• ° ❀ XVI ❁ ° •

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Meredith Grey:
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Agora, o que me sucedida era o contraste perfeito entre o gélido azulejo do banheiro e o ardente corpo nu de Addison.

A água do chuveiro escorria-lhe a cabeça, e imiscuia por entre nossos lábios em união que, mesmo por tal intromissão, não se afastaram. O vapor das gotículas de água permeava todo o ambiente, tornando-o ainda mais abafado, não obstante, nossas respirações ofegantes contribuem.

Os dedos de Addison estavam em mim, explorando-me, incitando-me, com destreza e deleite. Minha perna direita circundava sua cintura para melhor acesso de sua parte e um meio de contraponto para minha excitação. Dessa vez, em nós, havia todos os aspectos da urgência, tanto palpável quanto ideal. A ruiva me tocava com aparente necessidade, e eu a beijava com o ardor de quem sentiu saudades. Tudo me pareceu incrivelmente intenso e vigoroso, não que das outras vezes não tivesse sido, mas agora, era excessivamente melhor. Pairava em nós, creio eu, a consciência de que durante uma semana, não havíamos cruzado essa linha.

Senti a outra mão de Addison arrastar-se em direção à carne de minha bunda e aperta-la com ardor, e, ainda que antes me parecesse impossível, a ruiva aumentou a proporção de suas estocadas, me preenchendo fundo. Afastei-me do contato de sua boca para poder gemer com liberdade, e o exprimi, então, rouco e trêmulo — nada que fugisse do conceito enérgico que regozijava-me o corpo.

— Porra... Que delícia — proferiu Addison, tão ofegante que contribuiu para me conduzir ao orgasmo.

— Oh... Não pare... — Tento forçar minha perna mais contra si, mas eu não estava lá tão apta assim.

— Geme para mim, hum...? — Pediu em um fio de voz, antes de chupar meu lábio inferior.

Gemi seu nome contra a aproximação de sua boca, porém, depois, senti tremenda falta me solar, e meu corpo, naquele momento tão frágil, tremeu sozinho e desesperado por Addison novamente.

— O que você...? OH MERDA! — Apenas fui capaz de expressar um grito ao sentir sua boca em mim.

Dei uma breve olhada, Addison estava de joelhos e com a boca em mim. Minha perna agora fora para seu ombro, em um impulso tão forte quando meu ponto interno de excitação se contorcia. A ponta de sua língua a incitar de modo travesso minha entrada, ludibriava meu corpo novamente à sensação da chegada de um orgasmo.

As proporções da lascívia transcendem, ergui minhas mãos em busca de algo para segurar, mas não havia nada além do box de vidro embaçado, e os suportes de shampoo e sabonete — então depois de tanto procurar, apenas alcancei o cabelo ruivo de Addison. Enrosquei-o em minha mão, enquanto a outra apalpava meu próprio seio.

Tudo pareceu ainda mais extasiante quando Addison passou a friccionar meu clitóris com a ponta dos dedos, e a me invadir devagar com sua língua. Para mim, e as sensações extremas que me circundava, aquilo foi o estopim. E, com um gemido frenético e um arrastar de calcanhar nas costas da ruiva, veio também o orgasmo. A matéria do prazer tangível emergiu de dentro de mim, direto para a sua boca.

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— Fiquei gata? — Perguntei à Addison, de frente para o espelho, assim que acabei de vestir sua camisa social cor salmon.

A ruiva, antes atrás de mim, agora se dispõe em minha frente, e abre os dois primeiros botões.

— Agora sim — ajusta também a gola —, está magnífica! Essa cor se destacou tão bem em você...

Confidences And Flowers ° • . ❀ - 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora