CAPÍTULO 40

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O monarca encaminha-se para o jardim, com a intenção de informar a rainha sobre os recentes acontecimentos envolvendo a condessa, cuidando para não atrair a atenção dos nobres que se dispersam pelo local.

—Espere!—Anne o intercepta, segurando seu braço de forma surpreendente. Ele se volta para ela, quase desinteressado, antecipando o apelo de Anne por clemência para a condessa.

 —Por favor, este dia já está suficientemente difícil para nós dois. Por que não deixamos essa questão para amanhã? Damien, é o nosso casamento!— A voz de Anne treme, revelando seu conhecimento de que ele seguirá adiante com seus planos, independentemente de seus pedidos.

Percebendo o desespero dela, o rei segura as mãos de Anne contra seu peito, e sua expressão se suaviza. Ele já enfrenta o fardo de lidar com o assassino que a sequestrou na infância, e agora com Lauren, sabendo que não pode deixar tais atos sem resposta. No entanto, ele se vê obrigado a considerar as palavras de Anne, que agora é sua esposa.

—Está certo, mas amanhã não quero que você se envolva nisso. Será entre ela e eu, entendeu?—As palavras do rei são firmes, deixando pouco espaço para argumentação. Anne suspira, resignada.

—Sim.—Ela responde, mantendo a calma, apesar da intensidade do olhar do rei sobre ela.

—Eu preciso conversar com a rainha sobre isso. Já volto.— Ele se afasta, e Anne fica ali, pensativa, percebendo claramente a ira do rei contra a condessa e duvidando que ele realmente esperará até amanhã.

Contrariando as expectativas de Anne, o rei não pretende adiar a questão. Ele caminha em direção à rainha, que está envolvida em uma conversa com alguns dos convidados.

—Tem um minuto, mãe?— Ele toca o ombro dela delicadamente, e ela percebe a tensão que vibra em sua voz. Com um sorriso que mascara sua preocupação, ela se desculpa dos convidados e segue o filho para um recanto mais reservado do jardim.

Eles encontram um canto afastado, longe das conversas e risadas dos nobres. Damien lança um olhar cauteloso ao redor, assegurando-se de que sua conversa privada não seria ouvida.

—Esse seu semblante não prenuncia boas notícias. O que aconteceu? Houve um desentendimento com Anne?—Lorelle o questiona, mantendo uma expressão grave, mas com uma ponta de preocupação materna em sua voz.

—Não, mãe, Anne e eu estamos bem. Mas descobri quem está por trás da armadilha contra Anne e Josh.— A seriedade do rei é palpável, mas há um brilho de alívio nos olhos da rainha, que sempre manteve a fé na inocência de Anne. Ela sente um peso se levantar de seus ombros, mas ao mesmo tempo, uma nova preocupação começa a se formar, antecipando as implicações dessa revelação.

—Quem seria o responsável por tal trama?

—Lauren.—Revela o rei, sua voz carregada de certeza.

A rainha, embora não surpresa com a confissão, sente uma pontada de desapontamento. Ela sempre suspeitou que a condessa poderia ser uma fonte de problemas para Anne.

—Embora eu não concorde com punições severas para tais transgressões, você deve fazer o que considerar justo. Não expressarei minha opinião; apoiarei sua decisão.—Ela diz, mantendo uma postura de neutralidade.

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