CAPÍTULO 11

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Ao chegar em casa, Harold gentilmente coloca sua bolsa repleta de moedas de ouro sobre a mesa da sala,muito sorridente. Logo em seguida, Freya desce as escadas com rapidez.             

—Vocês demoraram, eu já estava preocupada.—Ela diz, olhando para a mesa com uma expressão confusa ao ver a grande quantidade de moedas de ouro. Em seguida, olha para os lados, inquieta. — Onde está Anne?

—Ficou no palácio.—Responde Harold, enquanto abre a bolsa. Seus olhos brilham intensamente ao ver a quantidade de moedas de ouro. A mulher se aproxima, confusa.

—Por que ela ficou lá? E onde arrumou todo esse dinheiro, Harold? Que isso?

—Eu vendi a Anne,para o rei.

As palavras atingem o coração de Freya como flechas afiadas, fazendo-a recuar, atordoada pela revelação. Seus olhos se arregalam de incredulidade enquanto ela luta para assimilar a notícia. Seu corpo parece perder forças, e ela cambaleia para trás, sentindo-se como se o chão estivesse se desfazendo sob seus pés.

Harold, percebendo o impacto de suas palavras sobre Freya, reage com rapidez, correndo em sua direção para segurá-la antes que ela caia. Seus braços envolvem-na com firmeza, demonstrando preocupação estampada em seu rosto enquanto ele a sustenta, impedindo que ela desabe completamente.

—O-O que... você... Anne!— Freya balbucia, sua voz trêmula de choque e angústia, enquanto Harold a segura com firmeza, tentando confortá-la diante da devastadora revelação.

—Ela será bem cuidada lá, Freya. O rei se interessou por ela e quis comprá-la, foi isso que aconteceu — Harold diz, suas palavras soando firmes, mas sua expressão revela a angústia que ele também sente. Ele ajuda sua irmã a se sentar com cuidado, preocupado com seu estado emocional diante da notícia. Seus olhos encontram os dela, transmitindo uma mistura de determinação e compaixão enquanto ele tenta confortá-la da melhor maneira possível.

—Você enlouqueceu, meu irmão? Você aceitou isso? — Freya pergunta, sua voz tremendo com a emoção, enquanto as lágrimas começam a rolar por suas bochechas. A incredulidade e a dor se misturam em seu rosto enquanto ela luta para compreender a terrível realidade da situação.

—Veja pelo lado bom, Freya. Estamos ricos e finalmente serei o dono da loja onde
trabalho — Harold tenta consolar sua irmã, forçando um sorriso para tentar aliviar um pouco a tensão do momento. Ele volta sua atenção para a bolsa, pegando as moedas nas mãos e brincando com elas, mas a preocupação ainda está evidente em seu olhar, mesmo que ele tente esconder.

—Você está louco! Imprudente! Minha menina, Harold, minha Anne! — Freya exclama, sua voz carregada de desespero e angústia diante da trágica situação. As lágrimas continuam a escorrer por seu rosto enquanto ela luta para lidar com a dor avassaladora de perder sua menina para uma realidade tão cruel.

—Para de drama, Freya. Ela nem é minha filha de verdade. Você se esqueceu que foi nosso irmão quem nos entregou ela? Ela veio de outro lugar, sabe bem de onde, e apenas a criamos a pedido do Éder — Harold responde, suas palavras carregadas de defesa, mas seu tom ainda traz vestígios de tristeza e desconforto diante da situação. Ele tenta justificar suas ações, mesmo que isso signifique encarar uma verdade dolorosa.

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