Capítulo 5

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*Escutem a música La Vie En Rose da Édith Piaf e da Emily Watts.
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Uma melodia calma e conhecida começou a tocar no toca discos que estava na sala, era La vie en Rose de Édith Piaf. Louis adorava aquela música, foi a primeira que aprendeu a cantar em francês e foi a primeira música que aprendeu a dançar com sua mãe enquanto Lottie e Fizzy tocavam piano quando eram menores.

Louis olhou para o ômega a sua frente e uma ideia veio a sua mente, com cuidado pegou a mão esquerda de Harry e a colocou em seu ombro, depois entrelaçou seu braço direito na cintura do ômega e por último juntou suas mãos na altura de suas cabeças. Louis o puxou um pouco mais pra perto juntando seus corpos e fazendo o ômega ofegar em surpresa.

- Eu não sei dançar. - Revelou o ômega com a voz baixa.

- É só me seguir. - Instruiu o alfa fazendo o ômega resmungar sobre falar ser fácil, mas fazer ser difícil. Harry olhava para seus próprios pés e para os de Louis, muitas vezes acabava pisando nos pés do alfa e murmurava um pedido de desculpas. Louis soltou sua mão por um segundo, apenas para pegar o queixo de Harry e o levantar fazendo seus olhos se conectarem, depois voltou a segurar sua mão. Então sussurrou para o ômega. - O segredo é olhar nos olhos do seu parceiro.

Harry seguiu o conselho, mesmo envergonhado por encarar o alfa por tanto tempo, mas como recompensa, não pisou mais nos pés do alfa e nem nos próprios. Eles rodavam pela sala em sincronia, ambos sorriam um para o outro sem nunca desviar seus olhares. Louis sentia vontade de beijar não só a boca melada de gloss, como também gostaria de beijar aquelas covinhas tão lindas que enfeitavam o rosto do ômega.

O cheiro doce de lavanda e menta era aconchegante e tentador demais para Louis, que discretamente suspirava pra ter mais e mais daquele aroma em seu peito. Aquele era, com certeza, o cheiro favorito de Louis no mundo inteiro.

Harry não conseguia descrever ao certo o que mais lhe atraia em Louis, se eram as ruguinhas em seus olhos quando sorria, se era pelo sorriso sincero, o jeito gentil de cuidar do ômega ou se era o forte aroma de pinheiro e canela que Harry tanto apreciava. De forma calma, o ômega apoiou sua cabeça no peito do alfa durante a dança, podendo sentir seu cheiro mais de perto e as batidas aceleradas do seu coração.

A música estava no final, então como um bom cavalheiro, Louis se afastou um pouco de Harry e fez uma reverência agradecendo pela dança. Harry sorriu e fez o mesmo.

Ambos se encaram por alguns segundos antes de Harry pegar a mão do alfa e o arrastar até o o sofá onde se sentaram perto um do outro.

- Como foi sua reunião? - Harry queria saber se Louis estava bem com as pendências com a alcatéia.

-Foi um pouco estressante. - Revelou sentindo um conforto do peito por ter alguém interessado em saber como foi seu dia, ou talvez fosse o fato de ter alguém lhe esperando em casa. - Conseguimos fechar um acordo com a alcatéia.

- Isso é bom, então. Todas as alcatéias tem nomes? - Louis concordou. - Qual o nome da sua alcatéia?

- É Killer Canines, infelizmente não fui eu que escolhi. - Louis já se justificou ao que Harry franziu cenho e riu ao ouvir o nome.

- Mas é um bom trocadilho. - Louis teve que concordar com o ômega. - Tá com fome? Por que eu tô.

- Posso te ajudar a fazer o jantar hoje, Mon soleil?

Harry fingiu pensar sobre o assunto, mas depois sorriu e concordou. Os dois se levantaram e seguiram para a cozinha pra fazer o jantar.

Normalmente não demoraria muito para Harry olhar os armário e decidir de última hora o que fazer, também não demorava pra cozinhar, mas era uma história completamente diferente com Louis o ajudando. O alfa não sabia cortar um tomate direito e Harry se perguntou seriamente como Louis havia sobrevivido tanto tempo sozinho naquela casa.

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