Capítulo 11

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Um ano.

 esse foi o tempo exato que Jeandro me deixou longe do meu menino.

 Um ano sem poder ver seu rostinho, seu sorriso, tocar sua pele! Todo esse tempo sofrendo com a saudade pro cretino resolver traze-lo para o Brasil e não me falar nada!

Eu vou mata-lo!

- Fora de questão! Eu não vou te deixar dirigir nesse estado.

Dei uma gargalhada fria - Bem conveniente pra quem dirigiu drogado, não acha?

Ele agarrou meu pulso, o qual estava frenético procurando as chaves. - Isso não vem ao caso, Bella. Você está visivelmente abalada! É capaz de bater no primeiro poste, saindo assim.

- Eu acho que sei bem o que estou fazendo, senhor. E nesse momento, só preciso ver o meu filho. - proferi, me desvencilhando.

Ele passou as mãos pelo cabelo, claramente transtornado. Mas naquele momento eu estava pouco me fudendo pra suas emoções.

Vi de relance quando ele seguiu sala adentro e retornou com uma penca de chaves balançando no ar. - Eu vou com você, vamos ir no meu carro - anunciou.

- O que? Sem chance! Renzo, você é meu patrão! 

- Que se dane! Segura isso aqui! - ele jogou o punhado na minha direção e começou a tirar o roupão.

- Isso... Você não pode... Além disso eu estou com pressa, não vai dar! - tentei.

- Não vou demorar, só vou por uma blusa - sua mão foi em direção a um moletom cinza que ficava no cabide.

Outra vez tentei não encarar o abdômem definido que se exibia a minha frente. Só de pensar que dormi uma noite agarrada a ele já fazia minhas bochechas queimarem.

Esse momento de fraqueza foi o tempo necessário que ele precisava pra colocar a peça, e logo estava completamente vestido. Mesmo com uma parte de dormir e outra de treinar, ficou impecável em seu corpo . É um saco ser bonito!

- Acho que podemos ir - disse por fim.

Ele assentiu e virou na direção do quarto onde as duas mulheres olhavam assustadas a cena que decorria na sala. Então foi até elas.

- O papai vai ter que acompanhar a Bella pra resolver alguns assuntos, tá bom? Cida vai cuidar de você enquanto eu estiver fora, prometo não demorar -  deu um beijo delicado em sua testa  enquanto ela assentia ainda temerosa.

- Está tudo bem, querido? É algo sério? - Cida agarrou seu braço assim que ele se levantou.

- Nada que não possa se resolver com o bom e velho diálogo, Cida... Assim eu espero - ele me fitou ao pronunciar a ultima frase.

Deixamos as duas para partir direto para o estacionamento. Sem meias palavras. Não que eu pudesse sequer pensar em uma conversa. Tudo o que ocupava a minha mente era Diego e o fato dele estar tão perto depois de ficarmos longe por tanto tempo.

- Ele também está na sua casa? - a voz de Renzo invadiu meus pensamentos.

- Desculpe, o que disse?

- Eu perguntei se o seu ex  também está no apartamento. E como diabos ele ainda tem a chave de lá. - explicou.

Seu tom era contido, porém autoritário em cada sílaba. Não era o tipo de pergunta que você se recusa a responder. - Acredito que sim. Nunca que ele deixaria Diego comigo de bandeja. Já a chave... Acho que eu simplesmente esqueci de ter trocado desde de então - abracei o corpo, envergonhada. Sei que foi  irresponsabilidade da minha parte.

Por Trás da luxúria (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora