Aquela Flor.

O que foi real?

Oioi kiwis...

Aviso: Este capítulo contém gatilhos sobre suicídio e transtornos psicológicos.
Se for sensível a esses temas, sugiro que não leia.

Ao demais kiwis, boa leitura.
Beijos ♡♡♡

Neste capítulo eu adicionei um anexo de uma música, para uma experiência mais legal.
O nome da música é "Dancing With Your Ghost" da Sasha Sloan, então todos os direitos autorais e méritos pela música são dela e de sua produção.
O intuito é para que sintam mais emoção ao ler o capítulo.

Fiquem com o capítulo e se cuidem.

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Ethan:

Já se passou um tempo desde que ela se foi, não sei dizer ao certo quanto, afinal não saio do meu quarto desse então.

Eu nem pude dizer "eu te amo".

Não tive coragem de ir para a escola ainda, não quero terminar esse ano letivo, não quero ir para a escola sabendo que ela não estará lá... Tudo aconteceu tão rápido naquele dia, aos poucos tudo vai se tornando um borrão em minha cabeça, minhas memórias vão apagando...
Quando chegamos ao hospital, ela já estava morta.
Eu acompanhei tudo, estava dentro da ambulância com ela... Eles tentaram reanimá-la, mas sem sucesso... A pancada que ela levou fez com que seu crânio ficasse fraturado... Ela entrou em coma e declararam morte cerebral duas horas depois.
Não havia como salvá-la, mesmo se tentassem... pois ela entrou em coma sozinha, isso representava que seu cérebro já não funcionaria mais, então seus pais decidiram doar seus órgãos.

A minha luz se foi... O pequeno raio de esperança que brilhou em mim, agora é apagado e coberto com a neve que cai dos céus.

É engraçado pensar que eu a conheci na primavera e a perdi no inverno. A próxima estação não será mais a mesma, mais uma vez a morte tirou de mim o que amei e não pude expressar, nem cuidar.

Eu não pude ir à seu funeral e nem à seu enterro, não consegui... fui impedido.
Para mim ainda não é verdade que ela morreu, me custa acreditar que ela se foi para sempre...
Eu penso que é só uma mentira que inventaram para me deixar triste.
A dor da perda... Estou enfrentando tudo outra vez.
Essa dor nunca passa e eu não posso esquecer da Mei, então só me resta tentar afastar os pensamentos que me levam até ela.

Eu não consigo me levantar da cama, meu corpo está fraco e parece que estou imóvel, como se eu estivesse condenado a ficar deitado na cama. Por vezes minha avó traz comida mas quase não como, não sinto vontade de viver, então por que deveria suprir essa necessidade básica?
Eu não quero mais viver essa vida.
Eu sou um desgraçado e não posso amar ninguém, pois tudo que eu amo morre.

Aqui está frio e escuro... está tudo desabando em minha volta. Eu sinto que estou vagando no vazio, eu fico relembrando dela e de nossa história, por vezes penso em como eu estava flutuando em meio à tanta felicidade até que caí na dura realidade. Minha cabeça é como um grande museu, então eu ando por ele olhando todas as obras que pintei ao longo do anos. Memórias, frases, dias... Tudo continua intacto.
Então por que ela se foi?