DEZOITO

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TRAIÇÃO
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Tudo o que ela podia ver eram pés.  Sapatos pretos brilhantes batendo no chão de mármore escuro.

Ela podia sentir mãos frias em seus braços, segurando seu corpo para cima e forçando-a para frente. Sua cabeça estava inclinada para o lado e seus olhos lutando para abrir, mas ela estava consciente. Quase.

Seu cabelo grudou em seu rosto, tornando mais difícil ver o que estava ao seu redor. Parecia que sua cabeça estava flutuando de um lado para o outro. Ela tentou mover a cabeça, olhar para cima ou ao redor, mas não conseguiu.

Seus pés estavam se arrastando pelo chão, e ela presumiu que dois homens grandes estavam segurando seus braços.

Na frente dela estava um homem, mas ela não conseguia levantar a cabeça o suficiente para ver quem era.

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1 hora antes.
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O escritório, onde Draco, Blaise, Theo e Pansy trabalhavam, era um prédio alto.  Um dos arranha-céus mais altos de Londres. Era disfarçado como um local de trabalho trouxa, e trouxas trabalhavam lá, mas eles não tinham ideia do que acontecia nos andares superiores do prédio. Havia um piso para treinamento e outro para reuniões.

No momento, o grupo dos quatro estava discutindo seu caso mais recente e mais difícil: Crimson. O homem que tem um grupo de seguidores que fará de tudo para impressionar seu líder. O homem que organizou ataques a toda Londres, que matou e feriu muitos trouxas e bruxos.

Ele tem um motivo e agora eles estão tentando descobrir qual é esse motivo.

— Talvez ele esteja fazendo tudo isso porque pode — sugeriu Blaise enquanto se sentava em uma cadeira do escritório, que estava em uma longa mesa.

— Não, acho que ele está fazendo isso por um motivo — disse Pansy, que estava sentada em frente a Blaise.

— Por que você acha que ele está fazendo isso então? — questionou Theo, que estava sentado encostado a uma mesa.

Pansy encolheu os ombros.

Draco que se levantou, olhando pela janela alta foi o próximo a falar.

— Não importa porque ele está fazendo isso. Só precisamos matá-lo.

— Se fosse assim tão fácil... — suspirou Blaise.

De repente, um telefone começou a tocar na bolsa de Pansy. Confusa, ela se levantou e foi até lá.

— O que diabos é isso? — perguntou Blaise, confuso com o barulho.

Pansy pegou seu telefone que ela guardou apenas para uso de emergência. Antes que ela pudesse atender, o telefone desligou e ela viu que era Eliza quem havia ligado.

— Esse é um daqueles telefones trouxas? — perguntou Theo.

— Sim. Um momento — Pansy disse enquanto saía da sala e começava a ligar de volta para Eliza.

Um momento de silêncio e então Blaise falou novamente.

— Enfim... como eu estava dizendo, seu plano é impossível!

— É possível! — Draco disse enquanto caminhava até a mesa — Nós só precisamos pegá-lo sozinho. E eu vou matá-lo eu mesmo.

— Já falamos sobre isso — disse Theo.

— Seus seguidores o seguem como cachorrinhos — respondeu Blaise — Quando que eles nunca estão ao seu lado?

Draco ergueu os olhos, uma compreensão repentina o atingindo.  Elliot. Ele tinha a marca.

Not So Perfect | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora