Um ano.
esse foi o tempo exato que Jeandro me deixou longe do meu menino.
Um ano sem poder ver seu rostinho, seu sorriso, tocar sua pele! Todo esse tempo sofrendo com a saudade pro cretino resolver traze-lo para o Brasil e não me falar nada!
Eu vou mata-lo!
- Fora de questão! Eu não vou te deixar dirigir nesse estado.
Dei uma gargalhada fria - Bem conveniente pra quem dirigiu drogado, não acha?
Ele agarrou meu pulso, o qual estava frenético procurando as chaves. - Isso não vem ao caso, Bella. Você está visivelmente abalada! É capaz de bater no primeiro poste, saindo assim.
- Eu acho que sei bem o que estou fazendo, senhor. E nesse momento, só preciso ver o meu filho. - proferi, me desvencilhando.
Ele passou as mãos pelo cabelo, claramente transtornado. Mas naquele momento eu estava pouco me fudendo pra suas emoções.
Vi de relance quando ele seguiu sala adentro e retornou com uma penca de chaves balançando no ar. - Eu vou com você, vamos ir no meu carro - anunciou.
- O que? Sem chance! Renzo, você é meu patrão!
- Que se dane! Segura isso aqui! - ele jogou o punhado na minha direção e começou a tirar o roupão.
- Isso... Você não pode... Além disso eu estou com pressa, não vai dar! - tentei.
- Não vou demorar, só vou por uma blusa - sua mão foi em direção a um moletom cinza que ficava no cabide.
Outra vez tentei não encarar o abdômem definido que se exibia a minha frente. Só de pensar que dormi uma noite agarrada a ele já fazia minhas bochechas queimarem.
Esse momento de fraqueza foi o tempo necessário que ele precisava pra colocar a peça, e logo estava completamente vestido. Mesmo com uma parte de dormir e outra de treinar, ficou impecável em seu corpo . É um saco ser bonito!
- Acho que podemos ir - disse por fim.
Ele assentiu e virou na direção do quarto onde as duas mulheres olhavam assustadas a cena que decorria na sala. Então foi até elas.
- O papai vai ter que acompanhar a Bella pra resolver alguns assuntos, tá bom? Cida vai cuidar de você enquanto eu estiver fora, prometo não demorar - deu um beijo delicado em sua testa enquanto ela assentia ainda temerosa.
- Está tudo bem, querido? É algo sério? - Cida agarrou seu braço assim que ele se levantou.
- Nada que não possa se resolver com o bom e velho diálogo, Cida... Assim eu espero - ele me fitou ao pronunciar a ultima frase.
Deixamos as duas para partir direto para o estacionamento. Sem meias palavras. Não que eu pudesse sequer pensar em uma conversa. Tudo o que ocupava a minha mente era Diego e o fato dele estar tão perto depois de ficarmos longe por tanto tempo.
- Ele também está na sua casa? - a voz de Renzo invadiu meus pensamentos.
- Desculpe, o que disse?
- Eu perguntei se o seu ex também está no apartamento. E como diabos ele ainda tem a chave de lá. - explicou.
Seu tom era contido, porém autoritário em cada sílaba. Não era o tipo de pergunta que você se recusa a responder. - Acredito que sim. Nunca que ele deixaria Diego comigo de bandeja. Já a chave... Acho que eu simplesmente esqueci de ter trocado desde de então - abracei o corpo, envergonhada. Sei que foi irresponsabilidade da minha parte.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por Trás da luxúria (concluída)
Fanfiction"Que a minha falsa liberdade nunca mais volte a me prender." Essa foi a última frase em destaque na bio do Instagram de Bella Albuquerque. Por muitos anos ela foi a típica esposa casta e do lar que servia como imagem de pureza ao seu marido, um coat...