STEFAN:
Então foi para o Brasil que aquele marginal levou minha filha, mas eu não poderia ir, afinal Katherine perceberia minha ausência. Precisava que alguém fosse em meu lugar, e a solução do meu problema estava em minha frente. Zac.
~Stefan: Ótimo, preciso de um favor seu.
Zac ergue as sobrancelhas.
~Stefan: Não sabe como eu mesmo queria ir até lá e quebrar a cara desse... Mas não posso, todos suspeitaram se James morresse ou algo parecido.
Zac captou a mensagem.
~Zac: Então você quer que eu vá, procure por eles, acabe com James e volte com sua filha?
~Stefan: Exatamente isso.
~Zac: Eu faço, e sem cobrar nada em troca, só de saber que serei eu que verei James respirar pela última vez já vai valer a pena.JAMES :
Sophie estava deitada na cama observando a chuva cair lá fora, parecia com os pensamentos distantes, como se estivesse aqui só fisicamente.
~Sophie: Eu estava aqui pensando...
~James: Você pensa?
Ela começa a rir.
~Sophie: Deixa eu falar Ogro!
Me sento do seu lado.
~James: Então fale.
~Sophie: Eu estava pensando , sabe, imaginando- ela começa a corar- Como seria ter um filho seu, lindo, maravilhoso, metido irritante.
Eu me deito ao seu lado.
~James: Não quero nem imaginar como ele seria se fosse igual você.
Sophie: Ele não, eles.
Arregalei meus olhos.
~James: Eles? ! Quantos filhos você tem em mente?
~Sophie: Quatro!
~James: Quatro? ! Não acha que é demais? Imagina quantas mamadeiras precisaríamos?
Sophie se senta.
~Sophie: Okay, se você não quer me dar quatro filhos sairei por essa ilha procurando alguém que queira ter quatro filhos.
Eu a deito novamente.
~James: Podemos ter quatro, oito, quantos você quiser, só sei que essa ilha será cheia de Sophiezinhas e Jamezinhos correndo um atrás do outro gritando "sorry, sorry seu Ogro estressante! "
Ela solta aquela gargalhada que eu amo ouvir, e me faz sorrir.SOPHIE:
James começa a fazer carinho em minha cabeça, então não demorou muito para eu pegar no sono.
Acordo novamente sozinha, com as emoções de ontem até esqueci de perguntar a James se conseguiu o emprego.
Tomo meu café e vou para varanda.
James está lá fora jogando bola com alguns meninos, alguns mais grandes e outros pequeninos.
Me derreti toda vendo aquela cena, ele com certeza seria um ótimo pai para meus quatro filhos, a lembrança de ontem a noite me faz rir sozinha.
Nunca fui de acreditar em contos de fadas, ou de finais felizes, nunca se quer pensei em um dia querer ser mãe! E lá estava eu, completamente apaixonada, sonhando com nosso final feliz e desejando construir uma família com James.
Agora eu acreditava que todos nós nascemos para sermos felizes com uma pessoa, mas não qualquer pessoa e sim a nossa alma gêmea, que o amor, ele existe só uma vez na vida, e que se algum dia você dizer que "amava" uma certa pessoa, é porque nunca amou de verdade, o amor nunca acaba, se você realmente ama uma pessoa, vai sempre amá-la, mesmo que esse amor te trazer algum tipo de sofrimento. E eu tinha a certeza de que James é sim o amor da minha vida, eu o amava tanto, ele me fez ser uma pessoa melhor, que mesmo cheio de defeitos ,foi me completando, me fez querer coisas que nunca se quer havia pensado,me fez ver que apenas juntos poderemos ser felizes.Não conseguindo mais me controlar, me junto a eles, tudo bem que nem chutar uma bola eu conseguir fazer direito, mas só de estar ali, brincando com essas crianças e juntamente com James, já valia os tombos que eu levaria.
Quando se quer ser feliz, você não precisa nem falar a mesma língua, nos comunicamos por aqui só com a alegria, uma alegria que contagiava todos ao nosso redor.
Era algo tão reconfortante, sentir essa energia ,mesmo não entendendo uma se quer palavra que eles diziam, o amor e carinho que essas crianças davam para estranhos.
Depois de muitas caneladas que eu dei em James, cada puxão em sua camisa -que por sinal chegou a rasgar- eu me sento na areia, as crianças continuam a jogar, não demorou muito para James vir sentar-se ao meu lado.
~James: Já cansou?
Ele não parecia nem um pouco cansado.
~Sophie: Se eu cansei? -digo ofegante- Estou morta.
~James: Então guarde energias para essa noite. -ele sussurra em meu ouvido.
Olho para ele maliciosamente.
~James: Não é o que está pensando... Pode ser também, mas hoje é dia 24 de Dezembro.
Eu nem me lembrava, andava meia perdida por aqui.
~Sophie: Véspera de Natal!ZAC :
Estavamos quase chegando no Brasil, nessas horas que agradeço ter trocado algumas quantidades de drogas por um jatinho.
