Confidences And Flowers ° • . ❀ - 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎.

• ° ❀ XVII ❁ ° •

Narradora:
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Fremont, Seattle, Washington
Thursday night.

— O que você acha disso tudo? — Meredith Grey questiona a Andy Herrera, logo após contar-lhe detalhadamente o fato alarmante que lhe ocorreu pela manhã — Acha que Addison está mentindo para mim?

Andy, neste momento, deixa de limpar a bancada de madeira com um lustra móvel, e concentra sua atenção completamente à garota em sua frente. Porém, seus olhos são vacilantes e a dúvida na disposição de sua face não propicia total segurança à loira que, passa então, a se sentir como uma tremenda idiota. As duas jamais haviam conversado em ocasiões que não atrelam cumprimentos gentis e pedidos de café — e agora Meredith a contava sobre suas questões pessoais, às quais necessitava de uma ajuda, já que pareciam um emaranhado indissociável para poder resolver sozinha. Pediria conselhos facilmente à sua irmã Isobel e à amiga Amélia, caso elas não tivessem saídos juntas para uma boate na cidade. Ou Bailey, caso ela não tivesse se ausentado para um jantar em família.

Portanto, Andy fora-lhe a única opção, e precisava com urgência exprimir seus sentimentos para alguém.

A morena perceptivelmente confusa, reprimiu os lábios em evidente reação de um início de pensamento, e seu silêncio — tão iminente desde o momento em que Meredith começou a falar — permaneceu. E a loira somente ansiava um pronunciamento, alguma coisa que dissipasse suas pertinentes dúvidas, que findasse seu impasse.

Meredith suspira em ansiedade, e balança as pernas cruzadas no banco de madeira em que se sentava, defronte a bancada. Foram apenas mais alguns minutos em constante neutralidade, que Andy finalmente dispôs uma fala:

— Eu não sei, Sunny. — Confessa e os ombros de Grey caem em um desânimo palpável. O aparente empenho de Herrera em tentar formular alguma opinião sobre o ocorrido, antes pareceu tão nítida, mas então, na realidade fez Meredith esmorecer.

Suspirou novamente a loira, mas dessa vez arrastado e solapado pela perda de esperança.

— É sério...? Eu preciso tanto entender. — Choramingou.

— Bom... Eu não a conheço, e a você um pouco, então não posso afirmar nada.

— Só me dê uma dica. Você, no meu lugar, acreditaria nela ou não?

— Hum... Mer — ela suspira aprazível —, você estava lá. Me diz, pra você pareceu que Addison estava ou não mentindo?

Sua pergunta retórica apenas fez a outra esmorecer ainda mais, mas, mesmo assim, tentou refletir acerca dela.

— Para você, soou sincero quando ela disse que o tal cara era apenas um amigo? — Pergunta.

Meredith, ao rememorar a face de Addison pela manhã, lembrou que, naquele momento em específico, havia algo de diferente em si — eram oscilações de mentira e omissão, mas depois, quando ela negou veemente sobre a existência de algum relacionamento romântico com o tal Mark, pareceu verdadeiro. Entretanto, a concepção plena sobre isso, por parte da loira, não sucedera.

— Eu acho... que Addison disse a verdade. — Conclui, espalmando as mãos inaudíveis à madeira do balcão, Andy, por sua vez, retorceu os próprios lábios, aparentemente descontente e com ideias opostas. — Acho... que é paranóia da minha cabeça, Mark deve ser realmente um amigo. Fiz tempestade em um copo d'água.

Herrera pondera com um vacilar em movimento dos olhos, nada satisfeita ou de acordo com o que Meredith constatara.

— E se for exatamente nisso que ela quer que você acredite? — Unem-se as sobrancelhas de Grey em confusão — E se Addison estiver mentindo, mas prefere tratar você como paranóica, apenas para ela se livrar da culpa?