Desvendando mistérios

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    - Gente, esse é o mapa que eu estava falando – disse Dália ao voltar para a sala com o papel – Ganhamos ele no dia em que fizemos uma excursão da escola no início do ano. Ainda bem que eu guardei, acho que os vilões estão em algum lugar daqui.

  - Basicamente isso é impossível, a ilha das Pérolas é cercada por um oceano enorme, não tem como pisar lá facilmente.

  - Eu sei, Eros, mas talvez o esconderijo dos vilões não esteja exatamente aqui, talvez esteja entre a ilha e a cidade.

  - Como assim entre?

  Dália pegou o caderno e começou a colocar o mapa dela em cima do mapa da agenda, como uma sobreposição, tentando encontrar uma relação que fizesse sentido, então, por fim, pegou a ponta do mapa dela e colocou no meio do outro mapa.

  - Olha! Tem alguma coisa aqui no meio! – Edward observou quando a irmã fez a última tentativa.

  - Meu palpite estava certo. O esconderijo verdadeiro dos vilões, que estávamos tentando procurar, não fica nem na ilha e nem na cidade, fica entre as duas.

  - É por isso que ninguém nunca conseguiu encontrar! São necessários os dois mapas, da ilha das Pérolas e de Nova Jersey!

  - Sim, Minnie. Mas há um "porém"... Não tem como passar entre a ilha e a cidade, uma barreira separa as duas.

  - Tem que ter uma passagem; um duto de ar ou uma parede invisível, ou os vilões também não conseguiriam passar – avaliou a garota mais nova – Só que os mapas deixam bem claro que o local é aqui.

  - Mapas! É isso! Jasmin você é genial! – Dália exclamou e pegou um lápis para ligar os pontos de um mapa a outro.

  - Um cubo?

  - Sim, Eros, um cubo passagem.

  - Um o quê? – Arley tentou lembrar se ao menos já tinha escutado essa expressão antes.

  - Um esconderijo localizado no meio exato de dois lugares é chamado cubo passagem.

  - E como você sabe que forma esse cubo na realidade, quer dizer, na imaginação?

  - Pela posição do mapa, ele está no meio certinho do outro – respondeu Dália, focada em descobrir mais coisas para facilitar a procura. Sequer notou o olhar apaixonado de Eros quando ela respondeu tudo com tanta calma e facilidade. Ele amava a inteligência que ela sempre demonstrava ter das melhores formas possíveis.

  - Não entendi nada – Edward resmungou, alheio a tudo que diziam. A irmã explicou em outras palavras e só assim o mais novo compreendeu.

  - Mas por que se chama cubo passagem?

  - Porque o único jeito de chegar ao esconderijo é atravessar o cubo imaginário, Arley, mas ele só tem uma passagem pequena, é difícil encontrar.

  - Isso nem vem ao caso se não conseguirmos chegar até a ilha, é a pior parte, nós fomos de avião.

  - Sim, é o mais difícil – Afrodix concordou com Jamin.

  - Não, dá para ir de ônibus também. Temos que nos preparar bastante para o que vier, mas por agora, já quebramos a cabeça demais com isso. Precisamos de descanso também. Tudo depende apenas de estarmos lá no dia e averiguar tudo pessoalmente. Vamos conseguir.

                                                                                          ***

  Dois dias se passaram desde que conseguiram encontrar o local do esconderijo dos vilões, e agora, mais do que nunca, estavam confiantes do fim de todo aquele problema que rondava a cidade.

A força das almas gêmeas: Destinos CertosOnde histórias criam vida. Descubra agora