Confidences And Flowers ° • . ❀ - 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎.

• ° ❀ VI ❁ ° •

Meredith Grey:
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— Eu conheci alguém — comentei à minha irmã, enquanto tentava um arranjo novo ao violão.

Ela me alcançou com seus reluzentes olhos cor de mel, pelo sutil sorriso no canto de seus lábios foi mais do que possível perceber a incidência de seu interesse no assunto.

— “Alguém” mulher?

— Uhum... — Me irritei com um acorde que praticamente entrelaçou todos os meus dedos, então deixei o violão de lado.

Izzie se virou para um cliente. Hoje era um daqueles domingos de sol radiante, em que há boa movimentação. Eu poderia ter ficado em meu apartamento, mas não havia nada de tão atraente por lá, então vim para cá, ao menos poderia jogar conversa fora com minha irmã.

— Daqui? — neguei com a cabeça, ela sorriu em deboche — Claro que não, você já 'pegou' todas as garotas do bairro.

— Que mentira! É assim que você pensa de sua própria irmã?

— Não penso nada, são os fatos — Isobel desembrulhou um cupcake recheado com morango e deu uma boa mordida antes de continuar: —. Ela é de Capitol Hill? — se atrapalhou por estar com a boca cheia.

Capitol Hill é outro bairro perto de nós, com pessoas com as quais temos afinidades.

— Não... não. É da cidade.

Os olhos antes tão despretensiosos agora saltam de suas órbitas.

— Uau! Está buscando longe, irmãzinha.

Contei-lhe os detalhes, desde a forma atípica com que a conheci há duas semanas, até o ocorrido de ontem, onde tive seu rosto tão perto do meu que pude sentir sua respiração quente em meus lábios. Sim, sou bastante sincera com minha irmã, tudo é expressado nos mínimos detalhes, mas ainda não sei porque insisto em esperar que ela me leve a sério, ao fim de minhas constatações Isobel sempre acaba rindo da minha cara.

— Jamais esperei que você fosse se interessar por esse tipo de gente...

— Sua burra, não ouviu nada do que eu disse? Addison não é como esse “tipo de gente” — fixei, implausível.

— É rica.

— Tá, mas... Não devemos generalizar. Ela é legal.

Izzie me lançou uma feição não muito agradável, em vista de que suas sobrancelhas uniram-se e os lábios se entreabriram.

— Mas ela não agiu como uma babaca com você?

— É mas... — bufei, sabendo que jamais iria convencer minha irmã com sua pose intocável — Ontem ela foi gentil.

— Você está a defendendo e tem o que...? Cinco minutos que a conheceu? — revirei meus olhos — Oh... Você gosta dela — concluiu incisivamente, mas foi claro o ecoar de sua risada.

Levantei o olhar subitamente, tentando encontrar alguma alteração externa em minha irmã para uma proposição tão absurda como aquela.

— O que!? Tá maluca? Claro que não!

— Sei... Então por que está perdendo tanto tempo tentando me convencer disso?

Dissociei-me da conexão entre nossos olhares.

— Ei... — pelo meu olhar baixo, vi apenas o movimentar de seus pés evidenciar sua aproximação — Não fique chateada. Eu só não quero que você se iluda.