CALL BOY - JJK+PMJ

VII

[...]

Jimin nunca tinha se visto em uma situação tão inusitada quanto aquela em toda a sua vida.

Park estava seminu nos braços da sua paixonite de adolescência, depois de quase ter sido estuprado por um cliente. E isso pode parecer comum para quem tem uma profissão igual a que ele tinha, mas o próprio nunca tinha passado por aquilo antes, por isso estava se sentindo ridiculamente constrangido.

— Senhor Jeon... — Jimin sussurrou ainda nos braços de Jun tentando se soltar, no entanto o aperto do outro ficou ainda mais forte.

— Minjun, tira esse verme da minha frente! — Jeon passava instruções para o secretário ignorando completamente os esforços de Jimin para se soltar. — Se eu não tivesse tão visado por causa desse lixo eu mesmo me livrava dele...

— Jeon! — Jimin chamou um pouco mais alto. — Me solta, por favor! Eu quero me vestir, estou com frio.

Jungkook, no entanto, continuou ignorando-o, enquanto ainda passava instruções específicas para que Minjun limpasse toda aquela bagunça. Jimin estava odiando aquela situação.

Quando era adolescente, havia fantasiado várias vezes estar abraçado com Jungkook — quando ainda não conhecia a personalidade horrível dele —, sonhou incontáveis vezes como seria beijar aqueles lábios e como era estar com o corpo colado no do outro. Sua imaginação era fértil e corria longe quando era mais jovem, Jimin chegou a se perguntar por várias vezes como seria ver um sorriso naquele rosto sério e frio.

Entretanto, depois se conhecer um pouco da personalidade de Jeon, sua curiosidade já não existia mais. As ideias que corriam em sua mente perderam o brilho, porque obviamente ele não fazia o tipo romântico apaixonado e muito menos era um príncipe encantado.

Na verdade, aquele adolescente distraído não existia mais — se é que um dia existiu —, o que Jimin tinha em sua frente era um adulto sério e ardiloso, que era capaz de chantagear a própria mãe para se safar de problemas.

—... Depois que terminar, relaxa e toma um uísque. — Park foi tirado de seus pensamentos pela voz grave do outro — Não precisa me esperar, vou demorar aqui. — Jeon continuou, mas não estava mais olhando para o secretário.

— Co-como assim demorar? — Jimin perguntou.

A pele de Park se arrepiou inteira quando seus ouvidos escutaram aquelas palavras e seu corpo aqueceu de uma forma completamente diferente quando seus olhos se encontraram com os dele, aqueles lumes pretos que eram tão profundos a ponto de conseguir ler o desejo mais profundo de qualquer um. Embora Jimin fosse transparente o suficiente.

Jeon trouxe o outro para si, aproximando o dorso nu de Jimin ao seu peito firme ainda coberto pela camisa social, sem realmente se importar se seu secretário estava ali ou não para ver aquela cena. Sua mão fria deslizou lentamente pela coluna de Park traçando uma linha imaginaria que ia da nuca até a base, se infiltrando sorrateira na calça dele e apertando a carne dali com força, Jimin não pôde conter o ar que saiu de seus pulmões.

— Jun... Jungkook, por favor! — Jimin implorou sem nem mesmo saber o que queria ao certo. — Eu... eu não trabalho assim, você sabe... — tentou argumentar enquanto pendia a cabeça para trás aproveitando os toques íntimos.

— E com isso você está dizendo que não me quer? — Jeon disse com a voz grave, quase rouca, em seguida espalhando beijos por todos os cantos, enquanto Jimin fechava os olhos em deleite. — Se você não me quer, essa é a hora de dizer, depois que eu começar eu não vou mais parar.

Park segurou os cabelos da nuca do outro controlando os beijos que iam de seu colo até o pescoço e orelha, enquanto seu quadril se movia para frente e para trás, desesperado por um toque mais íntimo. Jimin queria muito tudo aquilo, mas era tão inseguro, tão inexperiente, não sabia o que fazer, nunca fora tão longe com alguém.