DEZENOVE

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NOAH AVARIAS
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Quando Draco acordou, sentiu suas mãos amarradas acima de sua cabeça.  Pelo olho esquerdo, ele só conseguia enxergar o sangue. Sua cabeça latejava e suas costelas ainda doíam muito.

Enquanto ele lentamente levantava sua cabeça, ele viu que estava em algum tipo de cela. Pisos e paredes de concreto, água pingando do teto, grades nas janelas e uma grande porta de madeira.

Quando sua consciência voltou para ele, ele se sacudiu e puxou as correntes tentando se libertar. Mas não adiantou.  Mesmo sua força não era o suficiente para as correntes de metal.

Draco também percebeu que estava sem camisa, com um grande hematoma próximo à cicatriz em seu peito.

De repente, Draco ouviu passos vindos de fora da porta. Os passos ecoaram junto com vozes fracas. Palavras que ele não conseguia entender.

Um par de chaves chacoalhou do outro lado da porta, então um clique e a porta se abriu.

Elliot entrou com um sorriso malicioso no rosto.

— Finalmente — Elliot suspirou — Você está acordado.

O que fez Draco questionar por quanto tempo ele ficou inconsciente.

— Onde ela está? — Draco perguntou imediatamente.

— Quem? — Elliot perguntou confuso.

— Oh, claro —  Elliot percebeu — A linda Eliza.

— Se você colocou um dedo nela, eu juro...

— Eu não fiz nada com ela — ele o interrompeu — Ainda — acrescentou ele com um sorriso.

Draco tentou puxar suas correntes novamente, mas não adiantou. Seu peito cresceu enquanto sua respiração se tornava mais pesada.

— Onde ela está? — Draco perguntou.

— Segura — Elliot encolheu os ombros.

— Eu quero vê-la — Draco exigiu.

— Receio que você não possa vê-la...

— Por que?

— Ele quer ver você.

— Quem? — perguntou Draco.

— Boa noite, Sr. Malfoy — Draco olhou para trás de Elliot e viu Crimson entrando na cela escura.

Draco apertou a mandíbula. A raiva que ele sentia estava começando a parecer insuportável.

— Muito bem — Crimson disse com a resposta silenciosa que obteve de Draco — Eu tenho uma pergunta para você.

— O que você sabe sobre Noah Avarias?

Os olhos de Draco se arregalaram com o nome e ele então desviou o olhar do homem alto.

— Quem? — Draco perguntou.

— Não seja tolo, eu sei que você sabe quem ele é. Diga-me —  Crimson disse andando pela sala.

— Eu não sei de quem você está falando — Draco respondeu.

Crimson suspirou.

— Elliot. Prossiga.

Elliot deu um passo mais perto de Draco e em um segundo seu punho colidiu com o rosto de Draco. Sua cabeça foi forçada para o lado.

Lentamente, Draco ergueu a cabeça de volta, sangue escorrendo do nariz de Draco junto com o sorriso malicioso de seus lábios. Ele cuspiu no chão, o sangue caiu ao lado dos pés de Elliot.

Not So Perfect | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora