Ponto de partida.

25 5 0
                                        

- PRIIII-PRIIII-PRIIII-PRIIII-PRIIII [...]
Sou acordado com o barulho do alarme do relógio, são oito horas já. Hoje é sábado e bem, ontem não teve um desfecho muito bom... eu perdi o meu presente da Mei.
Eu olho meu celular, não há mensagens dela, nem nada... o que eu faço? Se bem que, a culpa não foi minha... ela que tentou me puxar. - Ah, que se dane! - Falo enquanto me levanto, a vó não está hoje... então eu irei fazer meu café. Desço as escadas e vou até a cozinha, pego algumas fatias de pão e faço um mexido de ovo, ligo a cafeteira e espero até o café estar pronto. Assim tomo um bom café da manhã, abro as janelas da casa... o dia está bom hoje, está quente mas há vento, as cortinas balançam e sinto o um cheiro muito bom, são as fragrâncias das cerejeiras que tem aqui perto... um cheiro doce, mas não é enjoativo, me lembra ela. - QUÊ? - Dou um tapa em meu rosto, talvez assim eu acorde. Fico enfurecido e me levanto rápido, coloco as louças na pia. Acho que tomar um banho irá ajudar, é isso. Subo e vou para o banheiro... deixo a água escorrer pelo meu corpo, é tão estranho... não consigo afastar dos pensamentos de ontem à noite. O que está acontecendo? É como se eu estivesse sendo levado pelo tempo, como se cada momento fosse grandioso.... eu nunca, eu nunca senti isso antes, é como se eu estivesse mudando junto com a estação... que sentimento é esse? Eu posso sentir isso? O que está acontecendo? Ba-tump, ba-tump, ba-tump... meu coração está batendo tão forte. Isso é.... amor? Não! Eu não posso sentir isso... eu não posso amar e nem ser amado! É a minha maldição! Se há amor, há perda. Eu não... não! - Droga! - Eu acabo de tomar banho e vou me trocar. Será que devo sair? Acho que vou para o lago. Quase não há pessoas por lá e vai ser bom pensar... Com isso pego minha carteira e meu celular, calço meu tênis e abro a porta:

- Hã? - O Q-Q-QUÊ? - Olá Ethan. - O que ela está fazendo aqui? - Você está bem? - O que eu falo? - Desculpe... foi uma má ideia vir aqui, mas eu queria conversar sobre ontem.

- Ah, claro! - Eu falo para ela entrar ou a convido para ir no lago?:

- Poderíamos ir à um lugar...

- Depende... onde?

- Me segue. Vai descobrir! - Ela começa a andar e eu a sigo... onde vai me levar? Andamos por alguns minutos até ela dizer alguma coisa. - Faz tempo que não fazemos isso não é?

- Uhm. - Ou seja, sim. - Não entendi ainda, onde iremos?

- Vamos para o dia em que eu percebi que eu o amava. - Engulo seco. - Vamos, você sabe onde é!

- Ok. - Ela começa a correr, acho que sei onde é.
Após mais alguns minutos chegamos no lugar... bem, eu imaginei mesmo. Aqui foi onde ela percebeu que o amava? Bem... Aqui? - É aqui?

- Simm! - Ela entrelaça os dedos e rodopia. - Foi bem aqui! Você se lembra?

- Sim... aquele dia foi incrível. - Ela sorri, faz tempo que não a vejo assim. Ela começa a contar inúmeras coisas, rimos bastante... igual antigamente, eu gostaria que tudo fosse assim... que aquilo não tivesse acontecido. Eu também falo algumas coisas... o tempo nem parece passar, entretanto acho que esse não era o objetivo dela. Nós conversamos por mais um bom tempo até que:

- Eu irei naquela loja buscar algo para comermos, pode ser?

- Pode sim... - Ela vai buscar algo, bem que estou com fome... olho para o relógio e já são quase duas horas da tarde... Meu Deus, como o tempo passou rápido... não pensei que fosse passar tão depressa!
Então, logo ela volta com alguns sanduíches e refrigerantes, nós comemos e bem... está na hora de ela falar a verdade. - Mas, agora me conte...

- Claro. - Eu me sento a beira da sombra de uma grande árvore e ela se senta ao meu lado. - Isso é tão nostálgico!

- Uhm...

Aquela Flor.Onde histórias criam vida. Descubra agora