Capítulo 8

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Três anos se passaram, eu era uma Chunnin liderando um grupo de Gennins. Liderar não é muito meu forte. Não gosto do peso da responsabilidade de ter vidas em minhas mãos. Qualquer movimento em falso eu seria tarjada de assassina. Claro que já sou tarjada assim sem ter matado ninguém, mas imagina como as pessoas iriam me tratar se isso realmente ocorresse!

Eu não ligo para as opiniões alheias, eles sempre vão achar algum defeito para julgar. Sempre. Mas ao mesmo tempo não gosto de dizerem que fiz coisas que nunca fiz.

Acabei de voltar de uma missão onde liderei um grupo de Gennins, as crianças foram legais comigo, mas os parentes como sempre reclamavam com o Sandaime para não deixar filhos, primos, netos ou sobrinhos nas mãos de uma assassina. O Hokage sempre dizia a mesma coisa: "Ela é confiável até que se prove o contrário".

Estava indo entregar o relatório pensando se Sui e Ita estavam em Konoha também. Meus olhos correram pela multidão até que cruzei com olhos escuros que me fizeram correr até seus braços.

Shisui - Oi pequena acabou de chegar? - ele me segurou quando eu pulei em seu colo. Fazia semanas que não nos vimos. Entre missões nós sempre nos desencontrávamos.

S/n - Sim! Vou entregar meu relatório e depois podíamos almoçar juntos, o que acha? O Itachi poderia ir também se ele estiver na vila - falava animada demais atropelando as palavras, o que fez Shisui rir.

Shisui - Para sua sorte e felicidade ele está em Konoha também, o encontrei depois de sair do prédio do Hokage. Aparentemente estava indo falar com ele também. Se correr ainda pode ter chance de esbarrar nele - ele deu uma piscadela seguida de um sorriso ladino no rosto.

S/n - Certo! Então eu já vou indo! Nos encontramos 12h no Ichiraku?

Shisui - Com certeza! - ele riu e eu voltei a andar, melhor dizendo, a correr em direção ao prédio do Hokage. Infelizmente não encontrei ninguém até chegar à porta da sala. Entrei pensando que eu desencontrei com Itachi de novo. Até que o vejo ali em frente, tive que conter o impulso de pular em seu colo. Afinal, estávamos na sala do Hokage. Ele me encarou, seus olhos estavam estranhos, não consegui ler a feição no seu rosto.

Ele se despediu logo depois e quando ia passar por mim eu peguei em seu braço, puxando para mais perto e me aproximo do seu ouvido para sussurrar meu convite.

S/n - 12h no Ichiraku. Até mais. - ele concordou e saiu da sala e logo entreguei meu relatório.

S/n - Sandaime eu gostaria de conversar... - parei colocando a mão em meu cotovelo com um braço cruzado e o outro ao lado do corpo.

Hokage - O que gostaria de conversar? - ele colocou o cachimbo na boca esperando eu prosseguir.

S/n - E-eu... - Respiro fundo tomando coragem - meu 10º aniversário está chegando e até hoje não sei nada sobre minha Kekkei Genkai e... O senhor disse que eu era um prodígio do meu clã, porém eu sei que meu pai um dia disse para meu irmão que se ele não fosse um prodígio, ele não saberia controlar nenhum dos nossos jutsus antes de completar 10 anos - ele soltou a fumaça que fez meus olhos lacrimejarem levemente.

Hokage - Entendo - suspirou - seu pai disse uma vez que os segredos do seu clã, sobre sua Kekkei Genkai e como controlá-la estariam em um porão escondido no jardim de sua casa - voltou a fumar.

S/n - Eu... Sei - falei apertando ainda mais meu cotovelo - ouvi meu pai comentando sobre, mas não estou com a chave...

Hokage - Tente se lembrar de algo onde a chave poderia estar e... - acabei o interrompendo.

S/n - Não posso esperar! - levei um susto com minha atitude e respirei fundo - Eu tenho que encontrar o porão onde está as respostas sobre meu clã o mais rápido possível.... - estava claramente nervosa.

A Maldição do Amor - PausadoOnde histórias criam vida. Descubra agora