Prestes a terminar

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  Assim que Dália começou a ler o livro e percebeu que todos os parágrafos tinham uma sinalização, rapidamente pegou seu pequeno caderno e começou a anotar todas elas para tentar pensar em alguma ideia plausível do que poderia ser todos aqueles símbolos, códigos e palavras. Por sorte, estava tudo em código morse ou na língua inglesa, dando vantagem à líder e sua equipe.

  - Parece que são pistas – Armin se pronunciou após analisar atentamente.

  - É um bom argumento. Será que esses sinais são para chegar ao esconderijo? – Dália avaliou um pouco incerta, enquanto folheava o livro até o fim – Não tem mais nada além disso.

  - Bom, nos resta seguir e ver onde vai dar? – Eros perguntou e viu a mais nova afirmar.

  - Então o que estamos esperando! – Edward questionou retoricamente – Vamos seguir as pistas!

                                                                                      ***

  A caminhada começou às quatro e meia da tarde, horário esse em que terminaram de desmontar todo o acampamento e organizar tudo, afinal, agora estava com uma boa pista em mãos e seria desvantagem ter que voltar de novo ao local em que estavam. Decidiram em conjunto que parariam por volta das seis da tarde para organizarem tudo novamente sem preocupações.

  Dessa forma, com tudo pronto, as buscas começaram a partir da floresta, que eles descobriram ter o nome de Redonda; era o ponto de partida. Todos olhavam atentos ao local, sempre seguindo à risca as orientações para não se perderem.

  - Lia... Está tudo bem? – o semideus mais velho perguntou quando viu a humana olhar para as árvores e para o céu com expressão confusa e preocupada também.

  - É que... É estranho... Os pássaros estão cada vez diminuindo – disse – De certa forma assusta um pouco a rapidez com que o canto deles está abaixando – sentia que estava caminhando para uma toca de animais selvagens, pois o silêncio preenchia os cantos da ilha quando adentravam mais e mais na mata, causando uma sensação de perigo constante.

  - Foi isso que eu disse – Armin explicou – Por algum motivo eles não estão seguindo a rota do Norte, estão se estabilizando no local em que estávamos.

  - Temos realmente que descobrir o porquê disso – Dália fez uma nota mental de checar sobre o assunto mais tarde – Mas por hora, vamos parar. São quase seis horas e de acordo com o livro já estamos na metade do caminho. Daqui a pouco escurece e é melhor já termos montado tudo. Quanto mais funda a ilha maior a chance de encontrarmos animais noturnos. Continuaremos amanhã logo cedo, para dar tempo, não sabemos o que teremos pela frente.

  Com isso, eles começaram a montar tudo novamente, ação essa que foi bem rápida e, logo depois Dália fez um lanche para todos, que estavam com muita fome. Por volta das oito horas da noite a garota pediu a todos para irem dormir, pois o outro dia seria muito cansativo.

  - Princesa, não vai dormir também? – Eros perguntou abraçando a menor pela cintura e apoiando seu queixo no ombro dela.

  - Você me assustou..! – falou, enquanto levava a mão direita ao coração.

  - Sinto muito... – pediu apertando o abraço como forma de perdão.

  - Tudo bem... E sim, já vou dormir. Por que não vai também? Parece cansado...

  - Você parece muito mais – suspirou, virando a mais nova para si – Não dormiu ontem? – perguntou. Não precisava ser um bom preceptor para notar, as olheiras embaixo dos olhos alheios denunciavam.

A força das almas gêmeas: Destinos CertosOnde histórias criam vida. Descubra agora