DEZESETE

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PÚRPURA
༛ ༺ ༻ ༛

Eliza se sentia segura com Elliot. Ele deveria ser seu namorado perfeito, mas agora Eliza está começando a achar que ele não é tão perfeito, afinal.

Enquanto seu pescoço lateja de dor, ela questionava tudo. Talvez a sorte dela com os relacionamentos seja ruim ou talvez seja só ela. Por que ela não pode simplesmente ser feliz?

Enquanto ela se senta no chão com os joelhos no peito, ela dá um pulo quando ouve a maçaneta da porta sendo empurrada, o estalo da maçaneta é seguido por uma voz.

— Eliza. Vamos. Você sabe que eu não quis fazer isso — disse Elliot.

Ele pode não querer ter feito aquilo, mas aquilo a assustou. A maneira como ele a sufocou não foi de uma forma erótica ou agradável. Aquilo a machucou.  Muito.

Ela podia sentir seu coração batendo rápido em seu peito e seus pulmões implorando por ar. Seu aperto foi forte, ela poderia dizer que ele já havia feito aquilo antes, pois seu domínio tinha a intenção de matar.

Ela viu a maneira como seus olhos se encheram de escuridão e ela pôde ver em seus olhos que havia outro lado dele. Um lado negro.

— Abra a porta. Podemos conversar sobre isso? — Elliot continuou a implorar.

Eliza queria abrir a porta. Ela queria sentir seus braços seguros ao redor dela, garantindo-lhe que tudo ficaria bem. Mas agora ela sente que ele é aquele de quem ela precisa estar protegida.

— Não fique assim por causa de algo bobo — Elliot suspirou pela porta.

Ela olhou para o relógio na parede.  Eram quase 20h e seu estômago estava começando a se contorcer de fome. Ela sabia que teria que deixar aquele banheiro em algum momento.

Eliza hesitantemente levantou-se e caminhou até a porta. Seu pescoço ainda doía. Ao passar pelo espelho do banheiro, ela viu hematomas escuros em cada lado do pescoço, exatamente onde os dedos dele estavam apertando sua garganta.

Ela moveu o cabelo para frente do ombro e abriu a porta.

Os olhos de Elliot se arregalaram quando ela abriu a porta.

Eliza esperava que eles conversassem na porta ou talvez voltassem para o quarto dela, mas ela não esperava que ele entrasse no banheiro, fazendo-a recuar, rapidamente fechando a porta e trancando-a novamente.

Encurralada.

Os lábios de Eliza se separaram enquanto ela ia falar, mas Elliot se adiantou.

— Eu acho que você está sendo muito sensível sobre isso, porque eu iria te machucar intencionalmente? Essas coisas acontecem às vezes.

Talvez ela estivesse sendo muito sensível. Talvez ela só estivesse pensando demais em toda essa situação. Ela sabia que podia confiar nele. Ele está certo. Ela está sendo boba.

— Venha aqui — Elliot disse com os braços abertos, mas soou mais como uma ordem. 

Eliza estava cansada, sua mente girando com pensamentos.

Ela deu um passo à frente, sentindo-se confusa, aproximou-se de seu peito e permitiu que seus braços envolvessem seu corpo.

— Você sabe que eu te amo. Sinto muito — Elliot sussurrou em seu cabelo.

— Eu não vou te machucar de novo, eu prometo — Elliot deu um beijo em sua testa.

Depois de alguns longos momentos de abraço, Elliot falou novamente.

Not So Perfect | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora