Sakura:
Hoje é sábado... ontem o Yuki-kun me chamou para ir na casa dele.
Iremos comer udon e depois eu irei para o terraço com ele, para vermos as estrelas.
Já separei meu telescópio, preparei uma pequena mochila com algumas roupas, pois irei dormir lá. Está tudo certo, a não ser pelo fato de eu estar extremamente ansiosa. Meu pai irá me levar até a casa dele...Meu sonho é ser bióloga marinha, mas também amo o espaço... apesar de que a maior parte da vida desconhecida está no mar! Por isso quero ser a pessoa que irá descobrir o maior número possível de espécies novas.
O Yuki não sabe, mas eu cortei o cabelo recentemente (hoje, há algumas horas atrás). Nada muito radical, apenas um pouco abaixo da altura dos ombros... o que será que ele vai achar? Será que irá gostar??? Espera aí, que tipo de pensamento é esse agora? Eu estou muito ansiosa mesmo... Isso nunca aconteceu antes, eu sempre fui segura de mim perto dele. Se eu quisesse fazer algo apenas fazia, nunca fui do tipo que leva em consideração à opinião dos outros, mas agora está tudo tão confuso...
É como se eu quisesse dizer "a" mas minha cabeça me faz dizer "ia"... Está uma bagunça, mas eu... eu não consigo achar uma solução.Ao contrário dos outros problemas, esse não me deixa chegar à nenhuma conclusão.
Eu acredito no que vejo, então por que estou assim? Por que eu não consigo me concentrar? O que eu faço?:- Filha, vamos? - Meu pai aparece na porta de meu quarto. - Já são seis horas, não haviam combinado de ir nesse horário?
- Uhm. Vamos. - Eu me levanto da cama, afasto esses pensamentos e pego o telescópio, meu pai me ajuda a levar as coisas para o carro. - Pai... - Ele me encara. - Eu estou bem, certo? - Sakura, o que você disse? O QUE EU DISSE?:
- Sim, por que? - Ele parece confuso mas sorri. - Esse cabelo combina mais com você do que aquele gigante. - Ele chega perto de meu ouvido e sussurra. - Ele vai gostar, fique tranquila. - Arregalo os olhos e encaro-o:
- Papai!!! - Ele ri e entra no carro. Eu sinto meu rosto ficando vermelho e entro no carro também. - Por que disse isso?
- Ah, filha. - Ele liga o carro e começa a sair da garagem. - Nem tudo é lógico e explicável. - Não? Como não? - Algumas coisas só... acontecem. - Ele vira para a esquerda e eu fico encarando-o. Ele me olha revira os olhos. - Aish! Você acredita que tudo tenha mesmo uma explicação lógica?
- Sim. - Tudo pode ser explicado logicamente. - Eu acredito.
- Então me diga, por que você tem essa intimidade com o Yu-chan? - Somos amigos. - Não são "apenas amigos" e todos já sabem, menos vocês dois. - Mas... isso é amizade... Não há mais nada, eu talvez goste dele... mas já faz um mês e nada mudou ainda. Então estou concluindo que esse sentimento não é real e somos apenas amigos mesmo!!! - Sabe filha, ele é um bom rapaz. - Ah, não! Não comece com essas baboseiras. - E ele foi o único que te apoiou, desde que mudamos para cá. - Isso é verdade... - Eu e sua mãe ficamos felizes de vocês terem se dado tão bem, mas pare de achar que isso é apenas amizade. - O sinal fecha e ele para o carro. - Não tente se enganar mais, eu já vi como ele te olha e amigos não se olham assim. - Pai... Sinto meu rosto queimando, o que é isso?:
- Como confirmamos isso? - Como eu descrevo? - Essas coisas de coração e sentimentos.
- Bem minha robôzinha. - Ele ri. - Hm, pense em como você ficaria se ele começasse a namorar alguém. - Isso já aconteceu. - Talvez você se sinta sozinha, pode ser que queira ficar perto dele... mas agora ele namora. Então você sente ciúmes. - Então é isso? O que eu senti quando ele começou a namorar com aquela menina foi ciúmes? Mesmo? ISSO É VERDADE? Solto um pequeno grito de espanto e meu pai me encara. - Meu Deus, o que foi filha?
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Aquela Flor.
RomansaIndicação de idade: 13+ . . . Carta da autora: Jenniffer Gonçalves. ____________________♡______________________ Iremos descobrir um sentimento novo... acompanhe Ethan nesse romance, apaixone-se pela Mei e sinta as emoções em cada arco. A história se...