COMPRADA PELO REI

CAPITULO 13

••●••

Anne hesitou, seu coração batendo como as asas de um pássaro preso. O silêncio que se seguiu foi denso, quase tangível, enquanto ela lutava com o impulso de fugir daquele quarto opulento.

Damien, sentindo a hesitação dela, virou-se lentamente, seus olhos escaneando Anne de uma forma que parecia ver através dela. Sua expressão era a mesma de sempre: fria, calculista e impenetrável.

- Anne? Por favor, venha aqui - Disse ele, sua voz um comando suave que, de alguma forma, carregava um calor que contradizia sua expressão austera.

Com a alma tremendo e a mente em tumulto, Anne olhou para ele, perplexa, sentindo-se como se estivesse à beira de um abismo. Mas algo na firmeza da mão estendida do rei a fez reunir sua coragem. Antes de dar um passo à frente e aceitar o convite silencioso, ela lançou um último olhar ao redor, buscando qualquer sinal de que não estavam sozinhos. A sala estava vazia, exceto por eles dois, e com um suspiro quase inaudível, ela colocou sua mão na dele.

O contato da mão de Damien era como um choque elétrico, fazendo Anne estremecer levemente. Ele a puxou para si com um movimento suave, colocando a mão dela sobre seu peito e segurando-a pela cintura. O olhar deles se cruzou, e Anne sentiu a mesma eletricidade do dia em que se encontraram pela primeira vez, uma sensação que parecia atravessar o tempo e o espaço.

- Você está com medo? - Ee indagou, estudando o rosto dela, tão perto que ela podia sentir a respiração dele misturando-se à sua.

- Não, Majestade - Ela conseguiu dizer, embora sua voz fosse um sussurro frágil, quase perdido na proximidade entre eles.

Damien sorriu levemente, um gesto raro que suavizou as linhas duras de seu rosto.

- Bom - Ele murmurou, antes de inclinar a cabeça e capturar os lábios dela em um beijo que prometia ser o início de uma história tão intensa quanto o poder que ele detinha.

A jovem, envolta em um turbilhão de emoções, não conseguiu resistir ao magnetismo do momento, mesmo diante dos desacordos e das incertezas que pairavam sobre eles. Seus lábios se encontraram num beijo impetuoso, onde as paixões se entrelaçaram em uma dança ardente e proibida.

Damien, o soberano que guardava segredos profundos em sua alma, não tinha inicialmente a intenção de conduzi-la aos aposentos reais. Afinal, ali era um santuário reservado apenas para aquela que um dia seria sua rainha legítima. Ele sabia que deveria seguir o protocolo e comparecer ao quarto dela, como mandava a etiqueta da corte. No entanto, naquele momento, o desejo ardente e a necessidade de estar junto dela eram mais fortes do que qualquer formalidade.

A mente do rei estava inundada por pensamentos conflitantes, enquanto seus olhos se perdiam na profundidade dos dela. Ele precisava assegurar-se de que ela pertencia somente a ele, mesmo que fosse por um dia ou uma noite apenas. O convite para seus aposentos reais foi proferido com uma mistura de desejo incontrolável e uma pontada de culpa, mas Damien não pôde ignorar a urgência de tê-la em seus braços.

Desde o instante em que seus olhares se cruzaram pela primeira vez, o desejo de possuí-la consumia cada fibra de seu ser. Seu toque era uma promessa de paixão e entrega, e ele ansiava por explorar cada curva e cada segredo oculto em seu corpo. No fundo, ele não queria apenas levá-la para sua cama; ele ansiava por uma conexão mais profunda, por uma conversa íntima que pudesse esclarecer as complexidades de seus corações entrelaçados.