Recebi a notícia de que James e Sophie estariam em Fernando de Noronha, a última informação tirada do amigo de James antes dos meus homens o matá-lo.Quando finalmente chegamos no Brasil, pegamos carona com um parceiro do Brasil até Fernando de Noronha.
SOPHIE :
A véspera de Natal só passaria eu e James, afinal é só um do outro que precisávamos mesmo.
James estava na cozinha preparando a ceia, e eu como não era tão boa cozinheira assim, fiquei no quarto me arrumando.
Vesti uma saia branca com uma blusa vermelha, o calor hoje estava insuportável, ainda era estranho vestir roupas curtas no natal.
Quando desci James arrumava a mesa, ele estava impecavelmente maravilhoso, estava com uma blusa de botões abertos branca, e uma bermuda vermelha (PENSEI NA AMIZADE AGORA KKKK) ,e estava com o cabelo meio bagunçado.
Só quando beijo sua nuca que ele nota minha presença, ele vira para me ver e fica boquiaberta.
~James: Você está maravilhosa, como sempre.
Ele me beija.
A campanhia toca.
~Sophie: Termine ai, deixe que eu abra.
Vou até a porta e à abro. Quase perco o equilíbrio quando Zac se vira, fico sem ar, quero gritar, quero correr, mas congelo no lugar.
~Zac: Olha só, Sophie, você mudou o corte de cabelo, devo lhe dizer que esta mais linda do que nunca.
Corra Sophie! Minhas pernas não me obedecem.
~Sophie: O-o que faz aqui?
Quando olho por entre seu ombro, avisto mais homens o acompanhando.
~Zac: Hora, um velho amigo do seu amado não pode vir visitá-los?~James: Sophie , quem ...
James para ao meu lado, imediatamente me puxa para trás dele.
~James: O que está fazendo aqui?
~Zac: Calma James, só vim pegar algo que não lhe pertence.
Zac olha para mim.
~Zac: Peguem elesJames me empurra para trás.
~James: Sophie, corra!
Ele se joga em cima de Zac, e seus homens tentam tirar James de cima dele.
De início não consigo fazer com que minhas pernas se movam, mas então me concentro e saio correndo, sem saber o certo para onde estou indo, precisava pedir ajuda, mas como falaria com eles eu não sabia.
Antes que pudesse chegar a algum lugar, sinto uma dor terrível na perna e desabo no chão, olho para minha perna e ela está sangrando, levei um tiro!
Um homem me pegou no colo e leva novamente para a casa, tento me livrar de seus braços, mais minha perna dói demais.
Já estavam todos dentro de casa, James está amarrado em uma cadeira com a cabeça abaixada.
~Sophie: James! -ele levanta a cabeça, seu rosto está todo machucado- James, você está bem?!
~James: Sophie, você está sangrando!
Zac se aproxima de mim, e olha minha perna, depois dá um soco na cara do homem que me segurava, aproveito e corro até onde James está.
Passo as mãos pelo seu rosto.
~Zac: Que parte de "quero ela impecável" você não entendeu?!
Ele toca onde a bala havia se alojado, soltei um grito ensurdecedor. James se torcia na cadeira, com os olhos cheios de lágrimas, tentando se soltar.
~James: Deixe ela em paz! -ele berra- Se encostar mais um dedo em nela eu mato você!
Zac solta uma gargalhada que me faz tremer.
~Zac: Acho que você está enganado, eu é quem vou te matar, seu desgraçado. -ele olha para mim- E sobre Sophie, só a levarei para casa.
Ele me pega pelo colarinho e me arrasta sala à fora. Dou outro grito de dor, minha perna latejava, essa dor era pior do que da vez que havia caído no buraco.
~James: SOPHIE!
Tento me soltar sem sucesso.
~Sophie: JA-JAMES! -grito entre os soluços.
Zac me leva até um carro e me joga no banco de trás.
~Sophie: SOLTE ELE! NOS DEIXE EM PAZ! PORQUE ESTA FAZENDO ISSO?!
~Zac: Seu pai me pediu para eu vir te buscar, mas a parte de acabar com a vida daquele desgraçado é algo que eu quero fazer a algum tempo -ele aperta minha bochecha- Não se preocupe, vou te poupar de vê-lo morrendo, fique aqui, logo estarei de volta.
Ele tranca a porta do carro e liga o alarme. Começo a socar o vidro.
~Sophie: ZAC, NÃO! ! POR FAVOR, NÃO FAÇA ISSO! JAAAAAAMES! !!
Zac entra novamente na casa.
O que eu faço? Estou desesperada, tento quebrar o vidro do carro, mas não consigo. Minha perna doía muito, mas meu coração doía mil vezes mais, se fosse possível ele já tinha saído pela boca, de tão acelerado que estava. Meu corpo todo tremia, não conseguia parar de chorar, James seria morto e eu não poderia fazer nada para tentar salvá-lo.
Escuto um barulho de tiro, não pode ser, fico olhando para a porta esperando que seja James saindo de lá, não, não pode ter sido ele, não James, não a minha razão de viver.
Entre minhas lágrimas vejo Zac saindo, não consigo ver mais nada, vou perdendo a consciência, até desmaiar.