VINTE E UM

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LAYA
༛ ༺ ༻ ༛

Assim que Draco entrou e se sentou no chão, ficou escuro como breu, ele não conseguia ver nada na escuridão. Ele não tinha ideia de onde eles estavam ou onde Eliza estava. Ele só podia ouvir sua respiração rígida enquanto os gritos e estrondos dos homens Crimson se aproximavam.

— Você está bem? — Draco sussurrou.

— Estou bem — Eliza sussurrou baixinho de volta. Quase irritada com ele por fazer uma pergunta tão estúpida.

E assim que Eliza terminou suas palavras, houve passos acima deles.  Seus gritos eram muito mais claros, a poeira caiu e os dois sentiram que ela pousou em seus rostos.

— Senhor... eles se foram, senhor... — um homem falou.

— Sim — um rangido acima deles — Eu posso ver — eles reconheceram a voz de Elliot.

— Qual de vocês, homens inúteis, os deixou passar? — Elliot perguntou — Hmm? Nós os cercamos! — ele gritou.

Um silêncio ensurdecedor caiu sobre eles. Os corações de Eliza e Draco batiam forte em seus peitos.

— Vão. Eles não podem ter ido longe — Elliot ordenou. 

Mais rangidos soaram acima deles e depois de alguns momentos de gritos, seus passos lentamente se transformaram em silêncio.

Draco começou a tatear o chão procurando qualquer coisa. Sua mão tocou o que ele não sabia dizer se era sujeira ou teias de aranha, até que ele agarrou uma pequena caixa. Ele sentiu e logo percebeu que era uma pequena caixa de fósforos. Ele abriu e acendeu o fósforo.

O pequeno espaço se iluminou e Draco viu Eliza, agachada contra a parede, com sangue seco, cabelo úmido e roupas sujas. Ela olhou ao redor do pequeno espaço e viu que havia escritas nas tábuas.

O fósforo apagou, então Draco acendeu outro, desta vez acendendo duas velas e colocando-as entre ele e Eliza. O pequeno espaço agora estava iluminado em um amarelo dourado escuro.

— O que é este lugar? — Eliza murmurou enquanto examinava as palavras na madeira.

Eles não vão nos encontrar aqui.

Estamos seguros aqui. Você está seguro.

Eles nos arruinaram. Há uma maldição sobre esses solos.

— Eu não tenho ideia — Draco murmurou enquanto lia os rabiscos também.

— Você acha que eles estão falando sobre Crimson? — Eliza perguntou.

— Provavelmente — Draco respondeu.

— Nós ficaremos aqui — Draco disse — Até de manhã e então sairemos daqui.

— Essa floresta pode continuar por quilômetros! — Eliza suspirou — E se eles nos pegarem de novo?

— Eles não vão — Draco assegurou-lhe — Eles teriam que me matar antes mesmo de chegarem perto de você.

Eliza olhou para Draco, havia algo familiar voltando para ela. Ela não tinha certeza do quê.

— Achei que isso tivesse acabado — Eliza suspirou, apoiando a cabeça para trás na madeira — Eu matei Noah, pensei que quando o matasse, estaria acabado.

— Eu sei — Draco murmurou — E vai acabar de novo.

Embora Eliza achasse que estava tudo acabado. Nunca foi realmente. Mesmo que Noah tivesse morrido, nunca acabou para ela. Ela nunca se sentiu feliz depois disso.

Not So Perfect | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora