— Nós conseguimos pegar o alvo, repito, conseguimos capturar o alvo – Ashido falou no rádio.
Ao longe pude ver mais cinco viaturas se aproximando de longe, mais e mais policiais assim como ambulâncias fechavam todo o perímetro, o tiroteio na frente no heliporto parou por completo.
— Estão nos esperando lá na frente, vamos. – Ashido falou.
Alguns policiais se aproximaram para pegar os homens que estavam feridos e caídos no chão.
Continuei acompanhando LaFontana para a viatura.
— Esse tiro foi feio, precisa ir para a ambulância. – Ashido falou ao meu lado.
Voltei meus olhos para ela, Eleanor não estava muito diferente de mim, ela mancava e tinha vários arranhões e sujeira cobrindo o rosto.
— Foi baleada?
— Dois pegaram de raspão na minha perna, cai ali atrás enquanto acompanhava você e machuquei meu braço, acho que minha perna deu uma falhada por causa da dor. – Ela passou a mão pelo rosto. Não pense que você está muito melhor, seu ombro esta arrebentado e tenho certeza que alguma bala passou de raspão na sua perna sua calça está cortada e tem sangue, seu rosto também está imundo.
Sorri sentindo pôr fim a dor me alcançar e minha adrenalina diminuir.
Enfiei LaFontana no camburão e encostei no carro arrancando o colete a prova de balas, me ombro doía como se ferro quente queimasse sobre a pele, minha coxa direita latejava quando coloquei a mão sobre o lugar meus dedos saíram molhados de sangue.
Passei o braço de Ashido por cima do meu ombro, ela mancou fazendo careta.
— Vamos andando até a ambulância. – Ajudei ela a caminha até a ambulância mais próxima os paramédicos vieram correndo ajudar.
Mankanshoku
Depois que meu pai saiu acompanhado de Ira e Eleanor não tive mais nenhuma notícia, de nenhum dos três, minha irmã tentou ligar para meu pai, mas não conseguiu nenhuma resposta, a chamada ia direto para a caixa postal, horas e horas se passaram e nada, meu coração se apertava cada vez mais com a preocupação.
Ouvi minha irmã pular da cadeira e se levantar rápido com o celular em mãos.
— Olha isso aqui. Está passando no jornal da noite.
"Policiais do Rio entram em conflito contra narcotraficante durante apreensão."
A manchete me fez pular na cama.
— São dez policiais cercando um Heliporto, estavam presos em um tiroteio, um grupo ficou na linha de frente enquanto o outro deu a volta e entrou, estão dizendo que foi muito violento, um Tenente da polícia militar e um detetive foram gravemente feridos, um Delegado e um outro membro da polícia civil também se feriram durante o conflito, depois de muito sangue e confusão eles pegaram o traficante. Ele era peixe grande, estavam atrás dele a anos. – Ela continuou me mostrando.
O chão faltou embaixo dos meus pés.
— Estão dizendo que foi muito violento, um Tenente da polícia militar e uma detetive foram gravemente feridos
Ira e Eleanor, tenho certeza. Minha cabeça doeu e meu corpo fraquejou, minhas mãos tremeram e começaram a suar. Ira. O homem que disse que me deixaria segura estava machucado, ferido de forma violenta e eu não podia ir até ele.
O Monitor que estava ligado começou a fazer barulho e apitar alto.
— O Tenente era o Ira. – Não consegui conter o choro e o desespero. — Onde ele está?
Minha irmã ficou pálida como papel.
O som dos aparelhos ficou cada vez mais alto, as enfermeiras entraram correndo.
— Não pode ser o Ira, ele está bem, está com nosso pai.
— Pode se retirar da sala senhorita? Ela não pode ter fortes emoções agora. Ainda está frágil.
Elas empurraram minha irmã para fora da sala, uma delas segurou minha mão e afagou meu cabelo.
— Senhorita, está tudo bem precisa se acalmar, sua situação não é crítica, mas ainda deve tomar cuidado, não fique tão exaltada.
— Preciso fazer uma ligação, pessoas com quem me importo muito estão em perigo. – Murmurei me acalmando conforme a enfermeira limpava meu rosto e segurava minha mão.
Levou alguns minutos para eu me acalmar um pouco e elas deixarem que minha irmã entrasse novamente, tomei seu celular e disquei o único número da delegacia que sabia de cor, o da recepção.
— Delegacia de polícia, decimo terceiro distrito, boa noite. – A voz firme de Max soou do outro lado, meu coração se apertou ainda mais.
— Max? – Perguntei e minha voz falhou.
— Mako? Você este bem? Cara, não faz ideia de como é bom ouvir sua voz, ainda não fui visitar porque está um caos completo na delegacia, mas no momento em que me liberarem eu vou correndo. – Ele falou empolgado, uma pequena felicidade se acumulou em meu peito.
— Estou esperado sua visita. Max, eu vi no jornal sobre a missão. Você sabe como eles estão? Se Eleanor e Ira vão ficar bem? Eles não disseram nada.
— Não se preocupe o capitão disse que o Ira levou um tiro no ombro e um de raspão na perna, a Eleanor levou dois de raspão na coxa esquerda, ambos vão ficar bem e não vão demorar a voltar ao trabalho. Assim como você. Mal posso esperar para que todos voltem.
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Oi pessoas, finalmente tive um tempinho e pude terminar de escrever alguns capítulos de O Revés Do Seu Amor. Agora só falta mais um capítulo e o epílogo, nossa tão querida história está chegando ao fim.
Se você estiver gostando deixa seu comentário e seu voto que me incentiva muito a continuar postando. Beijos.
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O Revés Do Seu Amor
RomansMako mal começou a trabalhar na delegacia como secretaria e foi tragada para uma investigação de anos do Tenente Ira Gamagoori, entre atritos e desavenças todo o esquadrão da polícia vai lutar para que essa investigação tenha todo o êxito possível.