XIV

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[...]

O fato de Namjoon ter ido atrás de Seokjin não surpreendeu Jimin, ele sabia que Kim nutria um enorme interesse no mais velho. Mas, de fato, Park achou corajoso da parte dele aparecer na boate depois de todo caos que causou.

Namjoon foi o responsável direto pelo encontro desagradável que Jimin teve com Jungkook naquela noite e, isso, Park jamais esqueceria.

— Eu não sei nada sobre o Jin! — Jimin disse andando em direção à porta fingindo indiferença. — Eu acabei de chegar.

— É que o segurança não me deixa entrar. — Nam disse com a voz levemente alterada. — Ele também se recusa a chama-lo para mim.

— E o que eu tenho haver com isso? — Jimin perguntou em tom frio.

— Eu preciso que você me ajude!

— Você, Kim Namjoon, causou a porra daquela confusão toda de proposito, e eu ainda não sei o porquê, mas eu vou descobrir e, quando eu descobrir espero que você esteja bem longe daqui, porque eu vou te foder.

Park Jimin nunca havia ameaçado uma alma sequer em sua vida, ele já tivera sim, alguns impasses com Jeon e falado bobagens das quais se arrependia amargamente. Mas, naquele momento, em seu coração ele não podia estar sendo mais sincero.

Se não tivesse ido àquela festa como acompanhante de Kim – que propositalmente o chamou – não teria visto o que viu, teria ficado na ignorância que, naquele momento, para ele era uma benção.

Era certo que ele também estava errado em se iludir com as palavras melosas de Jungkook, mesmo sabendo que eram doces mentiras proferidas pelo outro. Mas, para Jimin, sonhar era a única coisa que lhe cabia quando o assunto era Jeon, e Namjoon tinha acabado com tal possibilidade.

— Jimin, entenda! Eu só estava fazendo meu trabalho, assim como você estava fazendo o seu. — Kim disse e Park interrompeu seus passos abruptamente.

— Trabalho? Que tipo de trabalho? Quem porra é você? — O outro se virou para encarar o mais alto. — Bora porra! Abre o bico! — Jimin berrou assustando Kim.

— Meu trabalho é confidencial, eu não posso dizer. — O outro respondeu evasivo, desviando o olhar.

— Tu é polícia? Caralho! Tu é a porra de um policial? — Park alterou a voz levemente desesperado com as possibilidades.

— Não! Eu não sou policial! — Nam ergueu as mãos em defesa. — Eu só... eu não posso dizer. — Depois de dizer essas palavras, deixou que os braços caíssem em derrota. — Eu só quero ver o Jin.

— Foda-se você e o que você quer! — Jimin disse recuperando o tom frio. — Se eu não tenho o que eu quero você também não vai ter. — Depois de dizer aquelas palavras cortantes Park se virou e deu um comando a Muralha. — Ele tá proibido de entrar!

Assim que passou o comando para Muralha, Jimin entrou na boate sentindo seu sangue ferver. Kim definitivamente tinha a intensão de foder Jungkook e a porra toda naquela noite, e Park seria cumplice.

Ao pensar na possibilidade de quase ferrar com os planos de Jeon, o sangue de Jimin, que outrora estava fervendo, gelou bruscamente. Ele estaria fodido de todas as formas possíveis se os planos de Namjoon tivessem dado certo.

Então, no meio do turbilhão de sentimentos, Jimin se sentiu um idiota, um objeto que Kim Namjoon facilmente comprou com um pouco de dinheiro.

Park teve vontade de vomitar.

— Jimin! — Tae chamou por cima da música. — O que foi aquilo na entrada?

— Ele queria me foder, foder o Jun, foder todo mundo! — Jimin disse atordoado com os mil pensamentos que estavam em sua mente. — Dá para perceber só pela cara dele.

CALL BOY - JJK+PMJOnde histórias criam vida. Descubra agora