• ° ❀ XXXIII ❁ ° •

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Narradora:
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Eram sete da manhã quando Meredith despertou-se de seu sono, instintivamente ergueu os braços para o lado, a fim de abraçar Addison, mas apenas sentiu um espaço vazio sob eles. Então abriu os olhos, bocejou, e viu que a mulher não estava ali realmente. Algo se remexeu em sua barriga, sob os lençóis, e logo um miado manso ressoou, ecoando por todo o quarto, desfazendo o anterior silêncio. Meredith sorriu enquanto o gatinho ruivo caminhava por entre os lençóis, até conseguir sair de lá.

— Ei, Pablo... Bom dia! — O felino ronronou preguiçosamente, esticou seu corpo flexível e se abanou, bagunçando um pouco seu pelo — Dormiu bem? — Ele miou, aproximando-se do rosto da mulher para deixar uma lambida em sua bochecha.

Algumas cócegas foi causada em Meredith, em vista de que o gato esfregava seu pêlo felpudo e macio contra seu rosto, ela então passou a acariciá-lo, mas mais parecia que o próprio pelo do felino acariciava sua mão, era realmente muito fofo.

— Onde está sua mamãe? — O gatinho miou brevemente, mas Meredith não entendia bem o que aquilo significava, até que ele levantou as orelhinhas atento — Addie nos deixou sozinhos, bebê, acredita...? — Agora o miado foi longo.

Anotou mentalmente que precisava se lembrar de perguntar a Addison o significado do timbre dos miados, porque deveria haver um. Depois de deixar um beijo no gatinho, ela se levantou, abriu as janelas e direcionou-se ao banheiro do próprio quarto, vendo, antes de tudo, seu reflexo no largo espelho. Estava um caco, era fato. Havia ido dormir cinco da manhã e acordou às sete, e o que fez no tempo em que esteve acordada... bom, custava-lhe energia demais, e acabou gastando a que tinha e a que não tinha.

Resultado: uma aparência decadente, músculos rígidos de cansaço, mas o prazer em dia...

Atentando-se às marcas que roxeavam seu pescoço e seu colo, sorriu mordendo os próprios lábios, lembrando-se de como as conseguiu, e só quando se aproximou mais do espelho, foi que os olhos descobriram o contraste de um pequeno papel amarelo fluorescente pregado lá. Capturou-o em mãos, e leu:

“Querida, se você acordar e não me encontrar é porque estou na feira, não quis te chamar pois você dormia feito um anjo... Pedi a Pablo para cuidar do seu sono enquanto eu não estivesse. Volto já, fique a vontade. Beijos!”

Aquele post-it fez Meredith sorrir mais do que o normal, e ela o colou novamente no espelho.

Entendeu o “à vontade” de Addison como poder tomar banho e escolher uma roupa em seu armário, e realmente fizera isto. Voltou ao quarto, vasculhou o guarda-roupa e depois de certo tempo encontrou um lindo vestido de lese azul bebê, e com pequenos raminhos de flores azul marinho. Imaginou que ficaria um pouco grande, mas não se importou, e voltou ao banheiro para um banho. Pablo logo apareceu, pois a porta foi deixada aberta, e subiu na tampa do vaso, vendo a humana em sua frente se despir.

— Vamos tomar banho, Pabs? — Ele miou alto e rigidamente, e aquele sim Meredith conseguiu assemelhar à um redundante não. — Retiro o que eu disse...

Logo ela entrou no chuveiro.

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O último feito de Meredith, dentro do banheiro, foi pentear os cabelos loiros, agora num tom mais escuro, por estarem molhados. Depois, saiu efetivamente, estando no quarto de novo. O vento repentino que adentrou o ambiente fez seu perfume perambular por todo o local, bom, o perfume de Addison, deva-se dizer. A mulher usou a fragrância e o hidratante que havia no banheiro, e passou a ter o cheiro exatamente igual ao da ruiva. O que amou.

Confidences And Flowers ° • . ❀ - 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora