A batalha final

3 1 0
                                    

O caminho até a entrada do esconderijo dos vilões era longo. Cada passo, um pouco a mais de tensão, tudo dependia deles agora. Mas enquanto Dália estava focada em relembrar as diversas estratégias que poderiam tentar no combate contra os inimigos, Eros ocupava sua mente juntando todos os acontecimentos, um tanto estranhos para os humanos, pelo qual sua alma gêmea já tinha passado. Primeiro o ódio gratuito dos pais por Dália; segundo a frase para abrir o sótão; terceiro a visão do fogo; quarto a dor em contato com água em abundância...

- Princesa.

- Sim? Algum problema? - a garota analisou o semideus, que a encarava como se procurasse uma resposta em sua face.

- Você já nadou alguma vez?

- Eu já... tentei, uma vez só, quando eu era mais nova, depois nunca mais.

- Por quê?

- Não gosto muito da água... Me deixa com mal estar. Pensei que era o cloro, mas hoje eu senti a mesma ardência, talvez até mais forte, não sei... - explicou, arrepiada, mesmo estando coberta pela blusa de frio. Esperava não sentir mais aquela dor - Mas no que tanto está pensando? - a garota perguntou, querendo saber o que o amigo pensava enquanto olhava para si, porém o mais velho mudou a expressão confusa para uma sorridente e abraçou a menor, preferia deixar isso para outro dia, um dia mais calmo.

- Em você.

- Mentira - a mais nova estampou chateação e cruzou os braços, querendo saber a verdade.

- Não estou mentindo - disse sincero, selando os lábios da humana, que ficou totalmente corada.

- Ei, pombinhos, vamos apressar? - Jasmin passou por eles rindo do susto que a irmã tomou.

-Minnie! Para! - Dália ralhou com ela, que levantou as mãos em rendição - Além disso, esse agasalho não é do Afro? - questionou em ironia, observando a mais nova adquirir um tom avermelhado nas bochechas.

- E-Ele me emprestou..! Não achei o meu...

- Ou não quis procurar, hein? - Dália provocou a melhor amiga, mas quando esta ia revidar a passagem estreita e natural se tornou ampla e completamente cercada por vilões, o que já era de se esperar visto o tempo que ficaram na frente da passagem.

- Temos visitas? - debochou uma das vilãs, que estava mais perto dos heróis - Acho que o chefe não está informado sobre isso.

- Olha só! Quanto tempo, Dália! Caramba! Está muito mais bonita do que a última vez que nos vimos - um dos vilões, que estava ao lado do irmão gêmeo sorriu para a líder, encantado com a beleza da mesma. A garota mais velha logo se deu conta de qual dos gêmeos se tratava: Deimos. Rolou os olhos, já sabendo que iria ficar bem irritada naquele dia.

- Não digo o mesmo a você - falou ela, impaciente. Odiava o adolescente à sua frente, não somente por ser um vilão, mas por também ficar dando em cima de si dessa maneira. E outra pessoa que não estava nem um pouco feliz com isso era Eros, que não hesitou em se intrometer, mas foi impedido por Dália.

- Não vale a pena, hum? - a mais nova encarou o semideus, que afirmou.

Enquanto isso, a irmã mais velha também tinha que se acalmar ou até ignorar os elogios vindo de Fobos, irmão de Deimos, para Jasmin, pois sabia a irmã mais nova também não gostava daquilo.

E em meio a esses acontecimentos, inúmeros espinhos de terra sobrevoaram os heróis, acertando muitos dos vilões, incluindo os gêmeos. O autor havia sido Arley, que não suportou escutar todos os pensamentos sem noção dos inimigos para as irmãs e lançou "Espinhos de Terra".

A força das almas gêmeas: Destinos CertosOnde histórias criam vida. Descubra agora