trinta

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Flávia POV

- Baile da penha, sempre lotado, todo sabadão eu tenho que partir. E os amigos profissão perigo, de glock na cinto o ritmo é assim. Eu vou pro baile da gaiola, aaaaaa. - Reinier rebolou, enquanto cantava. - De resto não posso continuar, sou casado.

- Nós só vamos pro Konteiner, amigo. - Carol gargalhou.

- O boy frequentando festa no suburbio pela primeira vez.

- Você para ein Carolina. - Ele deu uma empurradinha na cabeça dela, que riu. - Mas geral fala bem, to animado.

- Eu também, meu K sempre faz história. O resto dos meninos vão?

- Se o João vai?

- Tira seu namorado daqui, Carol. Pelo amor de Deus! - Ela riu.

- Mas você quer saber?

- Quero saber quem vai...

- Tá... o João e o Lincoln. Mas o João vai. - Eu ri, esse moleque era impossível.

- Vocês não se falaram desde aquele dia?

- Pelo contrário, nos falamos sempre, mas ele ainda não me deu tanta abertura pra conversar sobre isso.

- Deu várias amiga, você que se passou.

- Deu mesmo, aquele dia que vocês estavam fazendo chamada de video, ele disse que abriu um restaurante a sua cara, e que estava com muito vontade de ir. Claramente abrindo a brecha e você fechando, pois só perguntou o nome e disse que ia chamar Carol. Moleque foi dormir injuriado. - Gargalhei.

- Cara, amo que namoro com vocês e com o João. - Eles riram. - Mas é que eu fico com medo de avançar a linha de chegada de forma antecipada, sabe? Ele estar falando de boa, e eu lá, forçando a volta.

- Flavinha, confia. Ele está com saudade de você e sentindo o mesmo. Com medo de você ainda não estar pronta, mas todo cheio de dengo pra dar. Tentem conversar hoje, quando estivermos voltando, sei lá. - Rei falava acariciando a perna da Carol, que acariciava sua orelha, olhando ele falar. Ai, bom demais ver os amigos apaixonados.

- Viu, menina?

- Vi. - Ri. - É que vocês são bonitinhos demais, mas ouvi. Se não voltarmos loucos, converso.

- Isso aí, minha garota. - Carol soltou e eu dei um sorrisinho.

- Agora bora, vai. - Soltei a trança do cabelo, deixando ele todo ondulado. - Eaí? - Dei uma rodadinha e Rei assoviou, enquanto Carol dava um gritinho.

- Um espetáculo de mulher. - Bateu palma e eu ri, pegando a bolsa. - Bora?

- Agora. - Nós nos despedimos da minha mão e como sempre, subimos a pé pro Konteiner. Por conta dos meninos, menos João que já é do bairro, entramos por trás e ficamos no camarote, mas eu e Carol desciamos direto pra pista, que não eramos bobas. Em uma dessas descidas, na hora de subir, vi o João, o que seria ótimo, se ele não tivesse acompanhado.

- Ta de sacanagem?? - Parei, estática, com o copo na mão.

- Calma, não sabemos... - Respirei fundo.

- Ok, realmente não sabemos. Sem surto, ta tudo bem.

- Isso, minha menina. - Demos as mãos e começamos a nos aproximar, logo que ele me olhou, deu uma gelada.

- Chegou as bonitas.- Lincoln disse, enquanto Reinier nos olhava com "muita calma nessa hora".

- Eaí, gente.

Saturno || Reinier JesusOnde histórias criam vida. Descubra agora