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Alguns bons meses antes...

Não é que Jimin não se esforçasse, mas é que as circunstâncias quase nunca lhe favoreciam.

Park Jimin enquanto aluno era um bom garoto, sempre se mantendo na média dos outros alunos, nunca se envolvendo em problemas e, sem reclamar, estava à disposição para ajudar os professores. No entanto, isso era quando ele ainda estava no fundamental, quando ingressou no ensino médio tudo mudou.

Sua mãe, que era a empregada de uma família rica, fora demitida sem um motivo aparente e ele se viu obrigado a largar os estudos para trabalhar em duas lojas de conveniência para tentar ajudar nas despesas da casa. Jimin era um filho amável e compreensivo, que nunca reclamou da situação que viviam, nem dava dor de cabeça para a mãe e sempre fez tudo o que pôde para vê-la feliz. Por isso ele se esforçava muito para ajudá-la com as contas e pouco dinheiro que sobrava ele guardava como um tesouro.

Quatro anos haviam se passado desde que Jimin tinha largado a escola ainda no primeiro ano do ensino médio, então, com vinte e um anos, ele foi pego de surpresa quando foi demitido, não de uma, mas das duas lojas da qual trabalhava durante esses anos.

Como eu disse antes, as circunstâncias não ajudam.

Desempregado, apenas com o dinheiro que havia guardado e das poucas faxinas que a mãe fazia, ambos se viram em uma situação muito ruim e, para poder pagar a conta de luz e água Jimin teve que gastar suas preciosas economias, estas que já estavam quase no fim. Sem grana Park se viu numa sinuca de bico.

— O que eu vou fazer Tae, o dinheiro que eu guardei tá acabando e ninguém quer contratar um cara que não tem o ensino médio. — Desabafou com o amigo de infância.

— Amigo, sempre tem alguma coisa pra fazer, tu é um cara esforçado e esperto. — Kim Taehyung disse otimista. — Amanhã eu posso te acompanhar nos supermercados daqui de perto, algum deles deve tá precisando de um embalador ou coisa assim, relaxa, vai dar tudo certo.

— O problema Tae, é que eu preciso de grana rápido, tipo assim, pra ontem. — Jimin jogou os cabelos castanhos pata trás e coçou a testa ansioso. — Nós não temos muito tempo e o aluguel da casa vai vencer logo, sem contar que nós estamos comendo lámen e comida enlatada há três meses, cara. Eu tô precisando de dinheiro urgente.

— Bom... então, se você tá com tanta pressa assim, eu sei de um jeito. — Tae parou por um momento. — Mas não é um trampo normal.

Jimin tinha muito medo de ficar sem dinheiro e sua mãe acabar adoecendo por trabalhar o dobro, por isso, não viu no que estava se metendo quando aceitou, sem hesitar, seguir Taehyung até a boate onde ele trabalhava naquela mesma noite.

No primeiro momento, Park pensou que seria um dos seguranças, mas quando viu o tamanho do homem na portaria, pensou que não tinha porte para o trabalho e ao olhar melhor as pessoas esperando na entrada, percebeu que a última coisa da qual eles precisariam era de um homem para impedir algo.

Depois, pensou que talvez pudesse ser um garçom, no entanto, ao entrar na boate, viu que os garçons e as garçonetes faziam muito mais do que só servir bebida aos clientes, então pensou que não se sujeitaria àquilo de jeito nenhum.

Por último, pensou que poderia ser o barman, tudo bem que ele não tinha muita experiência em fazer bebidas, mas ele aprendia rápido. Porém, assim eu avistou o bar, notou que atrás do balcão tinha gente até de mais servindo os clientes.

No fim, não quis pensar demais sobre a função que iria desempenhar na boate se Taehyung estava recomendado aquele lugar, então não poderia ser tão ruim.

Ou poderia?

— Ji, eu vou te apresentar uma pessoa, na verdade ele é o dono daqui e é alguém que eu gosto muito e me deu a maior força quando eu precisei de grana. — Kim começou sua fala um tanto apreensivo, ele estava visivelmente nervoso. — Então você me promete que não vai sair correndo assim que ver ele ou com a proposta que ele fazer e vai pensar direitinho, porque na real, grana mais fácil que essa, só roubando.

CALL BOY - JJK+PMJOnde histórias criam vida. Descubra agora