VISÃO DO S/N [ Katsuo]Meus passos eram rápidos mas paro instantaneamente quando meus olhos se fixam em um cão grande de pelagem azulada, toda minha raiva acumulada de dissipa ao olhar para aqueles olhos carentes.
-- você é bem grande, mas parece tão gentil... -- me abaixo iniciando um carinho nele, percebo que ele usava uma coleira com o nome Hakkai, mas a coleira estava suja e velha, e também parecia bem apertada -- deixe-me tirar isso -- retiro a coleira e ele começa a abanar a calda incrivelmente feliz.
-- você é primeira pessoa que ele deixa de aproximar, geralmente ele corre de todo mundo, que garoto de sorte! -- fala um idoso passando por mim.
-- sorte é uma das últimas coisas que eu devo ter -- resmungo para mim mesmo -- poderia me dizer o que aconteceu com ele? -- pergunto me referindo ao cão.
-- o dono dele já era de idade, e acabou falecendo por causas naturais, desde então ele foge de todo mundo -- comenta o idoso -- estou preocupado coma saúde dele.
-- entendo...acho que como ele gostou de mim é minha responsabilidade cuidar dele -- sorrio para Hakkai -- vem comigo?
Hakkai me seguiu até minha casa, (mansão) e entrei com ele pelos fundos, um dos criados me viu e estranhou, eu fiz sinal de silêncio e ele entendeu que era pra finjir que não tinha visto nada, eu pego a mangueira do Jardim e começo dando um banho em Hakkai, ele parecia se divertir muito com a água, depois de deixar o pelo dele brilhante eu o levo para dentro, indo direto para meu quarto, o mesmo criado de antes surge com uma grande sacola, ele a deixa na porta e vai embora.
-- ué, eu não pedi nada -- abro a sacola e fico contente ao descobrir tigelas e vários utensílios para cães -- Acho que alguém merece um aumento de salário.
Depois de arrumar tudo eu fiquei fazendo carinho em Hakkai até ele dormir, e como ele estava cansado isso não demorou muito, enquanto ele dormia eu fui comprar uma coleira nova, maior e com a escrita de seu nome. Hakkai estava tão cansado que dormiu o resto do dia, então quando me sentei a mesa de jantar eu estava em um misto de tranquilidade e nervisismo.
-- Mãe, adotei com cachorro.
-- Como assim!?!? Você não vai adotar não!!!
-- Acho que você não me ouviu direito, eu não disse "vou adotar" eu disse "adotei".
-- Querida, deixe-o ter um bixinho -- meu pai estava sendo gentil como sempre, mas a vaca não ia ficar calada.
-- Você está louco?! Ele mal sabe o que quer para a vida e vai ter que cuidar de um cachorro??? -- ela me com desprezo.
-- Eu já disse milhares de vezes que quero ser um dançarino, é tão difícil assim aceitar? -- minhas palavras eram gentis, mas meus olhos eram tão afiados como uma faca -- eu fui obediente durante toda a minha vida, me dediquei aos estudos, não me misturava com quem você não aprovava, mal saio para me divertir, vou as festas idiotas da sua empresa, e sempre me mantive sendo quem você queria que eu fosse, mas agora ou você me aceita como eu sou ou eu saio de casa, e pode acreditar, eu me preparei para isso por anos, então se você acha que estou apenas fazendo ameaças vá em frente e me expulse de casa, eu já sei pra onde ir, o que fazer e onde arranjar emprego, de você eu não preciso, pode acreditar.
Sem terminar de comer eu saio da mesa, claro que estava com fome, mas minha raiva e desejo de jogar na cara dela que não preciso dela eram maiores que minha fome. Quando chego no meu quarto alterno meu olhar entre minha cama e os montinho de cobertores velhos em que estava Hakkai, eu me deito ao nado dele no chão e adormeço abraçado a ele.
VISÃO DO HAKKAI
Quando acordo o doce cheiro do perfume que marcou minha vida inteira me faz lembrar de como eu vim parar nesse quarto estranho.
-- oh, você acordou -- Katsuo comenta, fico feliz de ter ouvido alguém falar o seu nome.
Me levanto e já começo a brincar com ele, Katsuo apenas ria baixo me vendo correr ao redor dele e me jogando nele.
-- Você foi bem corajoso ontem -- Uma voz grossa vem da porta, ali estava um homem muito parecido com Katsuo, mas com olheiras menores -- não importa o que aconteça, estarei sempre ao seu lado filho.
Os dois se abraçam por longos segundos, depois o homem olha pra mim sorrindo.
-- então esse é o cão de quem você falou?
-- sim, ele se chama Hakkai... Pai, você poderia dar um aumento de salário para o mordomo principal? -- Katsuo me abraça entanto fala -- ele me ajudou bastante comprando as tigelas, ração e tals.
-- claro...ele é quase um segundo pai pra você né? -- ele ri -- ele deve ser nosso mordomo à uns 22 anos? Por aí.
-- mais ou menos o tempo em que você e a mãe são casados?
-- Acho que sim -- ele faz um carinho entre minhas orelhas -- Você aceitaria morar em uma casa humilde caso fosse preciso? Você cresceu tendo uma vida de luxo, eu não me importaria, minha vida havia sido assim, mas para você...
-- Pai -- Katsuo tinha um sorriso estranho no rosto -- eu já vi você de pegação com o mordomo, se eu entendi direito todas as informações, você não se importaria em deixar a mãe pra ir morar comigo e o mordomo?
-- f-filho??
-- não faça essa cara.
-- ...Você é esperto de mais....sim, ele também te vê como um filho.
-- Hakkai -- Katsuo me olha sorrindo amorosamente -- Você realmente me dá sorte.
-- eu não diria que isso é sorte, tá mais pra destino -- o homem ri, se levanta e vai embora.
-- Você tem que comer -- Katsuo arruma uma tigela com ração e outra com água para mim -- Você me escolheu como dono, então é melhor deixar de ser magrelo, eu sempre quis companhia nas minhas caminhadas -- Katsuo ri divertido enquanto eu como.
Katsuo brincou muito comigo, tanto que nós dois ficamos sem energia, eu estava feliz, não precisaria viver nas ruas, eu finalmente tinha uma família de novo.
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Tokyo Revengers Pets
FanfictionE se os personagens de Tokyo Revengers fossem seus Pets? Ou você fosse o pet PEDIDOS FECHADOS