida, cheguei em Nova Jersey ontem – se apresentou.

  - Mas... O que você está fazendo aqui? – Dália quem fez a pergunta. Era muito estranho encontrar alguém naquela ilha, praticamente no meio do nada. Estranhou ainda mais quando ele disse que não era da cidade.

  - Meu pai pediu para que eu investigasse o sumiço dos pássaros, mas quando eu ia entrar em uma caverna, alguém apareceu, eu levei um susto e gritei, mas depois ele me deu uma paulada na cabeça e eu desmaiei – respondeu Armin, sem encarar Dália. O garoto já havia notado que ela era inteligente demais e poderia descobrir tudo, então evitou contato. Jasmin também notou a atitude do garoto, mas não o reconheceu como uma pessoa ruim.

  - Você pelo menos viu como era essa pessoa? – perguntou Afrodix.

  - Usava uma roupa azul, tinha um manto preto e uma parte do cabelo era de cor verde, eu acho. Não deu para ver muito bem. Só sei que ele era bem intimidante, como se para ele fosse divertido machucar alguém.

  - Você não pode ficar aqui, é muito perigoso – A mais velha falou, reconhecendo muito bem a descrição que o rapaz tinha feito.

  - Eu sei, mas preciso continuar investigando, não posso voltar sem nada.

  - Há algumas... pessoas escondidas na ilha e nós temos que encontrá-las, talvez esse seja o problema do desaparecimento dos animais, já é algo, não?

  - Eu vou ajudar, não é o suficiente.

  - Você não ouviu? É perigoso! – Dália suspirou, irritada. Jamais deixaria um inocente ajudar.

  - Mesmo assim eu quero ir, ok?! Meu pai me mata se eu não encontrar um motivo relevante!

  - Querer não é poder, sinto muito, vou ligar para alguém vir te buscar – pegou seu celular e desbloqueou. O sinal era fraco, mas ainda sim conseguiria fazer uma ligação. No entanto, foi impedida por Armin, que segurou sua mão.

  - Não pode me dizer o que fazer, entendeu?

  - Tudo bem, é uma escolha sua. Eu só estava tentando ajudar, seu ingrato. A culpa será inteiramente sua se ficar ainda mais machucado do que está – retrucou e virou as costas. Se ele não queria sua ajuda, não era problema dela, mas não conseguiria não ajudar se ele estivesse realmente em perigo. Porém, daria um jeito de convencer o garoto destemido a sair de lá – Sairemos depois do almoço, Armin precisa descansar primeiro – expôs sua decisão e eles concordaram sem contrariar. A líder já estava irritada o suficiente para ter que ouvir reclamações. Assim, a mesma saiu para se acalmar um pouco, logo chegando na parte de areia que rodeava o oceano.

A força das almas gêmeas: Destinos CertosOnde histórias criam vida. Descubra agora