Capítulo Quarenta e Seis

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— Nós conseguimos pegar o alvo, repito, conseguimos capturar o alvo – Ashido falou no rádio.

Ao longe pude ver mais cinco viaturas se aproximando de longe, mais e mais policiais assim como ambulâncias fechavam todo o perímetro, o tiroteio na frente no heliporto parou por completo.

— Estão nos esperando lá na frente, vamos. – Ashido falou.

Alguns policiais se aproximaram para pegar os homens que estavam feridos e caídos no chão.

Continuei acompanhando LaFontana para a viatura.

— Esse tiro foi feio, precisa ir para a ambulância. – Ashido falou ao meu lado.

Voltei meus olhos para ela, Eleanor não estava muito diferente de mim, ela mancava e tinha vários arranhões e sujeira cobrindo o rosto.

— Foi baleada?

— Dois pegaram de raspão na minha perna, cai ali atrás enquanto acompanhava você e machuquei meu braço, acho que minha perna deu uma falhada por causa da dor. –  Ela passou a mão pelo rosto. Não pense que você está muito melhor, seu ombro esta arrebentado e tenho certeza que alguma bala passou de raspão na sua perna sua calça está cortada e tem sangue, seu rosto também está imundo.

Sorri sentindo pôr fim a dor me alcançar e minha adrenalina diminuir.

Enfiei LaFontana no camburão e encostei no carro arrancando o colete a prova de balas, me ombro doía como se ferro quente queimasse sobre a pele, minha coxa direita latejava quando coloquei a mão sobre o lugar meus dedos saíram molhados de sangue.

Passei o braço de Ashido por cima do meu ombro, ela mancou fazendo careta.

— Vamos andando até a ambulância. – Ajudei ela a caminha até a ambulância mais próxima os paramédicos vieram correndo ajudar.

Mankanshoku

Depois que meu pai saiu acompanhado de Ira e Eleanor não tive mais nenhuma notícia, de nenhum dos três, minha irmã tentou ligar para meu pai, mas não conseguiu nenhuma resposta, a chamada ia direto para a caixa postal, horas e horas se passaram e nada, meu coração se apertava cada vez mais com a preocupação.

Ouvi minha irmã pular da cadeira e se levantar rápido com o celular em mãos.

— Olha isso aqui. Está passando no jornal da noite.

"Policiais do Rio entram em conflito contra narcotraficante durante apreensão."

A manchete me fez pular na cama.

— São dez policiais cercando um Heliporto, estavam presos em um tiroteio, um grupo ficou na linha de frente enquanto o outro deu a volta e entrou, estão dizendo que foi muito violento, um Tenente da polícia militar e um detetive foram gravemente feridos, um Delegado e um outro membro da polícia civil também se feriram durante o conflito, depois de muito sangue e confusão eles pegaram o traficante. Ele era peixe grande, estavam atrás dele a anos. – Ela continuou me mostrando.

O chão faltou embaixo dos meus pés.

— Estão dizendo que foi muito violento, um Tenente da polícia militar e uma detetive foram gravemente feridos

Ira e Eleanor, tenho certeza. Minha cabeça doeu e meu corpo fraquejou, minhas mãos tremeram e começaram a suar. Ira. O homem que disse que me deixaria segura estava machucado, ferido de forma violenta e eu não podia ir até ele.

O Monitor que estava ligado começou a fazer barulho e apitar alto.

— O Tenente era o Ira. – Não consegui conter o choro e o desespero. — Onde ele está?

Minha irmã ficou pálida como papel.

O som dos aparelhos ficou cada vez mais alto, as enfermeiras entraram correndo.

— Não pode ser o Ira, ele está bem, está com nosso pai.

— Pode se retirar da sala senhorita? Ela não pode ter fortes emoções agora. Ainda está frágil.

Elas empurraram minha irmã para fora da sala, uma delas segurou minha mão e afagou meu cabelo.

— Senhorita, está tudo bem precisa se acalmar, sua situação não é crítica, mas ainda deve tomar cuidado, não fique tão exaltada.

— Preciso fazer uma ligação, pessoas com quem me importo muito estão em perigo. – Murmurei me acalmando conforme a enfermeira limpava meu rosto e segurava minha mão.

Levou alguns minutos para eu me acalmar um pouco e elas deixarem que minha irmã entrasse novamente, tomei seu celular e disquei o único número da delegacia que sabia de cor, o da recepção.

— Delegacia de polícia, decimo terceiro distrito, boa noite. – A voz firme de Max soou do outro lado, meu coração se apertou ainda mais.

— Max? – Perguntei e minha voz falhou.

— Mako? Você este bem? Cara, não faz ideia de como é bom ouvir sua voz, ainda não fui visitar porque está um caos completo na delegacia, mas no momento em que me liberarem eu vou correndo. – Ele falou empolgado, uma pequena felicidade se acumulou em meu peito.

— Estou esperado sua visita. Max, eu vi no jornal sobre a missão. Você sabe como eles estão? Se Eleanor e Ira vão ficar bem? Eles não disseram nada.

— Não se preocupe o capitão disse que o Ira levou um tiro no ombro e um de raspão na perna, a Eleanor levou dois de raspão na coxa esquerda, ambos vão ficar bem e não vão demorar a voltar ao trabalho. Assim como você. Mal posso esperar para que todos voltem.

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Oi pessoas, finalmente tive um tempinho e pude terminar de escrever alguns capítulos de O Revés Do Seu Amor. Agora só falta mais um capítulo e o epílogo, nossa tão querida história está chegando ao fim.

Se você estiver gostando deixa seu comentário e seu voto que me incentiva muito a continuar postando. Beijos.

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