Prólogo

229 40 0
                                    

— Espero que se adapte bem senhorita. A delegacia não é um lugar fácil, mas com seu currículo e indicações não posso ignorar seu pedido. – A voz do Capitão de polícia reverberou pela sala.

— Trabalhar aqui como secretária mais ser apenas temporário, a faculdade não vai se pagar sozinha infelizmente. – Eu falei firme.

— Vai começar amanhã, pode pegar seu uniforme com Bruno na sala de entrega. – Ele falou se voltando para os papéis na mesa.

Me levantei rápido arrumando a saía em meu corpo.

Assim que entrei na pequena sala encontrei o cabo Bruno perdido entre as pilhas de papel e roupas. Na sala ao lado os detetives trabalhavam a plenos vapor podia escutar o burburinho baixo e alguns xingamentos.

— Bom dia senhor, meu nome é Mako Mankanshoko, sou a nova secretaria do Capitão ele pediu para que eu viesse pegar o uniforme. – Falei firme ficando na ponta dos pés para olhar por cima da pilha ridícula de papeis que se acomodava em sua frente.

— Ah sim, Mankanshoko, qual sua numeração? Preciso encontrar as roupas. – O homem baixinho saiu de trás dos papéis, usava uma calça militar, blusa verde musgo e botinas, o corte no supercílio e o nariz levemente torto revelavam de cara que se envolvera em uma briga recente.

— Minha camisa é G e minhas calças são 38. – Respondi rápido.

O cabo nem ao menos olhou na minha direção e apenas se virou para o monte de roupas procurando. Não demorou muito ele se virou ne entregando uma muda de roupas, uma calça militar preta, camiseta preta e um moletom preto com a siglas PM estampadas na frente.

— Não se preocupe por ser civil a senhorita só vai usar caso se suje com alguma coisa e não tenha outras roupas, seu trabalho por enquanto não vai envolver rolar no chão com criminosos. – Ele falou com uma voz tranquila. — Aqui a chave do seu armário, sugiro que coloque lá essas roupas, pode pôr o que quiser lá dentro não existe outra chave além desta aqui.

Sorri leve ao pegar as chaves.

— Obrigada, tenha um bom dia. – Peguei as chaves e me encaminhei para o banheiro feminino onde ficavam os armários.

O Revés Do Seu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora