Capítulo Vinte e Quatro

1.7K 189 142
                                    

Feliz Natal meus amores! 🥰 Espero que vocês estejam saudáveis e bem. ♥️ Obrigada a todos que me acompanham a um tempo e aos que estão chegando agora. Os comentários de vocês sempre me ajudam muito e eu fico sempre feliz quando público capítulo aqui e recebo o feedback de vocês. Espero que continuemos juntos por muito mais tempo. ♥️

Boa leitura 🥰

...

Eu estava com dificuldade para acreditar que era mesmo ele atrás de mim, dizendo que estava a minha procura. Mal cheguei no colégio e já estava bombardeada de situações constrangedoras.

— Me procurando? Pensei que tinha sido clara quando disse pra não me procurar mais, Hayato - bati sem delicadeza a porta do meu armário. A minha vida deu uma reviravolta impressionante, mas não quer dizer que eu tenha perdoado os responsáveis pela traição. Tendo paz de espírito ou não, eu vou continuar não querendo papo com eles, como se nada tivesse acontecido. É um direito meu, que pelo visto um dos envolvidos não está sabendo respeitar.

— A gente precisa... eu preciso conversar com você, me dá uma chance... só me ouve e prometo nunca mais perturbar você — aqueles olhos âmbar, com aspecto de cachorrinho abandonado, não cola mais comigo.

— Pode começar a fazer isso agora. Não temos nenhum assunto pra discutir e eu não tenho que te ouvir.

Virei-me de costas para ele sem saber ao certo que aula eu tenho agora. Estou um pouco perdida com o tempo que passamos de férias. Porém eu inventaria qualquer pretexto para não dar continuidade em um diálogo com ele. A vida começa a ter sentido quando você desapega de coisas que não te agrega em nada, que estão no passado. E é assim como me sinto em relação a ele: desapegada. Meu coração não palpita por vê aquele rosto bonito que mais tarde descobri que é apenas um rostinho bonito. Meu estômago não embrulha em sinal de fuga por me sentir vulnerável ao seu lado, eu simplesmente não quero mais falar com ele, não terminamos nosso namoro de maneira amigável. Para assim tentarmos nos dar bem.

— Por favor... S/A — ele segurou em meus braços e me fez voltar a ficar de frente para ele me chamando de um apelido tosco que ele sempre dizia quando queria me convencer das coisas.

— Tire suas mãos de mim! Já tô de saco cheio de você, então desembucha logo. Você tem dois minutos.

A sua teimosia não o faria me deixar em paz. Que diga logo o que tem para me dizer e é a sua última chance. Da próxima vez que tentar triscar um dedo em mim e me pedir para ouvir suas bobagens, eu lhe darei uma boa bofetada e irei embora.

— Tá, eu vou tentar ser o mais breve possível. Eu e a Lia terminamos... não, nós demos um tempo mas é a mesma coisa. —Ele encostou um dos seus ombros largos no armário, me dando toda a sua atenção. Seus olhos buscavam os meus, que mantiveram o contato visual sem dificuldade. Antigamente eu sentia um certo nervosismo quando ele me olhava dessa maneira, me desestabilizava. Agora é diferente e eu me sinto um tanto liberta desse antigo sentimento.

Não queria ficar contente pela tragédia amorosa dos outros, mas não vou negar que eu estou quase rindo pelo romance tão estimado e proibido deles não ter durado muito tempo. Não sou uma pessoa vingativa, mas eu desejo o mesmo sentimento amargo, que rasga a garganta metaforicamente, que me fizeram sentir.

— E daí? O que tenho haver com isso? — Mudei meu peso de um pé para o outro, esperando que esse papo termine logo.

— A gente deu um tempo porque eu percebi que ela não me faz bem como você fazia. Eu não sei o que deu em mim pra me interessar pela Lia, eu tinha o bem mais precioso em minhas mãos e eu troquei por uma aventura. Você foi a única garota na minha vida que fez a diferença, a Lia é entediante, como as meninas com quem eu ficava por ficar nas festas. Se você ainda me quiser, eu posso fazer acontecer e...

Apaixonados Pelo AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora