CALL BOY - JJK+PMJ

XI

[...]

Naquela noite Jeon deixou seus afazeres nas mãos de seu fiel secretário, entrou em seu carro e foi direto para a "Fetish", sem avisar a ninguém sobre seu paradeiro.

A verdade era que a pergunta que Hoseok havia feito tinha alugado um triplex em sua mente.

Jungkook estava sentindo-se ligeiramente culpado por não contar a Jimin que tinha uma namorada e mais, que pretendia torná-la sua noiva e posteriormente casar-se com ela.

Ao mesmo tempo, o ego de Jeon o fazia pensar que ele não deveria dar satisfações de sua vida para ninguém, muito menos para um garoto de programa qualquer, que ele comia quando queria e pagava pelo serviço no final de tudo.

No envolvimento deles não havia sentimentos, o que tinham não era amor, não era nada além de uma relação em que ele, o cliente, precisava ser atendido. Sem contar o tesão insaciável que existia entre eles, nada mais existia. Sua relação não lhe dava obrigações com Jimin.

Jeon Jungkook não devia nada a Park Jimin!

E foi com essa certeza que ele acelerou seu carro de luxo em direção à boate. Jungkook não tinha mais a mínima intenção de justificar-se para Jimin, a culpa que sentia não existia mais. Ele aproveitaria seu tempo com Park de uma maneira mais produtiva.

Por um instante, sua mente viajou até Jimin e, imediatamente, seu corpo reagiu, pois ele precisava urgentemente aliviar o estresse que os últimos acontecimentos estavam lhe causando e o outro sabia muito bem como fazê-lo.

Cada dia que passava Jungkook estava mais perto de sentar na cadeira de diretor executivo, mas isto estava fazendo com que ele estivesse sendo pressionando mais e mais pelo sogro e por todos os investidores que tinham apostado suas fichas no cassino. Jeon estava vendo o cerco se fechando e estava se sentindo encurralado, sempre tendo que dar explicações demais e, se existia uma coisa que ele não gostava, era de se justificar.

Claro que ele não estava com medo deles, Jungkook era um homem de sangue frio, meticuloso, inteligente, confiante e muito bem articulado, ou então, seu sogro não o teria escolhido para chefiar o cassino. Mas ele gostava de ser livre, de fazer suas coisas sem dar satisfações por cada passo que dava em seus negócios. Jun seguia suas próprias regras, era isso que o tornava excepcional.

Jeon trabalhara assiduamente todos os dias naquela obra, escolheu cada detalhe, peça em mármore e escultura, foi a leilões e deu muito dinheiro, mas escolheu meticulosamente cada obra de arte que faria parte da ornamentação do espaço. Jungkook projetou aquele lugar com suas próprias mãos, então, poucos dias da inauguração, ele estava extremamente estressado e cansado.

O que ele precisava de Jimin não era sua aprovação para se casar, muito menos sua bênção. Ele precisava que Park colocasse aquela boquinha macia para trabalhar e fazer-lhe liberar todo o estresse acumulado.

Então, assim que chegou a "Fetish", foi direto ao bar e o barman da casa, o conhecendo bem, tratou de preparar seu uísque sem gelo e, enquanto ele bebericava sua bebida, Jeon escaneava o lugar com os olhos, procurando aquele corpo esbelto em meio aos acompanhantes e dançarinos.

— Tá procurando alguém, Jeon? — Jungkook ouviu uma voz conhecida em seu lado.

— Kim Seokjin hyung! — Ele disse levantando o copo e fazendo um brinde. — A quê a nossa humilde boate deve a visita dessa puta velha?

Jin riu largamente batendo sua taça no copo do outro e dizendo:

— Puta velha? Teu pai não reclamou quando apareci na cama dele ontem.