No outro dia, todos acordaram determinados a achar Tália, que, como sempre, havia saído. Por isso ocuparam o tempo à procura da garota, já que não tinham sequer uma ideia do local onde ela se encontrava. Mas com certeza deveriam ter cuidado, pois ela parecia ser esperta demais para abaixarem a guarda, e o mínimo descuido poderia ser fatal para ela conseguir o que queria.
Algumas horas se passaram e eles não obtiveram sucesso embora tivessem procurado praticamente na cidade inteira, então voltaram para casa.
- E agora? O que vamos fazer? – perguntou Arley.
- Continuar procurando – respondeu Jasmin – Não podemos desistir, precisamos achar a Tália!
- E onde você sugere que ela esteja? – perguntou Afrodix.
- Isso eu não sei, mas temos que encontrá-la, ou pelo menos encontrar o lugar que ela passa o dia inteiro.
- A floresta! – falou Dália – Um dia a Tália disse que ia encontrar as amigas dela perto daqui, só tem a floresta!
- Não custa nada tentar – disse o semideus mais novo.
Assim, os seis foram para a floresta e andaram poucos metros entre a inúmeras arvores e arbustos, até que...
- Ai! – falou Dália.
- O que foi? – perguntou Jasmin.
- Eu bati em alguma coisa – respondeu Dália – Acho que foi em um vidro.
- Tem uma parede invisível aqui – comentou Eros, tocando o local do objeto – Foi nisso que você bateu.
- Mas não é uma simples parede invisível – disse a garota, analisando e batendo de leve no objeto - É uma passagem, ela funciona com uma senha e é usada para ir de uma cidade a outra.
- Agora está explicado o motivo do sumiço da Tália – falou Edward – Ela deve ter atravessado essa parede.
- Hum! Além de mentirosa, é trapaceira também, já que não precisa gastar dinheiro com nada – disse Dália, indignada – Não sabia que ela podia chegar até esse ponto, mas de qualquer forma vamos voltar, nós precisamos da senha e já está na hora do almoço, continuamos depois – explicou e todos concordaram, logo voltando para casa, com tempo suficiente para almoçar e retomar o raciocínio.
- Olha só, nós vamos ter que atravessar aquela parede, mas antes Jasmin e eu vamos entrar no quarto da Tália para achar a senha – informou Dália, já indo em direção ao quarto da inimiga, não podiam perder nenhum minuto.
Elas vasculharam tudo com rapidez, desde as suas malas e mochilas, até o guarda-roupa e as gavetas, e ainda sim gastaram quase meia hora para achar o que procuravam.
- É melhor tirarmos uma cópia para nós - falou a mais velha, realizando o ato no segundo seguinte e já retornando à sala quando o processo de tirar xerox terminou.
E olhando atentamente a senha escrita na folha, reparou em algo que a deixou um tanto intrigada.
- Ué...? – franziu o cenho, pegando a caixinha do diamante.
- O que foi? – perguntou Arley.
- Que estranho, a senha é igual à assinatura da caixinha – comparou.
- E por que você está preocupada com isso? – perguntou Eros.
- Se a assinatura e a senha tiverem algo em comum, talvez possamos descobrir porque a Tália quer o diamante, ou quem é responsável por isso – respondeu Dália – falando nele, que estranho, está bem maior.
- O que quer dizer? – perguntou Eros.
- A última vez que vimos ele era muito menor. Mas veremos isso depois, vamos por partes ou ficará muito confuso – disse Dália com uma folha branca na mão e caneta na outra – Primeiro, o que significa JEDA2013?
- Em relação às letras, são as nossas iniciais, né? O número eu não sei – falou Edward.
- Talvez não seja só as nossas iniciais e sim o nome de alguém – disse Jasmin.
- Isso que eu pensei – falou Dália – Nós não temos relação afetiva com a Tália, pelo menos eu acho que não, então temos que procurar uma pessoa com essas letras que tenha.
- Se trocarmos as vogais vai ficar um nome normal – Eros afirmou e a irmã mais velha anotou a mudança no papel, deixando os irmãos mais novos e a si mesma, muito espantados.
- É... É o nome da nossa mãe! – disse Jasmin.
- Mas não só dela, né? – perguntou Eros.
- Têm quatro pessoas na cidade com esse nome, incluindo a nossa mãe – respondeu Dália após realizar uma pesquisa rápida.
- Então temos que encontrá-las, uma delas têm que ser parente da Tália – falou Eros.
Assim, eles pesquisaram o lugar onde as três "Jades" moravam para descobrir qual dela era parente da Tália, mas, para a surpresa de todos, nenhuma delas alegou isso, então acabaram voltando para casa, incertos de que não tinham parentesco com ela.
- Então eu estava errada... Nós somos sim parentes da Tália. Talvez... Ela seja nossa prima – disse a mais velha, após longos minutos pensando na possibilidade.
- O quê? Como assim? – Eros perguntou.
- Tudo faz sentido! Jade é o nome da nossa mãe e 2013 foi o ano que a Tália ganhou o diamante. Está explicado também o porquê da impressão de que eu a conhecia – respondeu Dália.
- Espera, como você sabe disso? Aliás, se a Tália ganhou o diamante, por que ele estava escondido aqui? – perguntou Eros novamente.
- É difícil explicar a primeira pergunta, mas a segunda eu não sei – respondeu Dália – Nós vamos ter que atravessar aquela parede para descobrir.
Dito isso, todos retornaram à floresta, chegando, minutos depois, à parede invisível. Dália falou a senha e eles passaram para o outro lado, ou melhor, para outro lugar, vendo-se em um local completamente diferente, misterioso e sombrio, em que até mesmo as pedras pareciam perigosas.
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A força das almas gêmeas: Destinos Certos
RomanceO que fazer quando, por uma obra do destino, dois corações opostos se encontrarem e tiverem que permanecer juntos por toda a eternidade? Mas não começa por aí... Quatro irmãos lutam desde sempre para salvar a cidade em que vivem. No entanto, eles...