- nove.

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Gargalhei, vendo Reinier arregalar os olhos.

- Oi, eu não quis desrespeitar o senhor, é que não tinha te visto. Eu e sua neta somos só amigos, é só jeito de falar. Mas não que ela não seja linda, é muito, mas não é isso que o senhor está pensando. - Meu vô o olhava balançando a cabeça negativamente.

- Ela é uma coisa linda mesmo, mas não pensei nada. O que você tava achando que eu tinha pensado?

- Nada, o senhor deve estar com outras preocupações na cabeça, né? - Não aguentei e gargalhei. - Prazer, Reinier. Sou amigo dela e do João.

- Já ouvi falar... Antônio. Prazer eu já não sei, vai depender se eu te ver dando em cima da minha neta de novo durante a noite.

- Não, jamais. - Meu vô riu, enquanto o Carlos, pai da Flavinha, aparecia no portão.

- Opa, eaí Tonião. Quer ajuda pra subir?

- Pô, vou aceitar, ein? - Ele assentiu.

- Eai, Carolzinha, ta gata, ein?

- Sempre né tio? - Ele riu, me dando um beijo na testa.

- Tudo bem? Seja bem vindo, casa não é minha mas pode ficar a vontade também. - Disse pro Rei.

- Muito obrigado. - Sorriu timido, me fazendo dar um sorrisinho.

Meu avô entrou e foi até a ponta da escada, enquanto Carlos chamava o João pra ajudar a subir com ele.

- O bonitinho tá até soando. - Gargalhei.

- Porra, que vacilo. Ó como tu vem, não vi mais ninguém que tava ao lado. - Rimos. - Dois pontos a menos já. Mas essa último ponto valeu a pena, porque você realmente está a coisa mais linda. - Olhou pro portão, vendo se meu vô já tinha subido, e me fez dar uma voltinha, me abraçando em seguida.

- Não tem um pingo de vergonha, né? - Ele riu.

- Eu tento. - Cheirou meu pescoço. - E cheirosa como sempre. - Deixou um beijinho por ali, enquanto eu me afastava. A gata sentiu.

- Eu também estou feliz de te ver hoje. - Dessa vez, ele que deu um sorrisinho timido, olhando pro lado.

- Não vou cair no canto da sereia, não vou cair no canto da seria, não vou cair. - Fechou os olhos, me fazendo rir.

- Deixa de ser besta, cara. - Ele riu, se aproximando de mim mas dando uma afastada, assim que soltaram um farol no nosso rosto.

- Opa, a festa é lá dentro, viu? - Ouvi a voz do Lincoln, rindo. Ele fechou a porta do carona e Noga saiu do lado do motorista.

- Que moleque sem postura. - Riu. - Desculpa atrapalhar, meu Rei.

- Eai, meu loiro. - Fizeram um toque. - Pretinha, esse é o Noga. Calma, vocês já chegaram a se conhecer?

- Ainda não, mas sei que é amiga do João, né?

- Isso. - Sorri. - Prazer, Carolina.

- Todo meu.

- Lincoln. - Esticou a mão também, enquanto Rei dava um tapinha, nos fazendo rir.

- Tu é velho já, Lincoln.

- Não da pra dar intimidade pra irmã de cor, isso que é foda. - Gargalhei, enquanto ele me cumprimentava. Nós entramos, subimos pro terraço, vendo que já estava cheio. Fui pra perto da Flávia, que conversava com o pessoal da nossa escola, enquanto Rei se aproximava do João, já dando risada.

- O vô apareceu aqui até mais claro. "Eaí, jogador?? Deixou minha neta se envolver com flamenguista? Porra, flamenguista?" - Gargalhei.

- Esse velho é uma perturbação na minha vida.- Ela riu.

Saturno || Reinier JesusOnde histórias criam vida. Descubra agora