Capítulo 23 - A primeira vez

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Dois dias depois...

Sentada na recepção do laboratório particular da cidade de Antonina, Sarah aguarda a vinda de Fernanda que já havia entrado há certo tempo para tirar a radiografia de suas costelas a fim de saberem se enfim, ela está recuperada por completa de seus machucados.

A loira esboça um sorriso enquanto folheia uma revista e se recorda da ansiedade de sua namorada no carro durante o trajeto para o laboratório. Fernanda estava louca para descobrir logo se estava totalmente recuperada de seu machucado. E Sarah sabe muito bem a razão daquilo.

"Juro à você, que se amanhã o resultado não mostrar que estou recuperada, Sarah, nós vamos dar um jeito de fazer amor assim mesmo, porque não aguento mais esperar. Estou louca para ter você e não esperarei mais um dia sequer para isso acontecer."

Fernanda havia dito isso ontem à noite após uma investida para cima de Sarah na tentativa de convencê-la de fazerem amor antes de dormir. No momento em que ouviu tais palavras da amada, a loira caiu na risada enquanto suas bocas se uniam em virtude do novo beijo que sua namorada lhe dava.

E não é só Fernanda que já não aguenta esperar mais um dia sequer para terem esse momento íntimo entre elas. Sarah também não aguenta mais. Está ficando difícil de não ceder as investidas de sua amada. Ontem, por muito pouco a loira não cedeu. E, caso o resultado não ateste positivo, Sarah está decidida mesmo assim em ceder à Fernanda. Podem fazer amor bem devagar, que não vai prejudicar a morena, mas que elas farão, ah farão.

É da vontade de ambas que aquilo aconteça, então que assim seja. Não irá mais adiar um momento como aquele se as duas desejam o mesmo.

Por dois segundos, Sarah tira os olhos da revista e lança um olhar na direção do corredor pelo qual Fernanda havia ido para fazer o exame, mas nada ainda da morena aparecer de volta. Sendo assim, a loira volta os olhos para a revista que antes estava folheando. Um tempo depois, desiste de continuar vendo aquilo e devolve para a mesinha a sua frente.

- Com licença, que horas já são, por favor.

Um homem na faixa dos 40 anos até bem apessoado, que se encontra acomodado uma poltrona depois de Sarah a interpela.

- Cinco para às onze. - responde a loira após checar seu relógio de pulso.

- Obrigado! - agradece com um sorriso gentil o homem de cabelos com alguns poucos fios grisalhos aparente em suas têmporas.

Sarah apenas assente.

Questão de dois minutos depois, a loira enxerga sua namorada vir lá do final do corredor acompanhada de um sorridente sujeito que parece ser enfermeiro, pois está todo de branco.

- Esse infeliz ainda trabalha aqui? Não acredito!

- Oi! O senhor falou comigo? - Sarah olha para o homem que momentos atrás havia lhe perguntado as horas.

- Desculpa, não. Eu estava falando comigo mesmo.

- Ah!

- Sabe aquele sujeito que vem lá com aquela moça? - Sarah assente. A "moça" em questão é Fernanda. - Não devia estar trabalhando. Ele não vale um tostão furado.

- Por que diz isso? O senhor o conhece? - Sarah olha de relance na direção de Fernanda e do tal sujeito que a acompanha. Os dois àquela altura estão parados e trocando conversa há uma distância razoável de onde Sarah está acomodada. O vulgo enfermeiro é só sorrisos demais para o lado de Fernanda.

- Se conheço, moça. Esse vagabundo uma vez tentou se engraçar com minha mulher, mas ele quebrou a cara, literalmente. Eu dei uma surra nele pra aprender a não mexer com a mulher dos outros. Depois eu soube que ele é acostumado a fazer isso. Não sei como ainda o mantém aqui.

Another Life - Versão Sariette [Intersexual]Onde histórias criam vida. Descubra agora