DOZE

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FLASHBACK 3
༛ ༺ ༻ ༛

Na primeira semana de volta à escola Eliza sentiu que estava melhorando.  Ela não chorava até dormir todas as noites ou ficava na cama o dia todo.  Em vez disso, ela passava as noites com Draco. Eliza ainda estava muito triste, mas era suportável.

Mas com o passar do tempo ela sentiu que aquele sentimento voltava. Como um peso puxando- a para baixo, puxando- a de volta ao estado depressivo.

Pansy havia se mudado para seu dormitório, mas Eliza sentia que estava substituindo Daphne. O dormitório estava cheio de memórias de anos com Daphne, e agora as memórias apenas atormentavam Eliza.

Eliza gostava de Pansy estar com ela, fazendo- a companhia no dormitório.  Então ela parou de ficar com Draco todas as noites.

Com o passar das semanas, Eliza se sentiu extremamente perdida. Ela não sabia se ficava feliz ou triste. Era como se ela quisesse ser feliz, mas não conseguisse ser. Havia muita mágoa e dor em seu coração, e sempre que ela tentava ser feliz ou sentia a felicidade voltando, a tristeza a dominava.

Então Eliza começou a se isolar. Não de propósito, mas ela simplesmente perdeu toda a motivação.

Seu dia consistia em pular o café da manhã e depois ir para as aulas.  Depois das aulas, ela se sentava à beira do lago negro ou em qualquer lugar tranquilo ao redor do castelo.

Às vezes ela ia jantar. Então, depois ela encontrava um lugar solitário novamente. E, eventualmente, ela voltava para seu dormitório e ia dormir.

Eliza observou os dias e semanas passarem voando por ela.

Ela voltou para casa nas férias e viveu cada dia sem sentimentos ou qualquer ideia do que fazer. Ela havia se esquecido de Draco. Ela ainda o amava, mas a tristeza tomou conta de sua mente.

E de vez em quando ela encontrava Adrian e pedia um pouco de seu uísque.  Era mais um instinto, como se ela sentisse necessidade.

Ela pensou que era a única coisa que a fazia se sentir melhor. Ajudando- a a esquecer e trazer de volta o entorpecimento. Porque chegou ao ponto em que ela preferia se sentir entorpecida do que triste.

Mas o que Eliza não sabia é que o Bourbon era a causa de sua tristeza.  Isso a estava deixando pior.

Ela estava finalmente melhorando, começando a se sentir feliz novamente, até que ela começou a beber cada vez mais...

Ela normalmente só tomava um gole.  Mas mesmo um gole era prejudicial.

Draco começou a se sentir extremamente sozinho. Ele mal via Eliza e não conseguia descobrir o porquê. Ele ia procurá-la, mas nunca a via em lugar nenhum.

Ele a via nas aulas e eles conversavam um pouco, mas não o suficiente.

Ele estava preocupado, mas como ficava bêbado quase todas as horas do dia, seu eu preocupado apenas ficava com raiva. Não com raiva de Eliza, mas de si mesmo.

Ele não sabia por quê. Tudo era tão confuso.

O tempo passou assim por meses.

Muito tempo perdido.

Muitas memórias poderiam ter sido feitas.

Mas os dois se isolaram.

Não foi culpa deles.

Ambos estavam tão confusos. Muito perdidos. Tão sozinhos.

Se Eliza nunca tivesse tomado um gole da bebida de Adrian, talvez ela tivesse melhorado.

Ela nunca teria se isolado em um poço sem fim de dormência.

Fazendo com que Draco se voltasse para a garrafa, estando bêbado 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Então talvez Draco nunca tivesse entrado acidentalmente no quarto de Renae, confundindo-o com o de Eliza.

Mas no final do dia, Draco só precisava colocar sua raiva para fora.

Só precisava foder.

Not So Perfect | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora