Capítulo 13 : Descobertas

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SOPHIE : 

Cara consegue me fazer rir por alguns segundos, mas a tristeza sempre volta. Como se fosse proibido eu ser feliz novamente.
Minha mãe entra no quarto.
~Mãe: Desculpe incomodá-las, mas sua mãe ligou Cara, quer saber se você dormirá aqui.
Ela olha para mim.
~Cara: Se a Sophie quiser ...
~Sophie: É claro que eu quero.
Minha mãe sorri.
~Mãe: Então direi que sim.
Ela sai do quarto.
Eu e Cara ficamos acordadas até 2:00 da manhã.
Quando pego no sono, sonho com James.
Estávamos em Fernando de Noronha, deitados na rede, ele fazendo carinho em meu rosto.
"~Sophie: Porque você me abandonou? "
"~James: Eu não te abandonei, não estou aqui? "
Começo a chorar.
"~Sophie: Não realmente, você se foi. "
Ele seca minhas lágrimas com beijos.
"~James:Eu nunca abandonarei você Sophie"
E então tudo muda, Zac chega, bate em James e o mata na minha frente, sem dó nem piedade, um tiro na cabeça de James, que faz espirrar sangue em mim ...

CARA :

Acordo assustada ouvindo Sophie gritar.
"NÃO! JAMES, NÃO! FICA COMIGO! EU TE AMO! "
Natalie entra no quarto e a acorda.
~Natalie : Calma meu amor, foi apenas um pesadelo.
Ela balança Sophie em seus braços, vejo Natalie chorando também, não consigo segurar as lágrimas vendo minha amiga assim. Sophie soluçava, chorava muito, agora entendo que não é tão fácil assim superar a morte de alguém que a gente ama tanto.
Me levanto e a Abraço junto com Natalie.
~Natalie: Desculpe Cara, você deve ter levado um susto.
Passo a mão nos cabelos de Sophie que ainda chorava muito.
~Cara: Não tem que pedir desculpas, agora entendo o quanto é difícil mesmo, que é uma coisa que não dá pra se esquecer da noite pro dia, eu estarei ao seu lado sempre Sophie.
~Sophie: O-obrigada Cara.
Aos poucos Sophie foi se acalmando, até que pegou no sono, Natalie à deita .
Ela ainda chorava, devia ser ainda mais difícil para ela que é mãe, vendo sua filha sofrendo tanto e não poder fazer nada para a reconfortar.
Natalie tampa Sophie e sai do quarto, então volto a dormir.

SOPHIE :

É possível alguém sobreviver ao perder alguém que se ama muito? Eu sentia que estava morrendo aos poucos, a cada segundo que se passava.
Acho que eu morreria de amor.

NATALIE :

Estranho quando Sophie não desce para o café da manhã, então subo até seu quarto, ela ainda estava deitada, com o olhar vazio. ~Natalie: O que você tem meu amor? -Quando encosto minha mão em sua testa, estava pelando de febre.- Sophie, você está queimando de febre!
Ela está chorando.
~Sophie: Mãe, é possível morrer de amor?
Eu tentava ser forte por ela, mas não aguentava ver ela assim.
~Natalie: Você não vai morrer.
~Sophie: É egoísmo da minha parte querer ficar viva ? Sinto que estou traindo ele.
As lágrimas escapam.
~Natalie: Minha filha, você sabe que não é egoísmo, tenho certeza que ele só estará bem, se você estiver feliz.
~Sophie: Então, você acha que ele quer que eu seja feliz? Mesmo que não seja com ele?
~Natalie: É claro, vocês foram feitos um para o outro, e se não for nessa vida, vocês ainda se encontraram em outra vida, até terem seus finais felizes.

LUCI :

Faziam quase 4 meses que havia encontrado um rapaz jogado no meio do mato, quase morto, com dois tiros.
Desde então eu venho cuidando dele no meu consultório, porém ele ainda estava em coma. Sean me ajudava a cuidar dele, procurava todos os dias por sinais de alguém que desapareceu, mas não encontrou nada até agora.

~Sean: Algum sinal de melhora?
Eu limpava seus ferimentos quando Sean chegou.
~Luci: Nada ainda, continua na mesma. Ele é tão bonito.
Sean solta uma risada.
~Sean: Não me diga que você está apaixonada por um cara que você nem sabe o nome e que está em coma?
Sean era tão insensível.
~Luci: Só estou dizendo que ele é bonito.
~Sean: Mas não negou que está apaixonada. Tento te conquistar a anos, e esse cara chega quase morto e te encantou.
Não o respondo, eu também não acreditava que estava apaixonada por alguém que nem ao menos eu conversei, simplesmente aconteceu, era tanto tempo dedicado a ele, que foi impossível resistir.
Quando começo a limpar os ferimentos de sua mão, seus dedos se movem,olho para Sean.
~Sean: O que foi?
~Luci: Ele mexeu os dedos.
Sean vai para abrir seus olhos, mas o mesmo abre-os sozinho.
Seus olhos são castanhos, ainda mais apaixonantes. Ele parece confuso, fecha eles com força e volta abri-los. Ele tenta se levantar e leva a mão ao tronco onde levou o tiro, então volta a se deitar.
~Sean: Calma aí amigão, você ainda está machucado, qual seu nome?
Ele parece confuso.
~Rapaz: Estou a quanto tempo aqui?
Chego perto dele.
~Luci: À quase 4 meses, você estava em coma. Não sei como se recuperou tão rápido.
Ele olha em sua volta, parecia estar procurando alguém.
~Rapaz: Onde está Sophie? !
~Luci: Não havia ninguém com você quando te encontramos. Meu nome é Luci,e esse é Sean, como se chama?
~Rapaz: Meu nome é James.
Sua voz era tão linda, soava como música em meus ouvidos.
James nos conta o que havia acontecido.
~James: E ele a matou! Ouvi os tiros antes de perder a consciência. Ele havia dito que ela não valeria nada sangrando, então ordenou que a matassem também.
Eu via em sua expressão de dor, que ele a amava.
~Luci: E você voltará para Chicago?
Ele balança a cabeça negativamente.
~James: O que farei lá sem Sophie? Tudo por lá e em Los Angeles me lembraram dela, vou para o Rio de Janeiro, ficarei onde não tenha nenhuma lembrança dela.
Ele estava chorando, me partia o coração vê-lo assim.
~Sean: Se quiser pode ir conosco, também em breve iremos para o Rio.
James seca as lágrimas.
~James: Claro, irei com vocês então.

JAMES :

Era tão nítido em minha memória o barulho dos tiros do lado de fora e o grito de Sophie, tentava apagar esses sons da minha cabeça, mas não conseguia, no lugar do meu coração, agora havia uma pedra de gelo, ainda não sabia como sobreviveria sem Sophie. Como se fosse possível viver sem ela, sem seu sorriso, sua gargalhada. A dor que sentia em meu peito era muito pior da que senti quando meu pai morreu, dessa vez era como se tivessem arrancado meu coração fora. Era um vazio tão grande que até respirar me doía, eu não sabia por quanto tempo viveria sem ela.

Antes de Luci, Sean e eu partirmos, montamos um grupo de buscas para procurar por indícios de Sophie, mas eu conhecia muito bem Zac, e sei que ele não deixaria pistas. Tinha algo em mente, minha vingança, Zac ia sentir onde mais machuca ele, como ele fez comigo, arrancaria o que mais de precioso que ele tinha, que era Alice. Mas antes de eu começar a colocar meu plano em ação, precisava me recuperar por completo. 

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